Mensagem da UNESCO Contra o Racismo reúne personalidades líderes na luta contra a discriminação racial

Paris, 5 de agosto – As principais personalidades de todo o mundo se uniram à UNESCO na denúncia de crescente discriminação racial em um vídeo de advocacia, United Against Racism, divulgado hoje.

 

O filme em preto e branco de 2’41 ”apresenta mensagens das seguintes mulheres e homens de destaque do mundo do cinema, da mídia, da música, do esporte e da ciência, ao lado da Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay:

 

Charlotte Gainsbourg, Freida Pinto, Naomi Campbell, Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO Jean-Michel Jarre, Artista da Paz da UNESCO Marcus Miller, Jorge Ramos, Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO Yalitza Aparicio, Rossy de Palma, Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO Sumaya bint Al Hassan, Bobi Wine, Goodwill da UNESCO Embaixadora Herbie Hancock, Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO Forest Whitaker, Campeã da UNESCO para a Educação de Meninas e Mulheres Nadia Nadim, Amadou Gallo Fall, Ada Hegerberg e Artista da UNESCO pela Paz Gilberto Gil.

 

A UNESCO está na vanguarda da luta contra o racismo desde sua criação em 1945. Em 1978, adotou a Declaração sobre Raça e Preconceito Racial, que reafirma que “Todos os seres humanos pertencem a uma única espécie e são descendentes de um estoque comum. Eles nascem iguais em dignidade e direitos e todos são parte integrante da humanidade. ”

 

****

 

Assista ao vídeo: https://youtu.be/NDKOzFyes5Q

https://twitter.com/unesco

https://facebook.com/unesco

https://instagram.com/unesco

 

Mais sobre o trabalho da UNESCO para combater o racismo e a exclusão: https://en.unesco.org/themes/ foster-rights-inclusão

 

Contato com a mídia: Armelle Arrou, a.arrou@unesco.org , +33 (0) 145681260

☑ COMUNICARDH 👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

➡️ Aos 12 anos, garoto trans conquista o direito na Justiça de ser chamado pelo nome masculino

Diário de Pernambuco: https://bit.ly/33AMNWG

➡️ *Convenção da OIT sobre trabalho infantil conquista ratificação universal

ONU: https://bit.ly/31ohWdk

➡️ Maioria das mortes por covid no Rio é de moradores dos bairros mais pobres, diz Ipea

Brasil de Fato: https://bit.ly/3keQiYZ

➡️ Mulheres aliam sustentabilidade e geração de renda em fábrica de vassouras no Recife

Brasil de Fato: https://bit.ly/31f5RXK

➡️ Edital oferece apoio financeiro a organizações lideradas por mulheres e pessoas trans

Brasil de Fato: https://bit.ly/3ic0Cz3

➡️ STF mantém suspensão das operações policiais em favelas do RJ durante pandemia

Brasil de Fato: https://bit.ly/33slf5Q

➡️ 8 em cada 10 presos em flagrante no RJ se declaram negros

Carta Capital: https://bit.ly/3ibvjVc

➡️ Confaz altera regra de isenção de ICMS de veículos para portador de deficiência

Diário Oficial da União: https://bit.ly/3ift5Uv

➡️ Proibir operações policiais em favelas do Rio de Janeiro poupou 30 vidas, estima estudo

El País: https://bit.ly/30t6ZIc

➡️ O que está em jogo no julgamento do STF sobre povos indígenas na pandemia

BBC: https://bbc.in/2Xy517s

➡️ Entidades temem risco de genocídio entre indígenas isolados com avanço da Covid-19 e grileiros

G1: https://glo.bo/3fxJnGA

➡️ O que é o privilégio branco e por que todo mundo é beneficiado ou prejudicado por ele

BBC: https://bbc.in/2EKsRq3

➡️ Os povos em que gênero vai além do masculino e feminino há séculos

BBC: https://bbc.in/2Xtnlik

☑ COMUNICARDH

Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

Recife, 05.08.20

☑ Siga nossos programas nas redes sociais e fique por dentro das pautas atuais em direitos humanos

🎙️ https://bit.ly/3cJ6q09

📺 https://bit.ly/2VQoU8e

Nenê do Zap: UNESCO e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal firmam parceria e promovem live sobre a importância da interação na Primeira Infância

Encontro virtual terá a presença de Bruno Gagliasso, Dira Paes e especialistas, que discutirão dicas e orientações para a relação de adultos com o universo infantil
Gerado em um Brasil pré-pandemia, o projeto Nenê do Zap nasceu para reforçar a importância da conversa e da interação para o desenvolvimento das crianças na Primeira Infância, do nascimento aos seis anos de idade. Gratuito, envia mensagens em áudio, vídeo e texto – via WhatsApp – para mães, pais e cuidadores interessados em informações e dicas para ajudar na relação dos adultos com bebês e crianças. Com a necessidade do distanciamento social, o Nenê do Zap passou a contar com especialistas para ajudar na missão de traduzir os efeitos desse momento no universo infantil e levar conhecimento para as famílias enfrentarem a pandemia.
Nesta quinta-feira, 6 de agosto, às 16h, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a UNESCO no Brasil, parceiras no projeto, promovem uma live. O bate-papo online vai discutir como o iniciativa pode ajudar a Primeira Infância e de que forma as famílias devem se adaptar ao fechamento de creches e unidades de educação durante a pandemia. O encontro virtual contará com a presença de Mariana Luz, CEO da Fundação, e Marlova Jovchelovitch Noleto, Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, além de vários convidados especiais. Para participar, os interessados devem fazer a inscrição gratuita clicando aqui.
O Nenê do Zap vai receber, ao lado de Paula Perim, diretora de Comunicação da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e moderadora do evento, o ator e empresário Bruno Gagliasso – pai de Titi, 7 anos, Bless, 5 anos, e  Zyan, recém-nascido – e a atriz Dira Paes – mãe de Ignacio, 12 anos, e Martim, 4. Eles vão dividir com o público como é a comunicação com seus filhos e como as mudanças causadas pela pandemia vêm mudando essa relação (leia mais aqui).
Para compartilhar dicas e orientações, a live terá também a participação de dois especialistas. Pediatra e coordenadora da Disciplina de Pediatria Preventiva e Social do Departamento de Pediatria da Universidade de São Paulo (USP), a Dra. Ana Escobar vai falar sobre a importância da Primeira Infância na formação de cada indivíduo. Já Fernanda Lopes, psicóloga com formação em Psicanálise da Criança, aprimoramento em Psicologia aplicada à Nutrição e pós-graduação em Psicanálise da Parentalidade e Perinatalidade, vai abordar o desenvolvimento emocional da criança nessa fase e porque ele é determinante para os sentimentos de acolhimento, acompanhamento e amor.
Interação com os bebês – Segundo pesquisa do Ibope, encomendada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 53% da população brasileira não sabia que bebês começam a aprender antes dos seis meses de vida. Maryanne Wolf, professora de Educação e diretora do Centro de Dislexia da Universidade da Califórnia em Los Angeles, destaca que “se pudesse dar um único conselho para os pais, seria: fale com o seu bebê, cante para o seu bebê e leia para o seu bebê”.
Nenê do Zap – É um projeto sem fins lucrativos que incentiva a conversas e a interação de pais, mães e cuidadores com crianças do nascimento aos 6 anos. Usando as redes sociais de forma divertida, um personagem virtual, o Nenê do Zap, envia dicas de como interagir positivamente com bebês e crianças, além de dar informações sobre essa fase tão importante da vida.  As experiências e descobertas vividas na Primeira Infância são fundamentais para o desenvolvimento humano. Brincadeiras, afeto e conversas são tão importantes quanto cuidados básicos como saúde e higiene e devem ser estimulados desde a gestação. Com sua fofura e esperteza, o Nenê do Zap leva conteúdo sobre a infância e inspira os adultos a participar bem de perto da vida das crianças. O projeto conta com a curadoria de conteúdo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e da UNESCO no Brasil. Toda a conversa com o Nenê do Zap via WhatsApp é gratuita e para receber as mensagens em áudio, vídeo e texto, basta mandar um “Oi” para o número (11) 99743-8964.  O Nenê também está no Instagram e Facebook com conteúdos extras e conversas com especialistas.
Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal – Fundada em 1965, a organização trabalha desde 2007 pela causa da Primeira Infância com o objetivo de impactar positivamente o desenvolvimento de crianças em seus primeiros anos de vida. As principais frentes de atuação da Fundação são a promoção da educação infantil de qualidade – creches para quem quer ou precisa e pré-escola para todos; fortalecimento dos serviços de parentalidade, para apoiar quem cuida; avaliação do desenvolvimento das crianças – o que não se pode medir, não se pode melhorar; e a sensibilização de toda a sociedade sobre o impacto, ao longo da vida, das experiências vividas na Primeira Infância.
————-

Informações para a imprensa sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal:
Advice Comunicação Corporativa
E-mail: fmcsv@advicecc.com – Tel: (11) 5102 5251 | (11) 5102 5252
Contatos: 
Alexandre Moreno – celular: (11) 98374-4664
Fernanda Dabori – celular: (11) 99211-5097
Luana Rodriguez – celular: (11) 97308-9091
://mhttpsail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgxwJXLcWNzRvNnBzSFqVgPTjtvSG

A igualdade de gênero pode ser garantida em espaços públicos verdes

Parques verdes são como refúgios para as pessoas da cidade. Uma pausa na vida corrida dos centros urbanos, um encontro com a natureza, além de local de trabalho para ambulantes e pessoas que trabalham com reciclagem. Esses espaços são importantes para preservação de recursos naturais, além de garantir qualidade de vida. Por isso, é importante que todos e todas tenham acesso a locais públicos verdes e sintam-se acolhidos em um lugar que seja pensado para todos.

Com isso, o documento Parque para Todas e Todos – Sugestão para a implantação de parques urbanos com perspectiva de gênero, lançado pela UNOPS, organismo das Nações Unidas, e o Instituto semeia, foi produzido com o intuito de inspirar entidades dos serviços público e privado na construção de parques urbanos em que a perspectiva de gênero seja implantada no espaço ou na gestão do espaço.

O material projetado pela UNOPS foi traçado com objetivo de promover a melhoria na condição de vida das pessoas e ajudar os países a alcançarem a paz e o desenvolvimento sustentável, alinhado com os objetivos da Agenda 2030.

O documento explica que infraestruturas urbanas com olhar para o gênero inclinam-se para a promoção de espaços com mais qualidade, bem-estar e não há, obrigatoriamente, aumento de custos. Com a inovação e desenvolvimento dos parques, a população dos centros urbanos terá acesso a espaços naturais com espaços mais preparados para todas e todos.

A igualdade de gênero em espaços públicos verdes é abordada ressaltando a importância da existência de melhores condições de vida para mulheres e meninas, promovendo o empoderamento e combatendo as discriminações e violência de gênero, para que elas possam atuar na promoção do desenvolvimento sustentável.

O documento mostra, em suma, a importância e o impacto na sociedade que espaços sustentáveis e atentos a gênero podem trazer. Levando em conta, o trabalho para desenvolvimento dos parques, participação da população, a linguagem de inclusão e representatividade dentro dos parques, até os espaços e equipamentos usados por crianças, criados para favorecer a autonomia e a socialização entre eles.

.

📸: UNESCO

📝: Odara Hana

☑ COMUNICARDH👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Câmara

É preciso acelerar esforços para garantir direito humano a água e saneamento, diz relator da ONU
ONU Brasil: https://bit.ly/30pqSQq

‘Temos que vencer a batalha contra o tráfico de pessoas’, afirma diretora UNFPA
ONU Brasil: https://bit.ly/2Df6Lf4

A CIDH condena ações policiais violentas no Brasil e insta a que sejam adotadas medidas para combater discriminação social e racial
OEA: https://bit.ly/3foMq41

Fuga pela arte: o condenado a 108 anos de prisão que virou ator de teatro
The Intercept: https://bit.ly/2PjX5m3

Exaustas, mulheres periféricas sofrem mais com reabertura precoce
Marco Zero Conteúdo: https://bit.ly/3fm5jVj

OMS volta a alertar o governo brasileiro para enfrentar pandemia com seriedade
ANF: https://bit.ly/2XpWqnl

“A covid-19 não é igual para todos”, diz diretora-executiva da Oxfam
Carta Capital: https://bit.ly/2DfnXRB

Órfãos da pandemia: um retrato trágico da contaminação pelo novo coronavírus
Diário de Pernambuco: https://bit.ly/39SUwRp

“Ilegal e racista”: MPF processa Samu e Bombeiro que negaram socorro a adolescente Kaiowá que morreu em reserva indígena
Agência Ninja: https://bit.ly/3i4oXqm

☑ COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 03.08.2020

☑ Siga nossos programas nas redes sociais e fique por dentro das pautas atuais em DIreitos Humanos
🎙https://bit.ly/3cJ6q09
📺https://bit.ly/2VQoU8e

CIDH condena ações violentas da polícia no Brasil e insta a adoção de medidas orientadas para combater a discriminação social e racial

Washington, DC – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifesta profunda preocupação com o número histórico de ações policiais violentas registradas durante a primeira metade do ano no Brasil e seu vínculo com a discriminação racial, agravada no contexto de Covid-19 . Nesse sentido, a CIDH insta o Estado a adotar uma política de segurança com foco no cidadão, bem como a combater e erradicar a discriminação estrutural histórica que resulta em padrões desproporcionais de violência institucional contra pessoas de ascendência africana e pessoas expostas a pobreza e extrema pobreza.

Leia mais: http://www.oas.org/es/cidh/prensa/comunicados/2020/187.asp

☑ COMUNICARDH 👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

➡️ Como você definiria protestos pacíficos? Comitê de Direitos Humanos da ONU responde

ONU: https://bit.ly/312FioR

➡️ UNESCO: pandemia expõe importância de universalizar acesso à Internet no mundo

ONU: https://bit.ly/33e3Ldm

➡️ Idosos a partir de 60 anos terão direito a meia-entrada em eventos em Pernambuco

Folha PE: https://bit.ly/3k0UY4o

➡️ A violência estatal dos EUA é um problema para além da polícia

The Intercept: https://bit.ly/2XdSAh7

➡️ Garimpo gera problemas sanitários, ambientais e culturais em terras indígenas

Brasil de Fato: https://bit.ly/3hR6NbC

➡️ O descaso do judiciário brasileiro na pandemia: o drama dos despejos em meio à covid

Brasil de Fato: https://bit.ly/2PiCC0B

➡️ Quais os limites da moderação de conteúdos e liberdade de expressão online?

Brasil de Fato: https://bit.ly/3firpYK

➡️ Denúncia de agressão a mulher militar se espalha na internet

ANF: https://bit.ly/39Lb1yL

➡️ Catadores cearenses terão auxílio emergencial até o fim do ano

ANF: https://bit.ly/2D8ZvRL

➡️ Se o racismo não te incomoda, você é parte do problema, mostra documentário

UOL: https://bit.ly/30hbLIK

➡️ Campanha Despejo Zero: “Moradia é questão de vida ou morte na pandemia”

UOL: https://bit.ly/2BMP7yD

➡️ “O racismo ainda está aí e precisa ser combatido”, afirma Elza Soares

Revista Forum: https://bit.ly/3jVuW2x

☑ COMUNICARDH

Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

Recife, 31.07.20

☑ Siga nossos programas nas redes sociais e fique por dentro das pautas atuais em direitos humanos

🎙️ https://bit.ly/3cJ6q09

📺 https://bit.ly/2VQoU8e

Pandemia: os péssimos resultados do Brasil e a resistência do SUS à tempestade

Debate em parceria da Marco Zero Conteúdo com a Rede Solidária em Defesa da vida.
Mediação: Laércio Portela, editor da MZ Conteúdo Convidado: Ricardo Teixeira, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP Debatedoras: Ana Brito, professora da Faculdade de Ciências Médicas, médica epidemiologista e pesquisadora do Instituto Ageu Magalhães, Fiocruz-PE; e Anna Karla, especialista em gestão pública, mestranda em História e co-fundadora da Frente Favela Brasil

JORNALISTAS MULHERES E O LINCHAMENTO VIRTUAL

.

O jornalismo é uma profissão cada vez mais necessária. No entanto, desde as últimas eleições, os profissionais da área tem lidado diariamente com comentários que não apenas desaprovam seu trabalho, mas também que os reduzem como pessoas nas redes sociais. As ondas de linchamentos virtuais que ocorrem com mais frequencia no twitter, são voltadas especialmente para as jornalistas mulheres que já fizeram ou fazem críticas de oposição ao governo atual.

Desigualdade salarial, vítimas de feminicídio, vítimas de relacionamento abusivo, alvo de piadas e comentários sexistas. São inúmeros os tipos de violência a que as mulheres são submetidas. Carmem Silva é pesquisadora e militante feminista da organização não-governamental SOS Corpo. Para ela, o motivo está na construção histórica da sociedade atual: “Porque vivemos em uma sociedade patriarcal, que é o sistema onde os homens têm mais poder, eles são considerados com maior valor que as mulheres”.

Natália Cordeiro, integra o Fórum de Mulheres de Pernambuco, e aponta a questão do machismo, que anda lado a lado com o patriarcado na sociedade. “Se a gente entende que o machismo é uma estrutura social, já que a sociedade foi construindo ideias do que era ser homem e do que era ser mulher, é difícil de ser mudado já que é algo construído há muitos anos”.

MULHERES ESCREVENDO MATÉRIAS PELO MUNDO

A pesquisa “Ataques e assédio: o impacto sobre as jornalistas e suas matérias” realizada pela International Women’s Media Foundation e TrollBusters, mostrou que 63% das 597 jornalistas nos Estados Unidos e em outros países já foram ameaçadas ou assediadas online, 58% foram ameaçadas pessoalmente e 26% foram atacadas fisicamente. Entre as jornalistas que trabalham nos EUA e sofreram ataques virtuais, 78% dizem que foram alvos por serem mulheres e, entre as jornalistas trabalhando em outros países, o percentual foi de 68%.

Com os dados da pesquisa, pode-se observar que as condições das mulheres jornalistas é preocupante, já que as chances de sofrerem esse tipo de assédio na internet aumenta drasticamente só pelo o fato de serem mulheres. Diversos são os danos psicológicos que podem ser resultantes na vida da mulher ao ser vítima de comentários misóginos. A psicóloga Alissandra Cruz de Oliveira analisa que: “as pessoas vítimas de linchamento virtual podem ter reforçada a crença de que são menos valiosas do que o que de fato são. Principalmente as mulheres, em razão do machismo que enfrentam na sociedade que as obriga a ter que demonstrar muito mais competência para assumir os seus papéis profissionais”.

DIREITOS VIOLADOS

São muitos os direitos violados em casos de linchamentos virtual. A advogada Fábia Lopes que também é jornalista e militante feminista revela que “No linchamento virtual há tanto violação de princípios previstos na nossa Constituição, quanto de direitos previstos no ordenamento jurídico brasileiro. O primeiro princípio a ser violado, por exemplo, é o da Dignidade da Pessoa Humana. Esse princípio reconhece que as pessoas são merecedoras de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade”.

Fábia afirma que é preciso identificar e punir os agressores que, nos casos de violência virtual contra as mulheres, são homens em sua grande maioria. “Quanto às medidas jurídicas cabíveis, considero que é indispensável registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Crimes Cibernéticos, localizada na Rua da Aurora, 487 – Boa Vista, Recife/PE (Fone: 3184-3207). Na delegacia, será feito o inquérito policial, que poderá resultar na denúncia pelo Ministério Público e, consequentemente, na instauração do processo penal. Dependendo do crime tipificado, a pena varia, em média, de 03 meses a 03 anos de prisão”.

No Brasil, os casos mais recentes foram os das jornalistas Patrícia Campos Mello e Vera Magalhães, que fizeram matérias de denúncia contra o Presidente da República. Com isso, houve chuva de comentários misóginos e sexistas nas redes

sociais das jornalistas, o twitter foi uma delas. Nas atuais regras sobre violência, assédio e outros tipos de comportamentos abusivos na plataforma, é explicitado que “Não é permitido fazer ameaças de violência contra um indivíduo ou um grupo de pessoas”, no entanto, a rede social continua mantendo os posts no ar, e mesmo com denúncias alegam que os tweets não se encaixam na categoria.

Com todos os dados abordados percebe-se que as mulheres ainda são vistas como o “sexo frágil”, e que podem ser tratadas como objetos. Ao longo da história, as mulheres lutaram em busca de conquistar seus direitos, e na sociedade atual, com líderes que propagam o ódio e a violência, a luta por igualdade e justiça deve fortalecer o movimento.

Matéria escrita por: Lara Felix (@laraffelix) e Thayla Kerolyn (@thaylakerolyn) Para a disciplina: Jornalismo e Direitos Humanos

Universidade Católica de Pernambuco