AO VIVO: MNU 42 ANOS – 07/07 – 19 HORAS

Milton Barbosa, cofundador e Coordenador Nacional de Honra do Movimento Negro Unificado

Em 18 de junho de 1978 representantes de várias grupos se reuniram, em resposta à discriminação racial sofrida por quatro garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê e a prisão, tortura e morte de Robison Silveira da Luz, trabalhador, pai de família, acusado de roubar frutas numa feira, sendo torturado no 44 Distrito Policial de Guaianases, vindo a falecer em consequência às torturas.

Representantes de atletas e artistas negros, entidades do movimento negro: Centro de Cultura e Arte Negra – CECAN, Grupo Afro-Latino América, Associação Cultural Brasil Jovem, Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas – IBEA e Câmara de Comércio Afro-Brasileiro, representada pelo filho do Deputado Adalberto Camargo, decidiram pela criação de um Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial.

O lançamento público aconteceu numa manifestação no dia 7 de julho, do mesmo ano, nas escadarias do Teatro Municipal da Cidade de São Paulo, reunindo duas mil pessoas, segundo o jornal “Folha de São Paulo”, em plena Ditadura Militar.

Leia mais: https://www.insurgencia.org/blog/42-anos-do-mnu-para-nao-esquecermos-dos-nossos-passos

VAGA PARA ADVOGADA/O ELEITORAL!

Você é advogada/o que atua com direitos humanos? Tem experiência com direito eleitoral? Quer se juntar no fortalecimento de pessoas negras no espaço político brasileiro? Pois vem compor o Enegrecer a Política!

SERVIÇO
🗣️ A gente está com vaga aberta para advogada ou advogado, sendo diferenciais:
✅ Ser pessoa não branca (preta, parda ou indígena)
✅ Ter experiência em legislação eleitoral
✅ Trabalhar com movimentos sociais

📄 Quer participar? Manda seu currículo para o e-mail enegrecerapolitica@gmail.com até dia 12/07. Os resultados serão divulgados no dia 17/07, com contratação imediata.

📌 Qualquer dúvida, é só falar com a gente nas redes sociais ou pelo e-mail!

#PraTodoMundoVer: “À direita lê-se: “Vem advogar na nossa causa!” em letras roxas e vermelhas, logo abaixo: “Mande seu currículo para enegrecerapolitica@gmail.com”. À esquerda a foto de uma mulher negra que sorri, ela tem cabelos pretos e cacheados e veste uma camisa branca de manga comprida. Há setas e formas fluidas coloridas ao redor da foto e do texto. Na base da imagem está a logo do Enegrecer a Política.”

☑ COMUNICARDH👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

COMUNICARDH
👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

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➡️ Impunidade é aliada de grileiros para desmatar florestas
Brasil de Fato:
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➡️ Negros que tocam seus negócios são mais impactados na crise da pandemia
ANF:
https://bit.ly/2D8AYfi

➡️ Pandemia avança no interior e ameaça atendimento em Pernambuco
ANF:
https://bit.ly/3iCUyR0

➡️ Terreiros de candomblé e os trabalhos sociais em tempos de pandemia
ANF:
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➡️ MPF cobra respostas do MEC sobre nova data para o Enem
Carta Capital:
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➡️ Abrigos de idosos receberão R$ 3,5 milhões de instituições bancárias
MDH:
https://bit.ly/31NigEe

➡️ Violência contra a mulher pode ser denunciada pelo Telegram
MDH:
https://bit.ly/2VRZpnR

➡️ Especialistas discutem tendências da educação básica e impactos da pandemia
Folha de São Paulo:
https://bit.ly/3iyyirJ

➡️ Falta de UTI ameaça tornar coronavírus mais letal no interior
Folha de São Paulo:
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➡️ Movimentos reivindicam inclusão de acesso à água no PL Emergencial da Agricultura Familiar
Mídia Ninja:
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➡️ Fronteiras brasileiras tornam-se palco de restrições arbitrárias
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COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 06.07.20

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Pandemia e Sociedade: Reflexos da COVID-19 na institucionalidade contemporânea

O presente livro nasce no contexto dos debates havidos em torno da pandemia no âmbito da disciplina “Lógica do Procedimento Jurídico” conduzida pelo organizador nos cursos de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Católica de Pernambuco (PPGD/UNICAP). Com a decretação da quarentena e a suspensão das aulas presenciais, os encontros da disciplina migraram para as plataformas virtuais. Com a elevada demanda por “lives”, “webinars” e afins, percebeu-se que o espaço da pós-graduação seria um locus privilegiado para o desenvolvimento de estudos interdisciplinares. O projeto extrapolou o espaço da sala de aula e recebeu preciosas contribuições provenientes de diferentes centros de pesquisa social do país, resultando em um panorama que evidencia a dimensão dos desafios do nosso tempo. O livro dialoga com um conjunto de outros textos e coletâneas produzidos no primeiro semestre de 2020 inscrevendo-se no âmbito das investigações conduzidas pelo grupo Recife Estudos Constitucionais (REC-CNPq) e pela Clínica Interdisciplinar de Direitos Humanos da UNICAP.

BOLETIM #01 | 15/06 – POVOS INDÍGENAS E A COVID19: LESTE NORDESTE

02 DE JULHO DE 2020
Acesse em: www.apoinme.org

Se me der a folha certa
E eu cantar como aprendi
Vou livrar a Terra inteira
De tudo que é ruim
Eu sou o dono da terra
Eu sou o caboclo daqui
(Kirimurê – J. Velloso)

Neste boletim apresentamos um balanço de dois meses (Maio e Junho/2020) de atividades de monitoramento dos impactos e do enfrentamento da COVID-19 entre os povos indígenas nos dez estados que compõem a área de abrangência da Apoinme (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo).

A situação das Terras Indígenas na Região Leste-Nordeste

Nesta região existem 86 povos indígenas que vivem em mais de 200 Terras Indígenas(TIs) em diferentes situações territoriais rurais e urbanas, que somavam uma população de 213.691 pessoas em 2010 (IBGE), das quais apenas 134.016 são hoje atendidas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde através dos Distritos Especiais de Saúde Indígena, os Dseis.

Apesar da significativa quantidade de Terras Indígenas, estas não constituem áreas de grande tamanho e, geralmente, possuem uma população numerosa e concentrada. Os processos de regularização fundiária destas TIs encontram-se em diferentes estágios administrativos e muitas sequer aparecem nas listas de terras a identificar pela Funai. Todas as terras apresentam altos níveis de degradação ambiental provocadas por décadas, ou mesmo séculos, de exploração do agronegócio, da pecuária, de empreendimentos dentro e no entorno de Terras, entre outras situações que tornam vulneráveis esses povos e seus modos de vida. A urbanização avança em muitas TIs. Algumas estão em áreas de intenso fluxo turístico e são cortadas ou facilmente acessadas por rodovias estaduais e federais de grande movimentação, o que permite um fluxo constante de pessoas nestas áreas. Tudo isso marca um quadro generalizado de conflitos fundiários e provoca imensas dificuldades na atenção à saúde indígena. No contexto da pandemia do coronavírus, para a maior parte destes territórios, é quase impossível se limitar o acesso de pessoas por períodos muito longos.

O impacto da pandemia

A contaminação pela Covid-19 atinge de modo desigual as terras indígenas nessa região, sendo mais prevalente em contextos com elevado nível de urbanização, fácil acesso por rodovias e com processos de demarcações inconclusos, a exemplo dos Tremembé(CE), Tapeba (CE), Potiguara (PB) e Fulni-ô (PE). Nestes povos a contaminação ultrapassa a marca de 100 casos acumulados em dois meses, sendo os três últimos com registros de óbitos. Há incidência significativa de contaminação também entre os povos Anacé (CE), Potiguara Catu (RN), Kariri-Xokó (AL), Tupinambá (BA); Pataxó (BA), Tupiniquim (ES), Xukuru-Kariri (AL) e nas aldeias urbanas do município de Crateús (CE).

A disseminação da Covid-19 tem ocorrido principalmente por via terrestre, seguindo o eixo das principais rodovias da região, como: a BR-101, a BR-232, a CE-085,a BR-423 e a BR-020. O Rio São Francisco parece funcionar como uma barreira efetiva à contaminação na fronteira entre Pernambuco e Bahia, uma vez que existem casos nas terras indígenas no lado pernambucano do rio, mas não no lado baiano. Outras regiões sem casos ou com baixa prevalência nas TIs são o Oeste da Bahia, Cerrado Piauiense, Minas Gerais, Sertões do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Infelizmente, a curva de contaminação na região como um todo continua ascendente, demonstrando as dificuldades para evitar a propagação da doença, bem como a intensificação do processo de interiorização da mesma. No momento, acontecem novos casos em aldeias e povos ainda não atingidos, que representam um sério risco de novos surtos em terras indígenas onde a atenção e o controle epidemiológico podem ter relaxado …

Mulheres em Situação de Rua

DIREITO DAS MULHERES

 

Nos últimos anos, a pauta de Direitos das Mulheres tem se tornado mais familiar para sociedade. A violência, o assédio, defender direitos sexuais e reprodutivos, reivindicar injustiças salariais, feminismo e suas vertentes, entre outros, esses são alguns dos assuntos mais recorrentes nos debates de direitos deste grupo social. 

 

Esses direitos podem ser encontrados no documento da Organização dNações Unidas (ONU):

 

“A mulher tem direito à liberdade, a estar livre de toda e qualquer forma de discriminação, educação, saúde, proteção, e o direito de não ser submetida a torturas e maltrato”.

 

REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA PARA GARANTIA DOS DIREITOS

 

Segundo a Inter-Parliamentary Union, o Brasil ocupa o 152° lugar em participação das mulheres em cargos eletivos federais dentre 172 países ranqueados. Essa colocação só prova que, sem representatividade política, é impossível garantir direitos. 

 

Ainda de acordo com a ONU, nos artigos 2 e 3 estão está previsto que as mulheres terão condições de igualdade e o mesmo direito que os homens de ocupar postos públicos e exercer todas as funções públicas estabelecidas em virtude da legislação nacional, sem nenhuma restrição.

 

MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA

 

Se o foco for em uma parcela mais marginalizada das mulheres no país, o caso piora. Como o das Mulheres em Situação de Rua. Quem luta pelos direitos dessa população? Que políticas públicas são direcionadas exclusivamente a esse grupo? Em que situação essas mulheres vivem no país e o que pode ser feito para garantir seus direitos?

 

Segundo o IBGE, no ano passado mais de 210 milhões de pessoas viviam nas ruas, e de 2018 para 2019, essa população cresceu em mais de 1.6 milhões. A maioria é formada por homens, contudo, os 15% a 20% representados pelas mulheres, são os que mais sofrem com a vulnerabilidade e violência.

 

Os casos das mulheres que chegam à situação de rua variam desde pobreza, vínculos familiares cortados, violência domésticas e etc.

 

Nivete Azevedo, coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo, organização feminista sem fins econômicos fundada em 1984, explica que há dificuldade dessas mulheres viverem até em áreas mais precárias. “Nem essa condição elas conseguem ter pela desestruturação que já vivem em outras áreas da vida. A própria questão econômica as obriga a levar os filhos às ruas, porque vê como a única forma de conseguir sobreviver,” completa Nivete.  

 

Ingrid Farias, integra a Rede Nacional Feminista e Antiproibicionista/ONG Escola Livre de Redução de Dano. Ela explica que a violência e a situação de pobreza levam essas mulheres à condição das ruas.

“Isso acontece por que essas mulheres tiveram outros direitos violados como a moradia, educação, cultura, trabalho. Essa é a realidade”.

É comum que as mulheres em situação de rua sejam criminalizadas injustamente e tipificadas como traficantes. Ainda de acordo com Ingrid, as usuárias são encarceradas sem a devida avaliação de casos.

Segundo dados Internacionais, 75% das mulheres que já moraram nas ruas em algum momento da vida, trabalham como profissionais do sexo. Entre 85% e 95% das que estão na prostituição, desejam escapar mas não têm outras opções de sobrevivência. 

“Elas estão nesse contexto por que não tem acesso a trabalho, né, elas fazem isso por ausência de oportunidade mesmo.” comenta Ingrid.

 

A omissão das gestões governamentais nesses casos agrava o problema, já que são poucas as políticas públicas voltadas para este grupo. Em 2009 foi criada a Política Nacional para População em Situação de Rua, a PNPR. 

 

Instituída pelo Decreto n° 7053, a PNPR “garante os processos de participação e controle social e entre seus princípios estão, além da igualdade e equidade, o respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à convivência familiar e comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o atendimento humanizado e universalizado; e o respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência”.

 

Essa garantia, no entanto, é falha e não detalha as necessidades dos grupos específicos que vivem nas ruas como as mulheres, os idosos e as crianças. Os programas que geralmente são disponibilizados por parte do governo, atendem de forma generalizada.

 

Esse atendimento específico auxiliaria na proteção das mulheres, por exemplo, que não são o grupo majoritário das ruas, já que os homens dominam o cenário.

 

Para elas, há duas escolhas: ser independente e viver por si só nas ruas, correndo o risco de serem violentadas e abusadas, ou serem dependentes de um companheiro (muitas vezes violento) para diminuir as chances de abuso por parte de outros em situação de rua, polícia ou civis. 

Em 2018, um levantamento do Datafolha mostrou que 16 milhões de mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de violência. Desses 16 milhões, 29% correspondem à taxa de violência nas ruas. As agressões são feitas por homens, seja por parte dos próprios companheiros ou por outros em situação de rua.

Sobre os casos de marginalização e violência, Ingrid ainda acrescenta fatores que podem fortalecer essas mulheres a mudar o cenário em que vivem.

“É necessário fazer ações de fortalecimento dessas mulheres, para que elas participem de processos de participação política, e refletir sobre a própria condição social”.

Para a enfermeira e integrante do setor de saúde do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Susi Silva, é importante que se pense em como os corpos femininos e masculinos são vistos socialmente, e o significado disso sobre quem vive nas ruas. 

 

“A gente sabe que o corpo da mulher é dito corpo público e o do homem, privado. Então imagina o que deve significar o corpo de uma mulher totalmente vulnerável, em situação de rua”, ela diz. A privação dessa mulher de todos os seus direitos, afirma Susi, tem como consequência o corpo marcado por incontáveis violências. 

 

Ela chama a atenção, ainda, para a forma como a saúde das mulheres em situação de rua é afetada.

 

 “Essas mulheres adoecem, principalmente, pela somatização. Elas têm dezenas de transtornos mentais devido à maneira como vivem, à exposição à violência”. A enfermeira diz que as principais demandas relacionadas à saúde delas, assim, são de ordem psíquica, devido a essas somatizações. 

 

Contrariando a máxima de que quem recebe apenas violência pode somente oferecer violência, Susi enfatiza a importância do processo de humanização de todas e todos vivendo nas ruas. “Como podemos reverter essa circunstância? Não é possível reverter nenhuma situação de negação de direitos sem ofertar direitos básicos”, defende. 

 

Movimentos Sociais e Realidade das Mulheres em Situação de Rua 

 

Na luta pela reparação da dignidade e pelos direitos da população em situação de rua (PSR), entre as organizações que buscam garantir algum bem-estar da PSR se encontra a ONG Samaritanos, surgida na Paróquia de Casa Forte, em 2015, a partir de uma iniciativa de apenas 14 pessoas. Com base na capital pernambucana e mais de 200 integrantes, hoje, o grupo realiza trabalhos de atendimento seguindo os pilares da assistência social, cidadania e voluntariado. 

Foto retirada do Facebook da Samaritanos (Facebook.com/ gruposamaritanosrecife)

 


Pelo Recife, de acordo com o coordenador da ONG, Rafael Araújo, são oferecidas comida e roupas e são distribuídos itens como absorventes e camisinhas. Além disso, a Samaritanos realiza atendimentos de saúde e acesso à Justiça através de comissões próprias e, ainda, a capacitação e reinserção da PSR ao mercado de trabalho. 

Foto retirada do Facebook da Samaritanos (Facebook.com/ gruposamaritanosrecife)


Outra organização pautada pelos cuidados com a população mais vulnerável e com ações no Recife é o coletivo Unificados pela População em Situação de Rua. Formado após o início da pandemia da Covid-19 para se ter uma rede de atendimentos mais completa à PSR, e contando com o apoio de grupos populares como o MST, com o Armazém do Campo, o coletivo é composto por pessoas que já atuavam atendendo pela região metropolitana. 

 

Magdala Mirelle, coordenadora de voluntários do Unificados, explica que o trabalho do programa é tentar resgatar a autoestima das pessoas em situação de rua. “A gente oferece corte de cabelo, banho, para tentar resgatar pelo menos um pouco de dignidade dessas pessoas,” diz Magdala.

São grávidas, dependentes químicos, mulheres que se sentem obrigadas a viver com parceiros violentos pelo medo de viverem só nas ruas. Segundo Magdala, não existe uma defesa mútua nos casos que observa. Se uma mulher é violentada, quem está ao redor não intervém e a lei do “cada um por si” prevalece.

No caso das gestantes, o Coletivo Unificados trabalha para conscientizar essas mulheres sobre a importância no corte de bebidas alcoólicas e drogas, além da higiene.

“Quando tentamos orientar, nos falar que já tiveram filhos nas ruas antes e nada tinha acontecido, que os cuidados não são necessários” diz Magdala.

Por morarem nas ruas, essas mulheres passam a naturalizar, sem querer, o descuidado, o desafeto e a indiferença. E é aí que os projetos, grupos de apoio e ONGS entram em ação, quando tentam resgatar a humanidade, cuidar e orientar esse grupo. Pessoas como Ingrid, Magdala e tantas outras que participam de projetos beneficentes, estão dispostas a doar uma parte de suas vidas para melhorar outras. 

 

Informações gerais dos Movimentos Sociais (onde atuam)

Coletivo Unificados pela População em Situação de Rua

Os pontos fixos de atendimento do Unificados pela População em Situação de Rua se distribuem entre o Armazém do Campo (Av. Martins de Barros, 387, Santo Antônio), onde, em parceria com a campanha Marmita Solidária do projeto Mãos Solidárias, são oferecidos refeições de café da manhã e jantar; o Armazém 14 (Av. Alfredo Lisboa, s/n), com banhos e alimentos oferecidos; e o prédio do antigo Liceu de Artes e Ofícios (Praça da República, 281, Santo Antônio), que está como ponto de higienização onde são oferecidos serviços como corte de cabelo, banho e troca de roupa.  

Foto retirada do Instagram do Coletivo Unificados (@unificadospsr)


Seguindo as recomendações de cuidado da Organização Mundial de Saúde (OMS) na realização dos trabalhos, o grupo possui 20 coordenadores que se dividem em cinco setores. No geral, são 700 voluntários. 

Foto retirada do Instagram do Coletivo Unificados (@unificadospsr)

É possível saber mais sobre o coletivo Unificados pela População em Situação de Rua em seu Instagram, @UnificadosPSR. 

ONG Samaritanos

A ONG Samaritanos tem como ponto fixo de ação o Liceu de Artes e Ofícios, na Praça da República. No local, a população em situação de vulnerabilidade social recebe refeições e acesso a serviços para higiene como banho e lavagem de roupas. 

Nas ruas de 19 bairros da cidade do Recife, para além da distribuição de refeições e itens de vestimenta e higiene, as ações da Samaritanos se concentram também em projetos a exemplo do ViveRua!, de atendimento de saúde por meio de uma comissão de saúde. No Ronda de Direitos, é oferecido o acesso à Justiça por meio da comissão jurídica do grupo, a Veritas, em parceria com os núcleos de Direitos Humanos das Defensorias Públicas da União e do Estado. 

Há ainda o Volver, com o objetivo de capacitar e reinserir a PSR ao mercado de trabalho. Com banco de currículos, o projeto Volver teve em 2019 a primeira turma formada, majoritariamente composta por mulheres. As comissões dos projetos da ONG, entre os mencionados e outros, são compostas por profissionais e estudantes das respectivas áreas.

Mais informações no Instagram dos Samaritanos, o @Samaritanos.Recife. 

Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)

A Universidade Católica de Pernambuco criou uma rede de solidariedade chamada CO-vida, na qual vários profissionais da instituição, de acordo com seus conhecimentos, ajudaram de alguma forma a administrar a crise.

Segundo o Professor João Elton do Instituto Humanitas, serviços como confecção de máscaras e ações feitas por  profissionais de saúde para essa população, são algumas das atividades realizadas pela instituição de ensino.

Juntamente com o Governo do Estado, Governo municipal, o Porto Social e algumas ONGS, o espaço do Liceu Artes e Ofícios foi disponibilizado para os atos solidários. 

Alunos, professores e funcionários podem participar como voluntário nas ações para a população de rua, e no site Unicap.br, é possível encontrar informações sobre a campanha Todos Pela Rua, também realizada pela universidade. 

Matéria: Caroline Cardilane e Luiz Rodolfo Libonati

Direitos humanos e saúde serão temas do Escola AO VIVO

A Escola de Contas do TCE realiza, nesta sexta (3), às 10h, debate sobre o tema Acesso à saúde como direito fundamental: impactos da crise do Covid-19 na população vulnerável, sob a ótica dos direitos humanos.

Participam Manoel Moraes, professor e coordenador da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Câmara; e Élida Graziane, doutora em Direito e procuradora do Ministério Público de Contas do TCE-SP. A conselheira Teresa Duere, do TCE-PE, faz a mediação.

Na oportunidade, serão discutidas estratégias de colaboração do Controle Externo para auxiliar o Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento das populações vulneráveis, usuárias do serviço de público de saúde, especialmente durante e após a pandemia.

Você pode acompanhar e participar da conversa ao vivo pelo canal da Escola de Contas no Youtube. Não se esqueça de fazer sua inscrição, para receber as notificações das próximas atualizações.

https://www.tce.pe.gov.br/internet/index.php/mais-noticias-invisivel/304-2020/julho/5467-direitos-humanos-e-acesso-a-saude-serao-tematicas-do-escola-de-contas-ao-vivo

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https://bit.ly/2Jp877M

➡️ Conheça o projeto que ajuda refugiadas a acessarem o mercado de trabalho brasileiro
ONU Brasil:
https://bit.ly/3eNSjIA

➡️ Campanha “4G para estudar” supre falta de políticas públicas de acesso à internet
Marco Zero Conteúdo:
https://bit.ly/2VAnWxA

➡️ Como burocracia e má-vontade barraram uma pesquisa promissora sobre coronavírus no Brasil
The Intercept:
https://bit.ly/2YPQh5e

➡️ Jornadas de 12h e zero direitos: por que entregadores de apps fazem greve inédita
Brasil de Fato:
https://bit.ly/2NNLURL

➡️ América Latina passa de 2,5 milhões de infectados; saiba a situação de cada país
Brasil de Fato:
https://bit.ly/3dLKL7T

➡️ Saúde, falta de estrutura e desigualdade: os riscos da volta às aulas na pandemia
Brasil de Fato:
https://bit.ly/2YMekBY

➡️ Decotelli abandona ministério após cinco dias de sua nomeação
ANF:
https://bit.ly/3ePMWZl

➡️ Maioria dos que recebem auxílio emergencial diz que presidente mais atrapalha do que ajuda na pandemia
Carta Capital:
https://bit.ly/3gh11PU

➡️ Diálogos revelam que FBI teve total acesso às investigações da Lava Jato
Carta Capital:
https://bit.ly/3imatD9

➡️ Covid-19: decreto prorroga período de pagamento do auxílio emergencial
Diário Oficial da União:
https://bit.ly/3eQCQav

➡️ Nos quilombos, coronavírus mata um por dia
Agenda Pública:
https://bit.ly/2Zqszvk

➡️ Menino de 7 anos é morto por bala perdida em São João de Meriti, na Baixada Fluminense
O Globo:
https://glo.bo/31wIB9C

➡️ Maioria dos diretores afirma que professores não estão preparados para volta às aulas
Folha de São Paulo:
https://bit.ly/3g8vlvY

➡️ Brasil restringe entrada de estrangeiros no país por 30 dias
UOL:
https://bit.ly/31yxCwl

➡️ Estados ignoram alta de casos e UTIs cheias e reabrem economias no Nordeste
UOL:
https://bit.ly/2NH7cR0

➡️ Caixa faz hoje 3 pagamentos diferentes da ajuda de R$ 600
UOL:
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➡️ Nasce um novo sindicato global contra os abusos da economia nos app
Mídia Ninja:
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