“Nos últimos quatro dias, o pai do réu tem ocupado espaços na imprensa para, além de ferir a dignidade da vítima, propagar seu machismo, fazer incitação da violência e apologia ao crime – especialmente quando afirmou (mais de uma vez) que o assassinato teria sido uma questão de honra (#) A famigerada legítima defesa da honra é uma tese não mais aceita pelos tribunais brasileiros por ser incompatível com a Constituição de 1988 e com os compromissos assumidos pelo Brasil”, diz a nota.
Ainda segundo o texto, o MNDH decidiu unir-se ao clamor popular para que “não só o assassino José Ramos pague pelo crime, mas também o advogado Gil Teobaldo, seu pai, seja responsabilizado por suas declarações’, finalizou o documento. Em nota, as comissões de Cidadania e Direitos Humanos e de Defesa da Mulher da Assembleia também decidiram por um voto de repúdio ao advogado. Embora a secretária estadual da Mulher, Cristina Buarque, argumente que a violência contra o sexo feminino tem aumentado por conta do seu envolvimento com drogas e não por questões domésticas, a deputada Terezinha Nunes (PSDB) observa que as estatísticas negativas aumentaram, de modo que declarações como a de Teobaldo só pioram a situação.