Responsáveis por mortes evitáveis por Covid-19 podem responder por crimes

Instituições da sociedade civil lançaram um alerta sobre a responsabilidade pelas mortes evitáveis por Covid-19. No documento, as organizações alertam que não estão sendo adotadas medidas de isolamento social adequadas, cientificamente comprovadas como política mais eficaz para salvar vidas nos locais onde há aceleração da disseminação de casos e de óbitos, bem como o esgotamento da capacidade do sistema de saúde.

O alerta também informa que medidas excepcionais e urgentes de proteção social, como alimentação, alojamento e serviços essenciais para as populações mais vulneráveis não foram efetivadas e as de auxílio financeiro estão sendo mitigadas.

Os representantes das instituições ainda denunciam que a insuficiência de leitos, de respiradores e testes, a falta de médicos e de enfermeiros, a exposição de profissionais de saúde a riscos e as condições inadequadas de trabalho são mais letais do que o novo coronavírus, para o qual não há tratamento ou vacina.

O documento encerra informando que entidades científicas e de defesa de direitos estão reunindo evidências e provas para a demonstrar as consequências dessas irresponsabilidades com o objetivo de subsidiar iniciativas aptas a exigir a apuração de atos de improbidade e a reparação do dano coletivo.

O Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor está recebendo adesões de quem ainda quiser assinar o documento. Os interessados podem enviar um e-mail para: alertacoronavirus@idec.org.br

Além do Idec, assinaram o alerta em seu lançamento, a Oxfam Brasil, a SBPC – Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência, O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Anistia Internacional Brasil, o Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos, a ABI – Associação Brasileira de Imprensa, o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo, a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, o CIMI – Conselho Indigenista Missionário, o Sinmed/RJ – Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e o Simesp – Sindicato dos Médicos de São Paulo.

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