Personagens comuns no cenário caótico das principais ruas e avenidas da área mais central do Recife, os indígenas venezuelanos da etnia Warao estão “sumindo” da cidade. Pouco mais de um ano depois de fugir da crise social e econômica de seu país de origem, essa população, que já somou mais de 300 pessoas na capital pernambucana, atualmente não ultrapassa 60 indivíduos.
A fome, a violência e a falta de perspectiva de uma vida melhor fizeram os indígenas Warao cruzarem a fronteira da Venezuela com o Brasil e percorrerem pelo menos oito cidades até se instalarem em Pernambuco. Agora, esses mesmos motivos estão os expulsando do estado para cidades como João Pessoa, Natal e Belém, segundo entidades do Comitê Interinstitucional de Promoção dos Direitos das Pessoas em Situação de Migração, Refúgio e Apátrida em Pernambuco (Comigrar).
Braço do poder executivo municipal responsável pela assistência aos Warao, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas não quis comentar o assunto.
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