O projeto Um Outro Olhar quer dar visibilidade à luta pela inclusão das pessoas com deficiência em Pernambuco e, ao mesmo tempo, resgatar a sua autoestima através da fotografia, esta poderosa ferramenta para contar a história do mundo e, ao mesmo tempo, alimentar os olhos e a alma com a beleza e verdade das imagens. Durante os meses de agosto a outubro, alunos do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) fotografaram integrantes da ONG Deficiente Eficiente em uma série de retratos que expõem sua beleza, resiliência e positividade diante da luta, e também funcionam como denúncias de algumas condições que dificultam a vida dessas pessoas. A proposta é montar uma exposição fotográfica e também um calendário impresso que ampliem e potencializem ações efetivas de inclusão.
#paracegover: Clique aqui para ler a audiodescrição de algumas das imagens da Exposição, feita por Liliana Tavares, da COM Acessibilidade Comunicacional
Organização: Renata Victor e Carolina Monteiro
ONG Deficiente Eficiente
Fundada em 2015, é uma instituição voltada para Inclusão Social da pessoa com deficiência, visando a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, tornando-as capazes de desenvolverem suas aptidões dentro de um contexto que, as possibilitem a desempenharem funções dentro da sociedade, tais como qualquer outra pessoa. Atualmente, atende a 120 pessoas e fornece suporte para solucionar problemas que as pessoas com deficiência enfrentam no dia a dia através de direcionamento a exames, consultas e prática esportiva, propiciando lazer, intervindo juridicamente para a manutenção de direitos e sobretudo combatendo arduamente o preconceito com informação. Desde sua fundação a Deficiente Eficiente, realiza eventos, encontros e ações, nas quais os protagonistas são as pessoas com deficiência, profissionais em diversas áreas (magistério, serviço social, administração, direito, dança, poesia etc.). Nesse período uma equipe devidamente instruída, realiza palestras e formações continuada em empresas, escolas, universidades e eventos temáticos.
Shirlene Marinho por Suann Medeiros e Bruno Queiroz
Instagram: @brunoqsantana e @suannmedeiros
Movimentou
Movimentou-se, mesmo devagar. Criou forças de onde seu corpo não mostrara, mas seu coração explorava. Sentia dor, felicidade. Foi uma experiência renovável que restaura não só a gente, porém tudo que ao redor formava a composição.
Movimentou-se com as mãos, já que os pés não conseguem mais ficar em pé por seu corpo não aguentar. Era seu, era dela, era construído todos os dias, reconhecimento de si.
Movimentou-se com os olhos e as diversas facetas que a acompanhava. Foi mistério, exercício de valorização e autoconhecimento. Foi eternizar um momento que por nós, por ela, decidimos REVELAR que felicidade é o que há.
Me chamo Shirlene Marinho, tenho 41 anos e tive poliomielite aos 4 meses. Hoje estou com uma luxação no fêmur e uso cadeira de rodas há quase um ano.
Paulo Victor José de Oliveira por Rodrigo Pires
Instagram: @Rodrigo_repcine
Virgínia Clemente da Silva por Rafael Lemos
Instagram: @rafa_lemos_fotografia
Bem eu gostei muito de ter participado desse projeto, por que foi muito interessante pois nunca tinha feito um ensaio com um deficiente, no primeiro ensaio eu tinha um pouco de medo pois era algo que nunca tinha feito nos outros foi mais tranquilo porque já sabia como fazer os outros ensaios, foi uma experiencia de aprendizagem muito importante para mim, irei levar para mim bons momentos para a minha vida e também criei uma amizade.
Me chamo Virginia Clemente da Silva. Tenho 26 anos. Minha deficiência é mielomeningocele. Sou usuária de cadeira de rodas há 26 anos. Tenho um sonho de cursar massoterapia e ter o meu próprio negócio.
Patrícia dos Santos por Patriny Aragão
Instagram: @aragaopatriny
Facebook: patrinyaragao
Patrícia Marilyn S Gomes, 45 anos, solteira. Reside com seus pais, mais dois irmãos e um sobrinho que cria desde que nasceu, dividem o espaço com quatro gatos e três cachorros em sua residência no bairro da Estância na região metropolitana do Recife.
Patrícia nasceu com uma doença genética chamada Distrofia Muscular Progressiva. As DMs formam um grupo heterogêneo que tem como caraterísticas em comum a fraqueza e atrofia muscular. Fatores que levaram aos médicos que a diagnosticaram na época a acreditarem que a sua condição a legaria no máximo em até 15 anos de vida.
“Como não morri fui estudar, passear, namorar, trabalhar…”. Funcionária pública da secretária de saúde do Recife, ela continua fazendo das coisas que mais gosta: quer seja estudar, viajar, ir à praia, sair com os amigos e é claro espalhar alegria por onde passa. Pois se tem algo que chama a atenção dos que acercam, é a forma avassaladora que ela encara a sua vida e da forma que enfrenta qualquer obstáculo que venha aparecer na sua frente.
Meu chamo Patrícia Marilyn dos Santos Gomes. Tenho 45 anos. Minha deficiência foi decorrente de AME ( Amiotrofia Espinhal). Sou usuária de cadeira de rodas desde a infância.
José Kauã por Mirandolina de Araújo Mouthuy
Instagram: @photomirandolina
Quando o corpo físico não assume mais as funções,
Quando o sorriso assume o que a alma fala,
Quando o olhar interpreta a vida…
Dá-se o nome de José Kauã.
Obrigada por me ensinar mais uma vez a viver.
Mirandolina.
Me chamo José Kauã, tenho 14 anos. Minha deficiência foi decorrente de um parto complicado me deixando lesionado e dependente da cadeira de rodas. Essa é minha mãe Márcia Cristina, que sempre está atuante nas atividades do meu dia-a-dia como nas minhas terapias e também na arte como dança e teatro.
Maria José do Nascimento por Mário dos Anjos
Instagram: @mariodanjos
Me chamo Ziza. Tenho 41 anos e tenho paralisia infantil desde os quatro meses de idade. Sou cadeirante há um pois andava de moletas
Padro Duarte por José Britto
Instagram: @_josebritto
Dayvdson Mendes por Jefferson Coriolano
Instagram: @jeff_cariolano
Me chamo Dayvson Mendes dos Santos. Tenho 31 anos. Minha deficiência foi decorrente de PAF disparo por arma de fogo, por presenciar uma tentativa de homicídio na rua próxima à minha residência, onde o autor deferiu dois disparos em minha pessoa. Um deles fraturou meu braço direito e o outro afetou minha coluna me deixando paraplégico. Sou usuário de cadeira de rodas há 16 anos.
Maria José de Souza por Jeferson Coriolano
Instagram: @jeff_cariolano
Meu nome é Maria, tenho 27 anos e desde o dia 27 de março 2015 sou usuária de cadeira de rodas devido a um acidente de trânsito ( moto) a caminho do trabalho. Passei por procedimento cirúrgico no dia 21 de maio 2015 para realização do tratamento de artrodese em coluna vertebral torácica em T4, T5, T7, T8 mais Osteotomia e descompressão medular. Desde então, sou paraplégica e com a graça e benção de Deus e na medida do possível vivo muito bem.
Eliane Cristina Ferreira por Caio Danyalgil
Instagram: @caio_danyalgil
Me chamo Eliane Cristina Ferreira e, desde os 19 anos, faço cirurgia na cabeça. Faz 8 anos que sou cadeirante por causa do tumor na cabeça tenho uma válvula na cabeça para drenar água.
Lilian Fernanda Ferreira de Moura por Ihonara Melo
Instagram: @ihonaramelofotografia
Lenira Maria da Silva Machado por Hilário Martins
Site: www.hilario160.wixsite.com/fotografia
Me chamo Lenira Maria da Silva Machado. Sou cadeirante há 10 anos devido à violência doméstica. Tenho 31 anos.
Edson Rodrigues da Silva Filho por Haroldo Matias
Instagram: @somaumoficial
José Roberto Cândido de Farias por Fatinha Rêgo Barros
Instagram: @fatinharegobarros e @fatinharegobarrosfotografias
Felipe Gervásio por Elizabeth de Carvalho
Instagram: @elizabeth.de.carvalho
Me chamo Felipe Gervásio, tenho 32 anos, fui diagnosticado com Charco Marie Tooth aos 4 anos. Desde então fiz fisioterapia, hidroterapia e T.O e andava com uma bengala, porém, com o passar dos anos, para evitar quedas e ter uma maior autonomia sou usuário de cadeira de rodas motorizada. Sou presidente e fundador da ONG Deficiente Eficiente, cuja intenção é militância é a luta por direitos das pessoas com deficiência
Elson Teixeira por Elizabeth de Carvalho
Instagram: @elizabeth.de.carvalho
Meu nome é Elson Teixeira, tenho 32 anos, sofri um acidente de ônibus aos 7 anos, amputei a perna direita, uso uma prótese há quase 3 anos.
Emídio Fernando Costa de Oliveira por Cris Gomes
Instagram: @cristianegomesdasilva
E então, eu sorri para a vida
ao encontrar na liberdade
a capacidade de dar alegria
para a minha criança interior.
Meu nome é Emidio Fernando Costa de Oliveira, tenho 56 anos. Tive paralisia infantil aos 10 meses de nascido, já usei muletas, próteses. Cadeira de rodas que estou usando há 5 anos.
Walmir Lima por Bruna Reinaux
Instagram: @ternuraemfoco e @todolomio.b
Cíntia Cristina da Silva por Bertoldo Kruse
Instagram: @bertoldokruse
Igraine Carvalho Palmeira da Silva por Sandrely Lima
Instagram: @dely.rio
Meu nome é Igraine. Tenho 30 anos e tenho paralisia cerebral. Nasci de 6 meses e 10 dias, mas levo a vida como qualquer ser humano. Estudo, sou atleta paralímpica, sou muito vaidosa e pretendo ser psicóloga, casar e etc…
Célio Ricardo por Cláudia Monte
Instagram: @claudia.ontee
Me chamo Celio Ricardo, tenho 42 anos sou paraplégico por lesão medular nível T9 e T10. Minha deficiência foi causada por um acidente de motocicleta, no qual eu era o piloto, no dia 16 de dezembro de 2008. Desde o ocorrido sou usuário de cadeira de rodas. Sou paraatleta do basquete sobre rodas. Vivo cada instante da minha vida de forma intensa e plena pois são instantes e momentos únicos. Espero paro futuro de mais oportunidades com esse projeto Um Outro Olhar que, graças a Deus, veio pra quebrar ideias errôneas que a sociedade tem sobre nós cadeirantes.
Dianna Darla Silva Ramos por Bernardo Teshima
Instagram: @bernardoteshima
Meu chamo Dianna Darla Silva Ramos. Tenho 38 anos. Minha deficiência foi decorrente de um erro médico. Sou usuária de muletas, no braço direito há 10 anos.
Exposição “ Um Outro Olhar”
· 16 a 31 de dezembro de 2018 – Museu da Cidade do Recife;
· 14 a 30 de fevereiro de 2019 – Abertura do semestre – Rua do Lazer, Unicap;
· 26 de maio de 2019 – Recife Antigo;
· 23 a 30 de junho 2019 – CTB. Club Ténis Braga, Portugal;
· 21 a 28 de agosto de 2019 – CIEE (Centro de Integração Escola Empresa) forma jovens aprendizes para o mercado de trabalho, Av. Manoel Borba;
· 29 de agosto de 2019 – EREM Murilo Braga, em Cavaleiro – Jaboatão dos Guararapes.