O problema da abstração no realismo e no empirismo: um confronto entre Tomás de Aquino e David Hume [The problem of abstraction in realism and in empiricism: confrontation between Thomas Aquinas and David Hume]

Autores

  • Marcos Cesar Seneda

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2012.v1n1.p49-67

Resumo

Este texto compara duas possibilidades epistêmicas de se construir conhecimento a partir da experiência registrada pelos sentidos: a defendida  por Tomás de Aquino e a proposta por David Hume. O objetivo do texto é mostrar em que se separam autores assumidos como tão distanciados um do outro, mas que principiam aparentemente de uma noção cognoscitiva que parte da apreensão dos sentidos. O texto defende, por um lado, que os pressupostos ontológicos de Tomás de Aquino geram um modelo em que a forma migra da matéria para o intelecto. Portanto, em relação ao conhecimento empírico, não há forma no intelecto que não tenha sido retirada da matéria já informada. Por outro lado, o projeto anti-metafísico de David Hume retira de todos os dados coletados pelos sentidos toda e qualquer informação que seja prévia, exigindo, assim, um uso da linguagem em que memória e imaginação se defrontem com dados que não estavam previamente ordenados. O debate ontológico, portanto, é examinado a partir de uma investigação semântica, em que se avalia o uso dos termos linguísticos em vista dos pressupostos epistemológicos de cada sistema filosófico.

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Publicado

2012-12-20

Como Citar

SENEDA, Marcos Cesar. O problema da abstração no realismo e no empirismo: um confronto entre Tomás de Aquino e David Hume [The problem of abstraction in realism and in empiricism: confrontation between Thomas Aquinas and David Hume]. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 12, n. 1, p. 49–67, 2012. DOI: 10.25247/P1982-999X.2012.v1n1.p49-67. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/162.. Acesso em: 17 jul. 2024.