Fonte: Revista Cult

Espaço CULT: Novas diretrizes curriculares do MEC para o jornalismo reacendem velhas discussões

“Em um texto primoroso, a ensaísta Beatriz Sarlo escreve que na Argentina, certa vez, houve um boom de programadores que ficaram à deriva depois que a Microsoft lançou um sistema operacional intuitivo, que dispensava a necessidade de domínio da linguagem de programação”, diz o professor Carlos Costa, coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. A citação tem motivo: demonstrar o quanto o ensino técnico tem vida curta, diferente da ciência, da teoria e da reflexão. O assunto foi motivado pela homologação, setembro, das novas diretrizes curriculares nacionais para o curso de Jornalismo. A decisão do Ministério da Educação (MEC) têm dividido opiniões e esquentado discussões no ambiente acadêmico.

Afonso de Albuquerque, Ciro Marcondes Filho, Eugênio Bucci e Leonardo Sakamoto no Espaço CULT (Foto: Helder Ferreira)

Fruto do trabalho de uma comissão de especialistas — presidida pelo professor José Marques de Melo e integrada pelos também docentes Alfredo Vizeu, Carlos Chaparro, Eduardo Meditsch, Luiz Gonzaga Motta, Lucia Araújo, Sergio Mattos e Sonia Virginia Moreira –, nomeada pelo então ministro Fernando Haddad em fevereiro de 2009, o documento promove importantes mudanças no curso, como a retirada do Jornalismo do campo da Comunicação Social e sua realocação entre as Ciências Humanas. A carga horária sobe para o mínimo de 3.200 horas, sendo 200 dedicadas ao estágio, que passa a ser obrigatório; e o restante é dividido igualmente entre teoria e prática. Ficam proibidos os TCCs coletivos, o que, na prática, inviabilizaria a produção de alguns formatos, como  produções audiovisuais e produtos editoriais, que exigem trabalho em equipe.

 

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