Lei Maria da Penha completa 14 anos, mas a violência contra mulher não diminuiu

Historicamente, a mulher é vítima preferencial da violência contra o corpo. No Brasil, a cada ano, mais de 1.300 mulheres morrem por feminicídio, ou seja, são mortas pelo fato de serem mulheres.

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Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a violência doméstica cresceu significativamente desde março com o isolamento social, pois as mulheres, que antes já eram agredidas, passaram a viver confinadas com seus agressores. Os dados apontam um crescimento de 13,35% em fevereiro, 17.89% em março, 37,58% em abril, quando comparados ao mesmo período de 2019.

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No dia 7 de agosto a Lei Maria da Penha, que é um importante marco legal para reprimir a violência doméstica e familiar, completou 14 anos. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato.

Desde a sua publicação, a Lei é considerada pela Organização das Nações Unidas como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres.

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Nestes 14 anos, uma série de mudanças foram implantadas: em novembro de 2017, foi publicada a Lei 13.505/17, que determinou que mulheres em situação de violência doméstica e familiar devem ser atendidas, preferencialmente, por policiais e peritos do sexo feminino.

A Lei também definiu, entre outras coisas, que é direito da mulher em situação de violência a garantia de que, em nenhuma hipótese, ela, seus familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos de terem cometido a violência e pessoas a eles relacionadas.

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No aniversário da Lei Maria da Penha, a ONU Mulheres lançou um documento com diretrizes para atendimento em casos de violência de gênero contra meninas e mulheres em tempos de pandemia de COVID-19. O documento traz orientações e recomendações práticas para auxiliar e garantir o acesso das mulheres às medidas cabíveis nas situações de violência que estejam vivenciando. Além disso, recupera princípios éticos no acolhimento às vítimas no contexto das medidas sanitárias para contenção da COVID-19, abordando também as etapas de atendimento em tempos de pandemia.

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Fazendo um balanço dos obstáculos que ainda enfrentamos nesses 14 anos de legislação, um aspecto chama mais atenção: a resistência de engajamento efetivo dos homens, como se a questão da violência contra a mulher estivesse restrita a uma preocupação feminina. Se a violência de gênero é um fenômeno social, que impacta milhares de meninas e mulheres no nosso país, não há mais como conceber qualquer tipo de alienação masculina. Como se diz popularmente, daquele que é parte do problema exige-se que também seja parte da solução.

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📸: unesco

📝: Maria Luna

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☑ COMUNICARDH👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

COMUNICARDH
👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
https://bit.ly/2Jp877M

➡️ As dicas do médico Lair Ribeiro, defensor da ozonioterapia e da cloroquina, são um risco à saúde pública
The Intercept:
https://bit.ly/2FbAqGH

➡️ Christian Dunker: “Esquizofrenia não justifica atos de racismo”
Brasil de Fato:
https://bit.ly/3gL7tze

➡️ Justiça suspende deportação de migrantes que chegaram a pé ao Brasil
Carta Capital:
https://bit.ly/3gIPhpO

➡️ Regularização fundiária de imóvel da União vai beneficiar 192 famílias em PE
Diário Oficial da União:
https://bit.ly/31F8vq2

➡️ Após meses de pandemia, indígenas de SP relatam descaso com saúde e novas rotinas nas aldeias
Folha de São Paulo:
https://bit.ly/3fKOvHE

➡️ Morre dom Pedro Casaldáliga, o bispo do chapéu de palha que enfrentou latifundiários na Amazônia
Folha de São Paulo:
https://bit.ly/2PGvzPS

➡️ Afeganistão aprova libertação de 400 membros do Talibã
UOL:
https://bit.ly/2PEtOTh

➡️ Belarus: reeleição de Lukashenko para sexto mandato termina em morte e dezenas de feridos
UOL:
https://bit.ly/3iuJyVk

COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 10.08.20

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ORAÇÃO A SÃO FRANCISCO, EM FORMA DE DESABAFO (D. Pedro Casaldáliga)

Compadre Francisco
como vais de glória?
E a comadre Clara
e a irmandade toda?

Nós, aqui na Terra,
vamos mal vivendo,
que a cobiça é grande
e o amor pequeno.
O Amor divino
é mui pouco amado
e é flor de uma noite
o amor humano.

Metade do mundo
definha de fome
e a outra metade
de medo da morte.

A sábia loucura
do santo Evangelho
tem poucos alunos
que a levem a sério.
Senhora Pobreza,
perfeita alegria,
andam mais nos livros
que nas nossas vidas.

Há muitos caminhos
que levam a Roma;
Belém e o Calvário
saíram de rota.

Nossa Madre Igreja
melhorou de modo,
mas tem muita cúria
e carisma pouco.
Frades e conventos
criaram vergonha,
mas é mais no jeito
que por via nova.

Muitos tecnocratas
e poucos poetas.
Muitos doutrinários
e menos profetas.

Armas e aparelhos
trustes e escritórios,
planejam a história,
manejam os povos.

A mãe natureza
chora, poluída
no ar e nas águas,
nos céus e nas minas.
Pássaros e flores
morrem de amargura,
e os lobos do espanto
ganharam as ruas.

Murchou o estandarte
da antiga arrogância.
são de ódio e lucro
as nossas cruzadas.
Sucedem-se as guerras
e os tratados sobram;
sangue por petróleo
os impérios trocam.

O mundo é tão velho
que, para ser novo,
compadre Francisco,
só fazendo outro…

Quando Jesus Cristo
e Nossa Senhora
venham dar um jeito
nesta terra nossa,
compadre Francisco,
tu faz uma força,
e a comadre Clara
e a irmandade toda. O

UNESCO lança a Academia Mundial de Habilidades para aumentar a empregabilidade de 1 milhão de jovens à medida que a recessão se aproxima

A UNESCO está lançando a Academia Mundial de Habilidades (Global Skills Academy), com o objetivo de fornecer empregabilidade e habilidades de resiliência para 1 milhão de jovens, além de ajudá-los a encontrar trabalho durante a recessão iminente, quando as perspectivas de emprego dos jovens parecem sombrias.

A Organização lançou o projeto Habilidades para uma Juventude Resiliente na Era da COVID-19 e Além (Skills for a Resilient Youth in the Era of COVID-19 and Beyond) no Dia Mundial das Habilidades dos Jovens, comemorado em 15 de julho.

Os membros da Coalizão Global de Educação da UNESCO, lançada em março para apoiar os países a desenvolver soluções inclusivas de aprendizagem, estão se unindo para oferecer aos jovens oportunidades de adquirir habilidades digitais e outras competências por meio do acesso gratuito a programas de desenvolvimento de habilidades online. As ofertas dos parceiros serão agrupadas na Academia Mundial de Habilidades, de modo a fornecer um acesso único às oportunidades de treinamento.

Contribuirão para o projeto os parceiros fundadores, incluindo Coursera, Dior, Festo, Huawei, IBM, Microsoft, Orange Digital Centers e PIX, além de organizações internacionais e outros parceiros, como OIT, OCDE e o Torneio Internacional de Educação Profissional (WorldSkills Competition).

A Academia funcionará por meio de um processo de correspondência coordenado pelo Centro UNESCO-UNEVOC, a rede mundial da UNESCO para instituições especializadas em educação técnica e vocacional.

Leia mais: https://pt.unesco.org/news/unesco-lanca-academia-mundial-habilidades-aumentar-empregabilidade-1-milhao-jovens-medida-que