O Brasil é o país que mais mata defensores de direitos humanos nas Américas. O dado foi apontado em um relatório realizado pela Anistia Internacional em 2017. Em 2018, logo no início do ano, no dia 14 de março, a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, no centro do Rio de Janeiro, escancarou ainda mais essa ferida.
Para debater onde o Estado brasileiro está falhando e como melhorar a proteção aos defensores de direitos humanos, que o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul foi palco de um debate nacional, na última sexta-feira (18), na sede da Procuradoria Regional da República na 4ª Região, em Porto Alegre. O objetivo do encontro que reuniu autoridades, representantes de várias instâncias do Judiciário e representantes da sociedade civil foi reunir contribuições para serem anexadas a uma ação civil pública do MPF, que quer obrigar a União a a adotar medidas necessárias para elaborar um Plano Nacional de Proteção Permanente aos Defensores dos Direitos Humanos.