Por Myllene Pedroso
Gabriela Passos de Oliveira Melo carrega consigo uma história incrível. Tem apenas 23 anos e está prestes a concluir o TCC no curso de Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, Unicap. Apesar de jovem, sua trajetória é marcada, sem dúvidas, pelas pessoas e oportunidades que teve o privilégio de conhecer e que a ensinaram “sobretudo a respeito da vida e não só do jornalismo”, como ela mesma define.
Ainda em seu terceiro período, Gabriela iniciou o estágio. A Dialógica Comunicação Estratégica, empresa de marketing digital dirigida por Jefte Amorim, foi sua primeira experiência. Ações e projetos de extensão também compuseram seu currículo. Ela foi voluntária na ação de extensão Rádio na Real e no projeto Ganhando Asas. No primeiro, o diálogo com crianças da rede municipal de ensino do Recife, na perspectiva dos direitos humanos e da comunicação. Já no Ganhando Asas, projeto de extensão do curso de Fotografia, com parceria do curso de Jogos Digitais, Publicidade e Propaganda e Jornalismo, Gabriela participava da formação de estudantes com Síndrome de Down e com deficiência intelectual, na produção de programas de rádio e podcast. “A comunicação pautada pelos direitos humanos sempre esteve presente dentro curso”, destaca.
A jovem estudante recifense conta que fez intercâmbio por um ano em Portugal, mediado pela Unicap, e teve a oportunidade de ser colaboradora da rede de comunicação independente Mídia Ninja, ainda em Lisboa, por aproximadamente três meses. O Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Unicap (Pibic) também fez parte da sua jornada acadêmica. Dessa vez, em projeto coordenado pelo professor Ricardo Maia. A pesquisa trata sobre os elementos da trilha sonora no cinema pernambucano contemporâneo. O que deu a oportunidade de Gabriela apresentar artigo no 44o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2021, que este ano está sendo organizado pela Unicap, e acontece de 4 a 9 de outubro.
“Não lembro muito bem o porquê quis jornalismo mas eu sempre tive essa ideia de fazer algo que não me prendesse. Por esse motivo, entrei na universidade já com vontade de fazer intercâmbio. Hoje, sei que jornalismo foi uma escolha certa”, explica. Desde o início de 2021, Gabriela Passos estagia na Stott Conteúdo, na edição de vídeos para as redes sociais e pretende se especializar em documentários, além de seguir a carreira acadêmica e fazer seu mestrado.
A estudante percebe que o jornalismo a fez conhecer muito mais o Recife e a realidade em si. Pois são histórias de diversas pessoas em novos lugares. “As memórias que ficam são as idas ao protestos, as entrevistas externas mais desafiadoras, os encontros no jardim, na rua do lazer, na casa dos amigos, os debates efervescentes na sala de aula…”, recorda.
Apesar de lidar no seu dia a dia com o Trabalho de Conclusão de Curso, o Pibic e o estágio, Gabriela garante que tem vivido o melhor de cada experiência e as pessoas que cruzaram seu caminho foram fundamentais na construção pessoal e profissional. “Valorize as aulas e faça muitos amigos. É um tempo que passa muito rápido”, recomenda.