Por Rodolfo Libonati
Nesta quarta-feira (16), o primeiro painel do Festival 3i 2022 foi “Reportagem Freelancer”, sob mediação de Joana Suarez, repórter freelancer e gerente de jornalismo na revista AzMina. Como convidados, Alice de Souza, freelancer, jornalista pesquisadora da Abraji e editora na Énois; de Fábio Bispo, jornalista investigativo, dirigente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e fundador do Catarina LAB; e de Naira Hofmeister, jornalista investigativa. O quarteto iniciou o debate trazendo suas experiências nos primeiros passos como freelancers.
Entre os diversos pontos abordados, os desafios na adaptação à forma freelancer, a segurança ao encarar as mais variadas pautas e a importância em manter contato com outros jornalistas autônomos, especialmente os mais experientes, assim como as fontes. “A reportagem é um grande desafio. Acho que o mais difícil de ser repórter freela é essa coisa de você estar sozinho, ter que encarar todo o processo da reportagem muitas vezes só”, disse Joana Suarez, relatando uma busca própria em manter uma “comunidade frila” para partilhar as “muitas dores, angústias e solidão do repórter frila”.
A questão trabalhista e a segurança dos jornalistas freelancers também entrou na pauta. “Percebo que hoje essa é uma questão que precisa estar embutida no próprio profissional, porque as organizações estão também tentando entender o jornalista sob a ótica do profissional liberal”, comentou Fábio Bispo. Para ele, o assunto representa grande preocupação e desafio para todas e quaisquer associações que têm jornalistas como associados. “Na ânsia de pegar um trabalho, às vezes a gente não lê os contratos e não sabe exatamente tudo que está ali nos pormenores”, destacou.
Com relatos e reflexões bastante relevantes de Joana, Alice, Fábio e Naira, o painel “Reportagem Freelancer” foi imperdível. Se você quiser assistir à discussão que aconteceu pela manhã, acesse: https://youtu.be/gelM-twNFSI.
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