Diante de um cenário com maior interação política, econômica, social e cultural entre os países, em escala global, as línguas ocupam um papel primordial nessa relação – ainda que nem sempre tenham recebido atenção especial quanto a isso no âmbito acadêmico. Da mesma forma, ainda que o processo de globalização venha se desenhando há séculos e influencie nos modos de expansão, promoção e difusão das línguas, nem sempre é possível dizer que tenha existido clareza nessas etapas. É o caso em que se insere a língua portuguesa hoje: apesar de ocupar uma posição sólida entre as dez línguas mais faladas no mundo e possuir força demográfica, político-cultural e econômica, são bastante recentes as iniciativas governamentais planejadas e calculadas de promoção internacional da língua, notavelmente através da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Diante do cenário exposto, na UERJ, houve a articulação para a criação da Revista de Estudos de Português Língua Internacional (REPLI), em fase de implantação, como uma das ações de políticas linguísticas que possam fazer frente a esse novo contexto internacional dos países e de suas línguas. Na presente comunicação, objetivamos apresentar o potencial que uma revista acadêmica pode ter na preparação e orientação para o ensino e a pesquisa a partir de duas frentes: (i) o impacto da revista na formação e atualização de professores, a fim de que futuramente estes possam estar aptos para ensinarem o Português como Língua Não-Materna e (ii) o potencial formativo, de ensino e pesquisa de uma revista que é a única publicação brasileira que aborda exclusivamente a dimensão do português como língua internacional.