Por Rafael Gueiros
Potiguar com alma de recifense, Tawanne Villarim nutre uma paixão pelo Nordeste, pela música eletrônica e pela junção dos dois: a cena eletrônica nordestina. Ela construiu sua paixão por meio de shows, sites e criou uma rede de contatos para si mesma, mas sua história não começa aí.
Antes de frequentar eventos e nutrir sua paixão pelo jornalismo, Tawane começou sua jornada universitária no curso de Ciências Sociais, na UFPE, além de frequentar o curso de Direito, na Unicap. “São dois cursos altamente pesados, eu saía correndo da Unicap pela manhã e ia direto pra Federal”, relata. “Era um ritmo muito frenético o que me impossibilitou de conseguir manter os dois cursos”. Tawanne seguiu com o curso de Direito, chegando até o sexto período. Foi quando percebeu que aquela não era a vida que ela desejava. Largou tudo e passou no vestibular de Jornalismo da Unicap, onde encontrou o que nunca conseguiu no curso anterior: a si mesma.
A estudante entrou no curso com a vontade de investir na parte tecnológica e do marketing no Jornalismo e, mais que isso, Tawanne encontrou-se criando um amor pela música ao frequentar eventos. “A partir dessas minhas idas a festivais, não só em Recife como em São Paulo, eu percebi que as pessoas não falavam da cena eletrônica do Nordeste”. Percebendo isso, ela decidiu criar um portal para falar mais sobre essa cultura com matérias, podcasts, entrevistas e crônicas, com fontes exclusivamente nordestinas, “Digamos que minha luta é essa, de fato, exaltar e expor os artistas daqui”. Infelizmente o portal não está mais no ar, porém a paixão da estudante continua.
Atualmente, Tawanne trabalha como Employer Branding na empresa Amarante, fazendo o que ama. Em paralelo escreve para sites e participa de lives de diversos portais, além de possuir um programa de rádio chamado OuVisse? (@ouvisse_ no Instagram). Por meio dessa influência e da rede de contatos, construiu um network e fez novos contatos. “Consegui novas oportunidades para meus amigos nordestinos fora do Nordeste”, comemora. “Pra mim é um dos pontos-chave, de fato, mostrar nossa cultura, mostrar que também temos uma cena eletrônica,” afirma. Ela promove eventos inclusivos, dando valor para a cena local e incentivando a cultura nordestina.
Além disso, Tawanne sempre alimentou o desejo de fazer algo pelo seu bairro, o bairro dos artistas, a Iputinga, e graças ao seu programa ela conseguiu, transformando o episódio do programa em uma edição audiovisual. “Costumo também escrever sobre outras coisas, mas sempre com o viés da música eletrônica e sempre querendo exaltar a cena eletrônica do nordeste”, finaliza a estudante que está concluindo seu Trabalho de Conclusão de Curso produzindo uma série de reportagens impressas sobre o tema.
Para conhecer mais do trabalho de Tawanne, basta acessar os links abaixo:
Todos os episódios do programa: Ouvisse – Veneno
Edição em vídeo: DJ Punny – Veneno
Rádio Veneno (SP) estreia programa voltado para artistas nordestinos