Autor: Administrador
Simpósio e Oficinas – Migrantes e Refugiados – ESCOLA MPU
Oficina de Combate à Xenofobia contra Refugiados e Migrantes dá início ao Simpósio na Unicap.
Na manhã dessa terça-feira (9), no bloco G2 da Universidade Católica de Pernambuco, foi realizada a oficina “Imprensa no Combate à Xenofobia contra Refugiados e Migrantes”, voltada para os jornalistas, assessores de imprensa e blogueiros. O Simpósio promovido pela Rede de Capacitação Refugiados e Migrantes, faz parte da programação, que vai até o dia 11 de abril e conta com mais 10 oficinas, que visam o treinamento das pessoas envolvidas no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes em Pernambuco.
De acordo com Graziane Madureira, assessora de comunicação da Escola Superior do Ministério Público da União, um dos órgãos que compõem a rede de capacitação, esse tipo de evento é de extrema importância. A rede fez um modelo nacional e está trabalhando com parcerias locais, em várias cidades, principalmente as que estão recebendo venezuelanos, para poder criar uma rede local numa política de acolhimento de refugiados e de migrantes. “Esse é o sexto evento da rede e a previsão é que aconteça mais nove atividades como essa até o fim do ano. Nas cinco primeiras, a gente capacitou mais de 1.500 pessoas e a previsão é que a gente chegue a atingir 5 mil”, afirma a jornalista.
O encontro foi marcado pela conscientização do papel e da responsabilidade da imprensa, diante de um tema delicado, que, muitas vezes, é abordado de maneira equivocada por parte da mídia. Os Direitos Humanos e o Estatuto do Estrangeiro foram utilizados como as principais bases para o debate sobre a boa conduta profissional e ética da imprensa. A jornalista Mônica Carvalho acredita que a cobertura jornalística deve ser baseada nos Direitos Humanos fundamentais e no tratamento da imigração como parte do processo da vida humana. “É importante não confundir invasão com imigração. Desde que o homem é o homem, ele migra de território e imigração não significa necessariamente invadir o território do outro. As pessoas têm razões diversas para saírem das suas terras e o respeito e acolhimento dessa pessoas tem que fazer parte do nosso princípio”, explica a editora executiva da Tv Jornal.
João Paulo Brito, jornalista que ministrou a oficina, acredita que o jornalismo é fundamental na construção da imagem de uma determinada parcela da sociedade. No caso dos imigrantes, não é diferente, pode haver uma cobertura qualificada, que aponta os dados, expõe as informações, que conta a história dessas pessoas, explicando porque que elas estão vindo pra cá ou pode também ser um tipo de matéria menos atenta e irresponsável, que apenas sirva para incitar ânimos e alimentar preconceitos já criados pelas pessoas. “O jornalista tem uma grande responsabilidade, em tempos de fake news, de não criar pânico na população, informá-la adequadamente e de não tornar um indivíduo, que eventualmente cometa uma infração, por um todo. Ele precisa ter muito cuidado ao contar essas histórias”, ressalta Brito.
Mensagem conjunta para o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Mensagem conjunta de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, e Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres, por ocasião do Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, 11 de fevereiro de 2019
Recentemente, meninas e jovens mulheres em todo o mundo têm se manifestado a favor de ações para combater a mudança climática em todos os lugares. Quando a sueca Greta Thunberg, de 16 anos, cobrou os participantes do Fórum Econômico Mundial na Suíça a “agirem como se a nossa casa estivesse pegando fogo”, ela manifestou sentimentos semelhantes a muitas outras jovens de sua idade.
As vozes e a experiência de meninas e mulheres nas áreas de ciência, tecnologia e inovação (Science, Technology and Innovation – STI) são essenciais para encontrar soluções às mudanças perturbadoras que ocorrem em nosso mundo em rápida evolução. Nós precisamos urgentemente preencher a lacuna nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Science, Technology, Engineering and Mathematics – STEM) e promover de forma ativa a igualdade de gênero nas carreiras de STI.
As habilidades em STEM formam a base das categorias de trabalho que mais crescem atualmente. Estudos recentes mostram que as mudanças no mercado de trabalho mundial resultarão em 58 milhões de empregos, especialmente de analistas e cientistas de dados; especialistas em inteligência artificial e em aprendizagem automática; desenvolvedores e analistas de software e aplicativos; e especialistas de visualização de dados.
Infelizmente, existem evidências quanto a problemas atuais para as mulheres em carreiras importantes como a engenharia, tais como baixa retenção, progresso e reintegração após a licença-maternidade. O Global Gender Gap Report 2018 do Fórum Econômico Mundial mostra, por exemplo, que apenas 22% dos profissionais de inteligência artificial em todo o mundo são mulheres: uma considerável disparidade de gênero que reflete assuntos importantes, como segregação nos empregos e condições de trabalho desfavoráveis.
Além de abordar esses obstáculos, a melhora da conectividade digital e do acesso a tecnologias financeiramente viáveis também pode garantir uma maior igualdade nas áreas de STEM, o que permitirá que mulheres e meninas se beneficiem plenamente como cientistas, estudantes e cidadãs.
A ONU Mulheres e a UNESCO estão trabalhando com parceiros em todo o mundo para preencher a disparidade de gênero nas áreas de STEM e das tecnologias digitais.
Uma forma de envolvimento da ONU Mulheres é por meio dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles). Esses princípios oferecem às empresas – incluindo as dos setores digitais, de tecnologia da informação e comunicação (TIC), STI e STEAM (STEM mais arte e design) – orientações concretas sobre o empoderamento feminino nos locais de trabalho, no mercado de trabalho e na comunidade em geral. A ONU Mulheres chama todas as empresas que desejarem se comprometer com a igualdade e o empoderamento econômico das mulheres a adotar e implementar esses princípios.
É essencial tratar das desigualdades ainda no início do ciclo educacional, e é por isso que a UNESCO trabalha para estimular o interesse das meninas em disciplinas de STEM, para combater estereótipos no currículo escolar e aumentar o acesso a tutoras. Além disso, nós encorajamos as cientistas por meio de iniciativas como o Programa L’Oréal-UNESCO Para Mulheres na Ciência e a Organização para Mulheres na Ciência para o Mundo em Desenvolvimento, que oferece bolsas de estudo, networking e oportunidades de tutoria para pesquisadoras em todo o mundo. Finalmente, Projeto de STEM e Avanço de Gênero apoia a inclusão da igualdade de gênero em políticas, estratégias, planos e leis de STI, com ênfase na coleta de dados desagregados por sexo.
Por meio de todas essas iniciativas, nós estamos determinadas a estimular uma nova geração de mulheres e meninas cientistas, a abordar os maiores desafios do nosso tempo. Atendendo ao chamado de Greta Thunberg, jovens mulheres cientistas já estão fazendo a diferença no combate à mudança climática, incluindo Kiara Nirghin, uma adolescente sul-africana cujas invenções minimizam o impacto das secas.
Ao aproveitarmos a criatividade e a inovação de todas as mulheres e meninas na ciência, e ao investirmos adequadamente na educação, na pesquisa e no desenvolvimento em STEM, assim como em ecossistemas de STI, nós temos uma oportunidade sem precedentes de alavancar o potencial da Quarta Revolução Industrial em benefício de toda a sociedade.
Toda língua materna merece ser conhecida e reconhecida – Dia Internacional da Língua Materna
20.02.2019 – UNESCO Office in Brasilia
Mensagem de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna, 21 de fevereiro de 2019
“Nossa língua está derramando lágrimas por todo lado porque seus próprios filhos a estão abandonando, deixando-a sozinha com o seu pesado fardo”. – De um poema na língua uolofe de autoria de Useyno Gey Cosaan (Senegal)
Para a UNESCO, todas as línguas maternas merecem ser conhecidas e reconhecidas, além de ter maior importância em todas as esferas da vida pública. Porém, nem sempre é isso que acontece. As línguas maternas não têm necessariamente o status de línguas nacionais ou oficiais, ou mesmo o status de língua usada na instrução. Essa situação pode conduzir à desvalorização de uma língua materna e ao seu desaparecimento definitivo no longo prazo.
Neste 20º aniversário do Dia Internacional da Língua Materna, nós devemos lembrar que todas as línguas maternas são importantes e que todas elas são essenciais para construir a paz e apoiar o desenvolvimento sustentável.
Uma língua materna é fundamental para a alfabetização, porque facilita a aquisição de habilidades básicas de leitura e escrita, assim como para o numeramento básico, durante os primeiros anos escolares. Essas habilidades fornecem os fundamentos para o desenvolvimento pessoal. Uma língua materna também é uma expressão única da diversidade criativa e da identidade, bem como uma fonte de conhecimento e inovação.
Ainda há muito para ser feito. As línguas maternas dos estudantes raramente são a língua usada na instrução durante os primeiros anos escolares. De acordo com a UNESCO, quase 40% das pessoas em todo o mundo não têm acesso à educação em uma língua que elas falem ou entendam. Essa situação persiste, apesar de estudos que mostram que o domínio de uma língua materna facilita a aprendizagem geral e a aprendizagem de outras línguas.
Os povos indígenas sempre demonstraram seu desejo por uma educação em suas próprias línguas, como ficou estabelecido na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Como 2019 é o Ano Internacional das Línguas Indígenas, o tema do Dia Internacional da Língua Materna deste ano será o das línguas indígenas como um fator do desenvolvimento, da paz e da reconciliação.
Na atualidade, cerca de 370 milhões de pessoas fazem parte de povos indígenas, e suas línguas correspondem à maioria das aproximadamente 7 mil línguas vivas que existem no planeta. Muitos povos indígenas continuam sofrendo com a marginalização, a discriminação e a pobreza extrema, e também são vítimas de violações aos direitos humanos.
À luz do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 e do objetivo de não deixar ninguém para trás, é essencial que os povos indígenas tenham acesso à educação em suas próprias línguas.
Assim, neste Dia Internacional da Língua Materna, eu convido todos os Estados-membros da UNESCO, nossos parceiros e as partes interessadas no campo da educação a reconhecerem e a fazerem valer os direitos dos povos indígenas.
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/every_mother_tongue_deserves_to_be_known_international_mot/
Programa Fora da Curva – Universitária FM
Nesta terça-feira, 26 de fevereiro, o Fora da Curva pergunta: “Brasil: como acabar com a impunidade?”.
No estúdio estarão os convidados:
Edna Jatobá, integrante do GAJOP-Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares, e Manoel Moraes, professor da Universidade Católica de Pernambuco.
A partir das 11h na @Universitária 99.9 FM e na Rádio Universitária Paulo Freire.
Criação da Comissao Arns no Largo São Francisco em São Paulo
A Comissão Arns quer proteger os direitos humanos no Brasil. É o que promete o grupo de 20 personalidades, incluindo seis ex-ministros de quatro governos democráticos, que será lançado no próximo dia 20, em São Paulo. Em homenagem ao cardeal d. Paulo Evaristo Arns (1921-2016), franciscano que foi referência à defesa de direitos humanos e aos mais pobres, opositor ativo da ditadura brasileira (1964-1985).
Entre os membros estão juristas, intelectuais, jornalistas e ativistas, além dos ex-ministros Claudia Costin, José Carlos Dias, José Gregori, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Paulo Sérgio Pinheiro e Paulo Vannuchi, que atuaram nos quatro governos democráticos de Sarney, FHC, Lula e Dilma.