Aproveitando que estamos em plena semana do maior, do mais completo, do mais importante e, por que não dizer, do mais aguardado congresso de comunicação das américas, o Intercom, vou aproveitar para contar aqui uma das experiências mais legais que tive enquanto estudante de jornalismo, lá pelos anos de 2000. Chegando a sua quadragésima sexta edição agora em 2023, o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação aterrissa em Belo Horizonte para fazer história!
Pois bem, sempre lembro com carinho da minha primeira participação neste evento tão massa. Foi em setembro de 2008, em Natal. Recordo quando meu orientador de iniciação científica na época, professor Afonso Júnior, lá na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), me disse que deveríamos ficar atentos aos prazos de inscrição pois levaríamos alguns dos resultados da nossa pesquisa (que, na época, envolvia fotojornalismo e inovação) para debater com colegas da área.
Nossa, eu fiquei nervoso demais! Eu lembro que dormi mal, que pensei: “Mas como é que eu, um estudante de início de curso, vou debater com essa turma que já tem anos de experiência?!”. Senti que talvez seria um passo maior do que eu poderia dar e estava certo de que conversaria com Afonso sobre minha impossibilidade de viajar, não queria ser massacrado. Tensão no ar.
Ensaiei meu discurso umas dez vezes, estava pronto para dizer que “quem sabe próximo ano”, ou “melhor deixarmos para quando a pesquisa estiver mais madura”, tudo certo. Eis que, quando comecei a tentar expor minha justificativa, escuto uma das frases que, ainda hoje, uso em sala de aula: “Meu jovem, primeiro você bate na porta. Depois você espera. Alguém abre a porta e te convida para entrar. Então, você entra”.
Engraçado como, muitas vezes, acabamos achando que esse universo da pesquisa em comunicação é algo chato, distante ou totalmente desconectado da realidade. Digo a vocês que aprendi demais naquele distante setembro de 2008. Fiz amizades, participei de um monte de atividade incrível, apresentei nosso trabalho e, claro, vivi tudo que o Intercom nos proporciona viver! Foi incrível e me fez perceber que lugar de produção científica é na rua, viva, com troca e muita energia boa. Claro que, desde 2008, muito B.O também fez parte das minhas andanças Brasil afora acompanhando o congresso. Mas garanto que, no final, vale muito a pena!
E para você que está de malas prontas, boa viagem e boa apresentação! Vai ser um arraso, pode acreditar!
Ah, não vai não?! Apois, próximo ano te orienta e vai timbora!
Por João Guilherme