Maristela Just: declarações de advogado são repudiadas

As críticas ao advogado criminalista Gil Teobaldo não param desde o último dia 13 de maio, quando foi acusado por fazer apologia ao crime – ao aprovar o assassinato da ex-nora cometido pelo filho -, e de falar frases ofensivas contra os homessexuais. O Movimento Nacional de Direitos Humanos enviou nota de repúdio à imprensa e pediu providências da Justiça em relação ao advogado. Na Assembleia Legislativa, numa audiência pública que tratava da violência contra a mulher, Gil Teobaldo também recebeu duros ataques por afirmar, na semana passada, que o filho foi chamado de “corno” por Maristela Just e não o perdoaria se ele não a tivesse matado.

“Nos últimos quatro dias, o pai do réu tem ocupado espaços na imprensa para, além de ferir a dignidade da vítima, propagar seu machismo, fazer incitação da violência e apologia ao crime – especialmente quando afirmou (mais de uma vez) que o assassinato teria sido uma questão de honra (#) A famigerada legítima defesa da honra é uma tese não mais aceita pelos tribunais brasileiros por ser incompatível com a Constituição de 1988 e com os compromissos assumidos pelo Brasil”, diz a nota.

Ainda segundo o texto, o MNDH decidiu unir-se ao clamor popular para que “não só o assassino José Ramos pague pelo crime, mas também o advogado Gil Teobaldo, seu pai, seja responsabilizado por suas declarações’, finalizou o documento. Em nota, as comissões de Cidadania e Direitos Humanos e de Defesa da Mulher da Assembleia também decidiram por um voto de repúdio ao advogado. Embora a secretária estadual da Mulher, Cristina Buarque, argumente que a violência contra o sexo feminino tem aumentado por conta do seu envolvimento com drogas e não por questões domésticas, a deputada Terezinha Nunes (PSDB) observa que as estatísticas negativas aumentaram, de modo que declarações como a de Teobaldo só pioram a situação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *