Desde março de 2020 o Brasil e o mundo foram pegos por inesperada doença que, letal, tem ceifado vidas humanas de forma avassaladora. O enfrentamento dessa doença trazida ao convívio do humano por vírus classificados por Covid-19, trouxe fortes desafios que se expressaram de forma global, sob o ponto de vista científico, humano e político. A batalha humana por debelar esse causador de tantos sofrimentos não tem sido pequena e fez surgir atitudes as mais diversas e, uma das mais contraproducentes, sem sombra de dúvida, foi o irresponsável negacionismo que se espalhou pelos quatro cantos do mundo, e que vem enfraquecendo o nível de confiança social. E o Brasil é um desses cantos ao qual o vírus chegou e se acomodou; foi se alimentando da ignorância de indivíduos e instituições que não mediram esforços de fazer um combate do tipo não científico e, mais ainda, descompromissado com a vida humana. A religião não ficou de fora desse processo de combate, porém, se apresentando como ator negacionista ao se posicionar política e cientificamente equivocada. O objetivo do IV Colóquio é fazer uma reflexão crítica de cunho sociorreligioso, com foco nas posturas religiosas que influenciaram atitudes e ações de fiéis e líderes religiosos que, somados às correntes políticas de extrema direita, impactaram negativamente, o comportamento dos brasileiros frente a pandemia de Covid-19 e, com isso, enfraquecendo laços de confiança geradores de uma sociedade mais coesa quanto à defesa de seus interesses pela vida.
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Jornada de Estudos José Comblin (ISSN 2965-1220)
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Programa de Pós-graduação em Teologia (Mestrado)
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