Por Conceição Tomaz

No começo da tarde desta quarta (16) o Festival 3i, no painel Bolsas de Reportagens, trouxe João Peres da O Joio e O Trigo, Alice de Souza, Fernanda Santana e Thiago Santos, da Agência Retruco. O painel foi mediado pela jornalista Joana Suarez, gerente de jornalismo do portal AzMina. O grupo procurou detalhar o processo de busca por editais e de elaboração de propostas de pautas.

João Peres contou um pouco a história da Joio e o Trigo,, que oferece bolsas reportagens já há algum tempo, entre aqueles que participam de suas oficinas. “Começamos a publicar em outubro de 2017. A Joio e O Trigo nasceu como um site sobre alimentação. Passamos de site para ser um projeto e as micro-bolsas se inserem bem nesses prós e contras do jornalismo”, contou João.

Para João, o grande desafio foi trazer a alimentação, fora das reportagens sobre dieta, como parte central da organização. “Quando a gente começou, as empresas não queriam as pautas com essa temática por julgarem muito técnicas, mas hoje já temos parceria com Alma Preta, UOL, Carta Capital”, explicou.

As bolsas reportagens podem se tornar um ótimo recurso para jornalistas recém-formados e que estejam em busca de visibilidade. “A Retruco surgiu em 2018, na época estávamos saindo da faculdade. Nos reunimos para montar um coletivo de jornalismo e nossa primeira reportagem foi produzida após ganharmos uma bolsa da Agência Pública”, explicou Thiago Santos, da Agência Retruco.

Os jornalistas deram diversas dicas sobre como construir uma boa pauta e concorrer a editais

No entanto, há questões a serem observadas para uma pauta conseguir uma bolsa reportagem, segundo a jornalista Alice de Souza, também da Retruco.” Tentem pensar a pauta de acordo com o objetivo do edital. A sua pauta pode ser muito boa, mas ela pode não se encaixar no edital que você se interessou”, disse.

Buscar por uma pauta concreta, que não seja apenas uma boa ideia, mas um material já previamente apurado com profundidade, faz parte do processo para pleitear uma bolsa reportagem. “Mesmo trabalhando fixo em um veículo jornalístico, me inscrever em bolsas é uma oportunidade de trazer novas narrativas e rotinas para o meu trabalho. É uma chance de variar as reportagens”, explicou Fernanda Santana, da Agência Retruco.

Fazer um orçamento o mais próximo possível da realidade é também um ponto a ser observado pelos recém-formados. “É muito comum as pessoas fazerem um orçamento esquecendo de remunerar a si mesmo, esquecendo também de outros custos, como o fotógrafo e o deslocamento, por exemplo. No orçamento da pauta, lembre-se de colocar a sua própria remuneração”, finalizou Joana Suarez.

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