Política e anticomunismo na Arquidiocese de Olinda e Recife sob a liderança de Dom Antonio de Almeida Morais Júnior (1952-1960)
DOI:
https://doi.org/10.25247/2237-907x.2012v2n1.p140-159Resumo
A questão central do artigo é a análise da atuação e pensamento de uma importante liderança eclesial brasileira: Dom Antonio de Almeida Morais Júnior, Arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, através da missão, por ele mesmo imposta ao assumir o sólio arquiepiscopal, de formar uma geração de fiéis e cidadãos que, devidamente instruídos, participassem dos processos eletivos fazendo uso do voto da forma que ele considerava ser a forma, ou seja, seguindo e respeitando os postulados cristãos. Com efeito, mesmo antes de assumir a administração da Arquidiocese, Dom Antonio ganhou notoriedade por sua forte inclinação anticomunista, como atestam diversos de seus livros, entre eles Capital e trabalho, sua obra mais conhecida. Essa forte inclinação anticomunista logo descambaria, como foi analisado, para uma verdadeira obsessão: em sua opinião, candidatos com uma orientação política mais à esquerda não deveriam, de forma alguma, ser sufragados nas urnas pelos católicos; tal atitude seria uma traição não apenas à fé cristã, mas também, à pátria brasileira. Portanto, seu governo arquiepiscopal foi marcado por intensas intervenções políticas, que transformaram Pernambuco em palco privilegiado de uma importante luta simbólica.
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