Em seu livro “Sobre fotografia”, Susan Sontag analisa o filme “Se eu tivesse quatro dromedários” (1966), de Chris Marker, comentando que uma peça audiovisual pode ser como um álbum de fotos: nela a gente pode ver imagens congeladas em sequência, só que quem escolhe o tempo de cada imagem não é a gente, espectador, e sim quem fez o filme.
Em “Se eu tivesse quatro dromedários”, o diretor Chris Marker junta diversas fotos que ele próprio tirou ao longo de alguns anos viajando por diversos países e as edita num único filme. Por cima das imagens, ouvimos a voz dele, refletindo sobre diversas questões suscitadas pelas fotos.
Conferir este filme de Marker nos convida a ver como é possível apresentar fotos em forma de filme e também a pensar como a relação do texto (a voz que comenta as imagens) com as fotos pode enriquecer a forma como as imagens atingem o espectador.
Fotos: Prints do filme
Recomendação do professor André Antônio