No Brasil, o sistema de entrega por aplicativos populariza-se cada vez mais, principalmente em um momento em que órgãos oficiais recomendam que todos fiquem em casa. Sistemas como esse favorecem a precarização do trabalho, cada vez mais comum devido a sustentabilidade de oligopólios no mercado, promovendo, assim, desassistência para com os trabalhadores, até mesmo durante uma pandemia.
Apesar das organizações venderem-se como empresas de entrega de mercadorias, legalmente apenas assumem o papel de intermediárias entre cliente e restaurante. Não possuem vínculo com os entregadores e dessa forma não se é exigido, por parte das empresas, os direitos trabalhistas, obrigatórios caso os entregadores fossem oficialmente funcionários.
Organização e liderança são ferramentas que os trabalhadores do ramo do delivery compreendem que são essenciais para uma mudança positiva. Essa necessidade levou um grupo de entregadores de São Paulo a se unirem e fazer pressão em luta pelos direitos, sensibilizados pela onda de manifestações das últimas semanas. O grupo nomeou-se “Entregadores Anti-Fascistas”. A articulação da categoria já está presente em: Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
No dia 1 de julho, os trabalhadores vão promover uma greve geral em defesa de direitos como: salário garantido, seguro de vida e, principalmente, equipamentos de proteção para trabalhar durante a pandemia. Além disso, o grupo criou uma petição online a fim de pressionar as organizações, link para acessar: http://chng.it/VyXCp7tkt2
Matéria: Mayara Moreira