Vidas Pankararu Ameaçadas

No dia 10 de agosto de 2020 ficamos sabendo que uma placa foi fixada em uma cerca da terra indígena Pankararu. Nela liam-se os nomes das lideranças deste povo que estavam “marcadas para morrer”.

Alarmados com essa situação, a Rede de Monitoramento dos Direitos Indígenas de Pernambuco (REMDIPE) e outras organizações elaboram uma nota pública de repúdio a esse ato de violência contra os Pankararu. A nota foi assinada por mais de 80 organizações que atuam na defesa dos direitos humanos. Entre elas há entidades do próprio movimento indígena, organizações da sociedade civil – locais, regionais, nacionais e internacionais – como sindicatos, redes, movimentos, pastorais. Além disso, grupos de universidades. Somando apoios de instituições de 11 estados brasileiros.

Lei mais: https://www.indigenascontracovidpe.com/post/vidas-pankararu-amea%C3%A7adas

Os direitos da criança e do adolescente devem ser garantidos durante a pandemia

A necessidade de confinamento leva algumas crianças e adolescentes a maior vulnerabilidade, à violência e ao sofrimento psicossocial, com histórico de agressões de pessoas próximas às vítimas. Dados mostram que os crimes de violação infanto-juvenil, na maioria das vezes, são praticados pelos próprios pais, avós, padrastos e pessoas do ambiente familiar.

Por causa das consequências do isolamento social, especialistas vêm estudando formas de tornar mais viáveis denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, que estão passando mais tempo em casa, muitas vezes, com seus agressores. Para protegê-los durante a pandemia do novo coronavírus, algumas iniciativas estão sendo adotadas no país.

A violência doméstica intrafamiliar se agravou com isolamento social por questões como tensões causadas pela pandemia, a sobrecarga de tarefas domésticas e o Home Office, ou até mesmo a falta de emprego e renda.

O Ministério Público do Paraná, por exemplo, recomendou que as escolas, tanto públicas quantos particulares, mantenham contato direto com seus alunos, para não interromper o trabalho que as escolas têm de prevenção e proteção contra possíveis violências domésticas.

O fechamento de escolas é outra medida de contenção social que tem alterado a rotina das crianças e seus familiares. Assim como tem sido um dos fatores de redução de denúncias, pois a escola tem um importante papel para queixas de violações.

Para ajudar no monitoramento das violações, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) vai lançar um aplicativo. O Direitos Humanos Kids é destinado a crianças e receberá as denúncias. O objetivo é ampliar os canais disponíveis. A ferramenta será uma plataforma lúdica e interativa com o objetivo de romper o silêncio do púbico infanto-juvenil.

As denúncias podem ser feitas pela própria vítima ou por alguém que escute, suspeite ou veja uma situação de violência. Os canais de atendimentos por telefone e internet permanecem ativos durante a pandemia.

Contatos tradicionais de denúncias:
Disque 100 – Vítimas ou testemunhas de violações de direitos de crianças e adolescentes, como violência física ou sexual, podem denunciar anonimamente.

Disque 180 – Em casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física, sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa. O serviço é gratuito e anônimo.

Polícia 190 – Se presenciar algum ato de violência, acione a Polícia Militar. Também é possível acionar as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e as de Proteção à Criança e ao Adolescente da sua cidade.

Safernet Brasil – Denúncias de cyberbullying e crimes realizados em ambiente online: https://new.safernet.org.br

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📸: Creative Commons

📝: Odara Hana

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AÇÃO SOLIDÁRIA: Apoie mais de 22 mil famílias Quilombolas, Indígenas e Ciganas de Pernambuco⁣

Com o objetivo de apoiar 22 mil famílias Quilombolas, Indígenas e Ciganas que se encontram em situação de vulnerabilidade social devido à pandemia do novo coronavírus, em Pernambuco, o Instituto Humanitas UNICAP e a Cáritas Brasileira Regional Nordeste2 , em parceria com diversas organizações e entidades, lançam na próxima segunda-feira, 17, às 17h, a Campanha Ação Solidária.⁣

A iniciativa visa mobilizar e sensibilizar a sociedade para doações, via depósito bancário. O lançamento irá ocorrer através da plataforma YouTube da Universidade Católica de Pernambuco, através do endereço: youtube.com/unicapvideo

Compartilhe com seus contatos e participe!!

Saiba mais em: www.unicap.br/acaosolidaria

☑ COMUNICARDH👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Câmara

Especialistas reúnem propostas para combater violência de gênero no Brasil durante a pandemia
ONU Brasil: https://bit.ly/30QGI6I

Maioria dos indígenas venezuelanos no Maranhão migrou em busca de trabalho e reunificação familiar
ONU Brasil: https://bit.ly/31K4D7h

Pela primeira vez na história, movimento negro pede o impeachment de um presidente
Brasil de Fato: https://bit.ly/2PYWBSJ

Christian Dunker: “Esquizofrenia não justifica atos de racismo”
Brasil de fato: https://bit.ly/30Mssfs

O malabarismo da grande imprensa para omitir os nomes das facções coloca cidadãos em risco
The Intercept: https://bit.ly/3kDIjVt

Empresário propõe lei que permite bater em mulher e ganha novo processo
ANF: https://bit.ly/2PIWdYc

Juíza diz em sentença que homem é integrante de grupo criminoso “em razão de sua raça”
Carta Capital: https://bit.ly/2DYMb2o

Abandono de povos indígenas na pandemia deixa dúvida se governo age por “omissão ou estratégia”
Mídia Ninja: https://bit.ly/2FiT5Ap

Casas de indígenas Gamela são incendiadas no Piauí
Cimi: https://bit.ly/31ITZxv

Facepe e SES-PE divulgam edital que apoia financeiramente estudos para aprimoramento do SUS
Diário de Pernambuco: https://bit.ly/2XWhdz9

Covid atingiu pico em Pernambuco, mas pode voltar a crescer, diz comitê científico
Folha de Pernambuco: https://bit.ly/30OC8WD

Brasil pode parar em “lista suja” da ONU por conta de dossiê sobre antifascistas
JC-PE: https://bit.ly/3gPGti8

☑ COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 12.08.2020

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Lei Maria da Penha completa 14 anos, mas a violência contra mulher não diminuiu

Historicamente, a mulher é vítima preferencial da violência contra o corpo. No Brasil, a cada ano, mais de 1.300 mulheres morrem por feminicídio, ou seja, são mortas pelo fato de serem mulheres.

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Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a violência doméstica cresceu significativamente desde março com o isolamento social, pois as mulheres, que antes já eram agredidas, passaram a viver confinadas com seus agressores. Os dados apontam um crescimento de 13,35% em fevereiro, 17.89% em março, 37,58% em abril, quando comparados ao mesmo período de 2019.

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No dia 7 de agosto a Lei Maria da Penha, que é um importante marco legal para reprimir a violência doméstica e familiar, completou 14 anos. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato.

Desde a sua publicação, a Lei é considerada pela Organização das Nações Unidas como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres.

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Nestes 14 anos, uma série de mudanças foram implantadas: em novembro de 2017, foi publicada a Lei 13.505/17, que determinou que mulheres em situação de violência doméstica e familiar devem ser atendidas, preferencialmente, por policiais e peritos do sexo feminino.

A Lei também definiu, entre outras coisas, que é direito da mulher em situação de violência a garantia de que, em nenhuma hipótese, ela, seus familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos de terem cometido a violência e pessoas a eles relacionadas.

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No aniversário da Lei Maria da Penha, a ONU Mulheres lançou um documento com diretrizes para atendimento em casos de violência de gênero contra meninas e mulheres em tempos de pandemia de COVID-19. O documento traz orientações e recomendações práticas para auxiliar e garantir o acesso das mulheres às medidas cabíveis nas situações de violência que estejam vivenciando. Além disso, recupera princípios éticos no acolhimento às vítimas no contexto das medidas sanitárias para contenção da COVID-19, abordando também as etapas de atendimento em tempos de pandemia.

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Fazendo um balanço dos obstáculos que ainda enfrentamos nesses 14 anos de legislação, um aspecto chama mais atenção: a resistência de engajamento efetivo dos homens, como se a questão da violência contra a mulher estivesse restrita a uma preocupação feminina. Se a violência de gênero é um fenômeno social, que impacta milhares de meninas e mulheres no nosso país, não há mais como conceber qualquer tipo de alienação masculina. Como se diz popularmente, daquele que é parte do problema exige-se que também seja parte da solução.

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📸: unesco

📝: Maria Luna

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