Morte de menina torna mais dramática situação dos indígenas Warao no Recife

Em meio à miséria, a morte de uma adolescente durante o final de semana do feriadão levou os indígenas venezuelanos da etnia Warao que vivem no Recife a enfrentarem a burocracia e os impasses legais. A menina de 16 anos, morreu na noite de sábado, 31 de outubro, numa casa em Santo Amaro onde vivem mais de 30 pessoas de seis famílias, deixando os indígenas atônitos, sem saber o que fazer.

Os pais e irmãos de garota estavam na Paraíba, de onde a menina veio na terça-feira, dia 27. Doente há três meses, ela foi enviada pela família para fazer um tratamento espiritual com o xamã do grupo (jowarotu ou bajanarotu, no idioma Warao). Segundo um dos caciques, José Lisardo Moraleda, ela não tinha sintomas de Covid-19, mas sim fortes dores abdominais e torácicas. “Ela melhorou. Na quinta e na sexta-feira, chegou a caminhar e voltou a comer, mas no sábado amanheceu pior”, explicou o cacique, único a falar e compreender bem o português.

Com a menina morta na casa e sem parentes dela por perto, Lisardo e o outro cacique, Juan, pediram ajuda à professora de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carol Leite, voluntária da rede que oferece apoio aos Warao no Recife, e a Victor Santos, do Serviço Pastoral dos Migrantes da igreja Católica. Era o início de uma via crucis pela burocracia que, na manhã de segunda-feira, 2 de novembro, ainda não havia terminado.

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Webnário “Educar para o Nunca Mais: os quatro eixos da Justiça de Transição”, hoje (31/10), às 16h

https://www.youtube.com/watch?v=KjkspyqO9gs

Dando continuidade ao nosso Webnário “Educar para o Nunca Mais: os quatro eixos da Justiça de Transição”, hoje (31/10), às 16h, trataremos sobre o Direito à Verdade. Para conversar conosco sobre o tema, convidamos o Prof. Manoel Moraes que é advogado e cientista político, docente da Unicap e coordenador da Cátedra UNESCO/UNICAP Dom Helder Camara de Direitos Humanos.

Vai rolar transmissão pelo link https://www.youtube.com/watch?v=KjkspyqO9gs  e para receber certificado é necessária a inscrição pelo sympla, no link https://www.sympla.com.br/webnario-educar-para-o-nunca-mais__1016798. Não perde, hein? Esperamos vocês!

NOTA DE PESAR

Nós que fazemos a Cátedra Unesco/Unicap Dom Helder Camara de Direitos Humanos da Unicap recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do professor Paulo Bonavides.

Seu legado confunde-se no magistério da Teoria Geral do Estado, da Ciência Política e do Direito Constitucional e Suas obras representam uma vida dedicada à defesa do Estado Democrático de Direito.

Seu exemplo e seu pensamento continuarão a inspirar as novas gerações de juristas

50 anos de luta contra o tráfico ilícito de bens culturais – UNESCO no Brasil

Na primavera de 2020, a pandemia da COVID-19 provocou uma paralisação em todo o mundo. No entanto, o tráfico ilícito de bens culturais não parou. Pelo contrário. Os traficantes desses bens aproveitaram-se da segurança reduzida em sítios arqueológicos e museus para empreender furtos e escavações ilegais, com impunidade.

Os números comprovam: o fascínio por mosaicos, urnas funerárias, esculturas, estatuetas ou manuscritos antigos nunca foi tão grande. A pressão dessa demanda ajudou a alimentar o mercado ilegal de obras de arte e antiguidades, que agora opera principalmente online – por meio de plataformas que, muitas vezes, dão pouca atenção à proveniência original dos objetos.

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