A LUTA DO POVO PANKARARU PELO DIREITO À TERRA E À VIDA.

A chegada dos portugueses no Brasil foi um transtorno para os índios. Desde então, os direitos dos povos indígenas brasileiros vêm sendo violados. São assassinados, suas tradições e crenças desrespeitadas, e suas terras invadidas. Em 2020, o povo Pankararu, do sertão de Pernambuco, ainda luta contra violações crescentes para defender seu direito à terra e, como consequência, tem suas vidas ameaçadas.

A Rede de Monitoramento dos Direitos Indígenas de Pernambuco (REMDIPE), emitiu uma Nota Pública de repúdio às ameaças feitas aos indígenas em uma placa com lista de nomes dos que iriam “morrer logo”. A placa não é primeira ameaça feita. Outras 80 organizações que lutam por direitos humanos assinaram o documento.

INDÍGENAS X EX-POSSEIROS

As lideranças indígenas acreditam que os conflitos se intensificaram depois que a tribo Pankararu criou barreiras de proteção nas entradas das terras deles, como forma de prevenção sanitária contra a nova pandemia do Coronavírus. De acordo com a Constituição Federal, os índios têm usufruto exclusivo da terra.

De bilhetes a ofensas ao sagrado. Ex-posseiros derrubaram árvores de Murici, consideradas sagrada pelos indígenas, como forma de ofender tradições. Além das árvores, as cercas levantadas como prevenção sanitária também foram derrubas e plantações foram queimadas.

A Fundação Nacional do Índio (Funai), afirma estar acompanhando direta e constantemente a situação. No entanto, apenas um funcionário estaria atendendo a tribo no caso.

Há dois anos, o processo de regularização territorial foi finalizado. Os índios esperaram por 21 anos pelo fim do processo, a fim de ter melhores condições de vida. No entanto, desde que garantiram a posse das terras e os posseiros foram retirados por determinação Federal, o povo Pankararu não teve paz.

Após a saída dos não-indígenas, escola, posto de saúde e igreja foram incendiados, plantações foram destruídas, e arames que delimitavam as terras foram cortados. E, desde então, as violações são crescentes.

LUTA PELA TERRA

Em 1933, começaram as mobilizações para que houvesse uma regularização territorial para posse da Terra Pankararu, quando famílias da região acessaram o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), conseguindo a fundação do Posto Indígena Pankararu. Mas até agora, a tribo não conseguiu plena posse de suas terras.

De acordo com os dados levantados pela FUNAI, das mais de 340 famílias não indígenas que ocupam a Terra Pankararu, mais de 200 não moram no local, e utilizam suas posses para lazer em finais de semana e feriados. Enquanto isso, os verdadeiros donos da terra, sofrem comprimidos na terra que lhes sobra, pois a presença dos não-indígenas acaba impedindo a reocupação total de sua área.

Tendo em vista que a agricultura é a atividade principal da área, controlar esta prática para os indígenas, implica na sobrevivência dos Pankararus na área. Tal limitação, obriga os índios a buscar empregos em locais externos ou os impõe a necessidade de implementar atividades extrativistas, o que pode comprometer a terra e os recursos naturais da mesma.

COVID-19 em terras indígenas

Além da luta pela terra, os índios também precisam lutar contra a chegada da pandemia da Covid-19 em sua tribo. A chegada do vírus em uma aldeia, pode ser avassaladora.

No Brasil já são mais de 19.000 casos confirmados em terras indígenas. Em Pernambuco, são 357 infectados atualmente de acordo com os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Diferentes estudos afirmam que povos indígenas são imunologicamente mais suscetíveis a epidemias, por circunstâncias econômicas, sociais e até de saúde piores que as dos não-indígenas. Para piorar a condição dos índios, o subsistema do Sistema Único de Saúde (SUS), idealizado para atender os nativos, sofre com falta de recursos e estrutura precária. O que os coloca em maior vulnerabilidade.

Para o antropólogo e professor da UFPE Renato Athias, a luta dos Pankararus está longe de acabar. Toda a conquista e resistência dos indígenas vem desmoronando aos poucos por falta de apoio das organizações. “A FUNAI e Ministério Público não fazem mais seus papeis, regridem em retirar antropólogos das comissões, postergam processos de homologação, identificação e marcação das terras, engavetando-os,” alerta.

📝: @odarahana

📸: Fundaj

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Povos indígenas e a luta pela sobrevivência – dia: 19/08 às 15h

Indígenas Pankararus sofrem com ameaças cada vez mais graves após a demarcação de suas terras. O conflito existe entre indígenas e os invasores chegou ao ponto limite: uma placa divulgada  com dez nomes de lideranças indígenas ameaçados de morte. Portanto, dadas a crescentes ameaças de ataques que os povos indígenas vêm recebendo nos últimos anos, conversaremos sobre a luta dos Pankararus   e de outros povos indígenas pela sobrevivência.

Para o programa desta quarta-feira dia 19, às 15h, no nosso canal no YouTube (/programaforadacurva), convidamos Angelo Bueno, integrante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), João Vitor Pankararu, liderança indígena e o Prof. Manoel Moraes, advogado, Coordenador da Cátedra Dom Helder Camara de Direitos Humanos da unicap.

https://www.youtube.com/programaforadacurva

Povos Indígenas e a luta pela sobrevivência – dia: 19 às 15h

Indígenas Pankararus sofrem com ameaças cada vez mais graves após a demarcação de suas terras. O conflito existe entre indígenas e os invasores chegou ao ponto limite: uma placa divulgada  com dez nomes de lideranças indígenas ameaçados de morte. Portanto, dadas a crescentes ameaças de ataques que os povos indígenas vêm recebendo nos últimos anos, conversaremos sobre a luta dos Pankararus   e de outros povos indígenas pela sobrevivência.

Para o programa desta quarta-feira dia 19, às 15h, no nosso canal no YouTube (/programaforadacurva), convidamos Angelo Bueno, integrante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), João Vitor Pankararu, liderança indígena e o Prof. Manoel Moraes, advogado, Coordenador da Cátedra Dom Helder Camara de Direitos Humanos da unicap.

https://www.youtube.com/programaforadacurva

 

 

Programa Fora da Curva: Povos indígenas e a luta pela sobrevivência

Indígenas Pankararus sofrem com ameaças cada vez mais graves após a demarcação de suas terras. O conflito existe entre indígenas e os invasores chegou ao ponto limite: uma placa divulgada  com dez nomes de lideranças indígenas ameaçados de morte. Portanto, dadas a crescentes ameaças de ataques que os povos indígenas vêm recebendo nos últimos anos, conversaremos sobre a luta dos Pankararus   e de outros povos indígenas pela sobrevivência.

Para o programa desta quarta-feira dia 19, às 15h, no nosso canal no YouTube (/programaforadacurva), convidamos Angelo Bueno, integrante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), João Vitor Pankararu, liderança indígena e o Prof. Manoel Moraes, advogado, Coordenador da Cátedra Dom Helder Camara de Direitos Humanos da unicap.

https://www.youtube.com/programaforadacurva

 

 

Novos recursos para combater as teorias da conspiração sobre a COVID-19 por meio de senso crítico e empatia

A UNESCO, em cooperação com a Comissão Europeia, o Twitter e o Congresso Judaico Mundial, está lançando uma série de recursos de aprendizagem visual, abrangentes e facilmente acessíveis, para aumentar a conscientização sobre a existência e as consequências das teorias da conspiração relacionadas à crise da COVID-19. Os recursos também abordam como reconhecer as teorias da conspiração, entender o que as motiva, refutá-las com fatos e responder com eficácia àqueles que as divulgam.

Os infográficos, disponíveis em árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo, serão amplamente divulgados nas redes sociais por meio da hashtag #PenseAntesDeCompartilhar (#ThinkBeforeSharing), das páginas de mídia social MIL CLICKS da UNESCO e do site da Comissão Europeia sobre o combate à desinformação.

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgxwJXVGtMQkJzkrmNMMzpjxSqFss

☑ COMUNICARDH 👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

➡️ Abaixe suas expectativas: o longo e tortuoso caminho para a vacinação contra o coronavírus
Marco Zero Conteúdo:
https://bit.ly/3haSkaM

➡️ Parlamentares evangélicos atacam clínica para impedir aborto legal e expõem criança de 10 anos
Marco Zero Conteúdo:
https://bit.ly/3h9k5jO

➡️ Aborto legal de criança de 10 anos ocorre em segurança após a expulsão de extremistas
Brasil de Fato:
https://bit.ly/2EbUGHs

➡️ Vacina da Rússia pode ser comprada pelo Consórcio Nordeste
ANF:
https://bit.ly/3119Bxf

➡️ MST vai reconstruir escola e casas derrubadas após despejo em MG
Carta Capital:
https://bit.ly/3h6jAH5

➡️ Rússia anuncia produção do primeiro lote da Sputnik V, a vacina contra a covid-19
Carta Capital:
https://bit.ly/3h5lUOK

➡️ ‘Ninguém entra e ninguém sai’: ONG distribui alimentos para manter indígenas nas aldeias
O Globo:
https://glo.bo/3aIQgV3

➡️ É preciso implementar de vez o Código Florestal na Amazônia, diz ministra da Agricultura
Folha de São Paulo:
https://bit.ly/3h3SPmV

➡️ Solidariedade partilhada: nas aldeias ou em contexto urbano, indígenas enfrentam muito mais do que o avanço da covid-19 em Rondônia
CIMI:
https://bit.ly/346zn57

➡️ Conselho dos Direitos Humanos do DF recomenda aulas presenciais só em 2021
Metrópoles:
https://bit.ly/2PZ5prz

☑ COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 17.08.20

☑ Siga nossos programas nas redes sociais e fique por dentro das pautas atuais em direitos humanos
🎙️ https://bit.ly/3cJ6q09
📺 https://bit.ly/2VQoU8e

Cátedra UNESCO de Sociomuseologia – “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural” homenageia os povos indígenas do mundo no mês de agosto com uma programação especial – Dia: 20/08

🌿🏛️🏹Cátedra UNESCO de Sociomuseologia – “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural” homenageia os povos indígenas do mundo no mês de agosto com uma programação especial🏹🏛️🌿

Dando continuidade às atividades, na próxima quinta-feira, dia 20 de agosto, o #MusaTemas24 será ministrado pelo Prof. Doutor Alexandre Gomes com o tema: “Museus Indígenas, Mobilizações Étnicas e Cosmopolíticas da Memória”.

Daremos assim continuidade a nossa reflexão e discussão sobre as memórias, patrimónios, ancestralidade, lutas, museus indígenas… Vamos continuar o nosso projeto de homenagear os povos originários do mundo.

Os Seminários #MusaTemas* é uma organização do Projeto FCT CEECIND/04717/2017 em parceria com a Cátedra UNESCO Sociomuseologia – “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural”, com o apoio do Departamento de Museologia – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, do CEIED – Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento e do Grupo de Estudos Sociomuseologia + Paulo Freire.

Acompanhe, participe do nossos Seminários #MusaTemas, via página da Cátedra no Facebook: https://www.facebook.com/Sociomuseologia

Ação mobiliza doação para 22 mil famílias quilombolas, indígenas e ciganas

A Cáritas Brasileira Regional Nordeste2 e o Instituto Humanitas da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), com o apoio  de diversas organizações do terceiro setor, entidades federais e  universidades, lançam na próxima segunda-feira (17)  às 17h,  a Campanha Ação Solidária.

Uma iniciativa que tem como objetivo mobilizar doações para 22 mil famílias quilombolas, indígenas e ciganas que se encontram em situação de vulnerabilidade social por conta da pandemia do novo coronavírus, em Pernambuco.
As doações podem ser  feitas de forma online, via depósito bancário. Para mobilizar  e sensibilizar a sociedade, a comissão organizadora da Ação Solidária programou diversas atividades com a participação de artistas  locais, que  farão lives musicais. Formadores de opinião também irão participar de debates sobre as temáticas quilombolas, indígenas e ciganas.

O Que Está acontecendo no Quilombo Campo Grande?

A reintegração aconteceu. Famílias perderam suas casas, lavouras e a escola Eduardo Galeano foi destruída. No entanto, foram três dias de resistência. Da força do povo, da produção, da solidariedade contra as armas. Isso não é pouca coisa. Isso é dignidade. O que ninguém tira da gente, como disse nosso camarada Enio lembrando a fala de outro dirigente, o MST não formou uma geração de covardes. As famílias e militância que estiveram entrincheirados nesses três dias nos ensinaram que só a luta faz valer. Que a luta é o caminho. E cada companheiro e companheira que esteve junto com a gente nesses dias, compartilhando as informações, contribuindo desde suas casas e suas vozes, nos deram força e reforçaram a certeza que a resistência além de ativa deve ser popular. Deve ser com o povo. A solidariedade foi essencial pra sairmos desse despejo de cabeça erguida e impondo derrotas a força policial e ao governo. Nesse momento em que a dor e a indignação sufoca queria encontrar formas de reconhecer quem esteve ao nosso lado nesses dias. A Luta do Quilombo Campo Grande NÃO TERMINA ! #ZemaCriminoso #ZemaCovarde #SalveQuilombo