A fotografia de André Liohn e o filme “Repórteres de guerra”

André Liohn nasceu na cidade de Botucatu, interior do estado de São Paulo, em 1974, e é considerado um dos representantes da vanguarda do fotojornalismo de conflitos, tendo produzido reportagens para as principais publicações nacionais e internacionais, incluindo O Estado de S. Paulo, Revista VEJA, Der Spiegel, L’Espresso, Time, The New York Times, Newsweek, Le Monde e outras.
Liohn viveu em Botucatu durante sua infância e adolescência, mudando-se para a cidade norueguesa de Trondheim no início de sua vida adulta. Começou a fotografar com a idade de 30 e, em seus primeiros anos na fotografia, conheceu o fotógrafo checo Antonin Kratochvil, que viria a se tornar seu amigo pessoal e mentor, influenciando fortemente seu trabalho e seus
pontos de vista sobre a fotografia.
Em 2011, Liohn tornou-se o primeiro fotojornalista latinoamericano a receber o prestigiado Robert Capa Gold Medal pelo Overseas Press Club por seu trabalho sobre a Guerra Civil da Líbia, o mesmo trabalho ganhou grande repercussão e reconhecimento, entre outros, os honrosos Prêmio Bayeux-Calvados Des Correspondants de Guerre, Photographer of the Year e Webby Awards. Também em 2011 juntou forças com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha com base em Genebra para produzir a mostra “Assistência à saúde em perigo no olhar de André Liohn”, que foi apresentada com grande sucesso em Genebra, Nova York, Roma, Brasília e São Paulo.
Em 2012, com os colegas fotógrafos Christopher Morris, Jehad Nga, Bryan Denton, Lynsey Addario, Eric Bouvet e Finbarr O’Reilly, Liohn criou e encabeçou o projeto “Almost
Dawn in Libya”, Quase Amanhecer na Líbia, produzindo quatro exposições fotográficas nas principais cidades líbias de Trípoli, Benghazi, Misurata e Zintan. O projeto ganhou grande cobertura da mídia e foi produzido em parceria com o escritório das Nações Unidas para o
desarmamento e remoção de minas e explosivos e com organizações como o International Medical Corps e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A proposta do projeto foi a de usar o fotojornalismo como uma possível ponte para a reconciliação na Líbia após a guerra civil. As
exposições foram curadas pela curadora italiana Annalisa D’Angelo e pelo fotógrafo Paolo Pellegrin

André Liohn no Roda Vida – 30/04/2012 – https://youtu.be/SxDm-xVYk6w

As fotografias da mostra REVOGO, assim como todas as boas fotografias, questionam mais do que respondem. Vistas em conjunto, elas revelam um intenso e ilustrativo retrato de um lugar e de um tempo que o fotógrafo fez sobre seu país.
Durante três anos, André Liohn fotografou as pessoas e os bairros do Brasil, trazendo a mesma audácia de sua já reconhecida e elogiada fotografia de conflitos para uma
missão muito pessoal. Focando sua inabalável atenção em seu próprio país, ele conduz o espectador através de uma narrativa que mantém sua franqueza característica,
expondo o desespero do atual estado e expressando compaixão e ternura sutis que evidenciam de forma nua sua ligação com o lugar.
Ao criar este novo e poderoso trabalho, Liohn, livre das restrições do fotojornalismo rápido, compartilha sua visão do Brasil contemporâneo através de uma extensa coleção de fotografias que permite ao espectador vivenciar a profundidade do tema escolhido e de sua capacidade criativa.
Catálogo André Lohn – Exposição Revogo
Bônus
Repórteres de Guerra – https://youtu.be/3lkYBDbpdjg
Recomendação do professor Paulo Souza

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