Boletim Unicap

Recife, 13 de maio de 2008 Ano 7

Começa Seminário sobre Dom Helder
Por Anna Salustiano

Na noite de segunda-feira (12), com o auditório G1 da Universidade lotado, teve início o Seminário Nacional “O Século de Dom Helder” - Cristianismo e construção da cidadania no Brasil, ontem e hoje. O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Instituto Dom Helder Câmara, Arquidiocese de Olinda e Recife e pela Universidade Católica.

O objetivo do Seminário é contribuir para as celebrações do ano, convocando pesquisadores das mais diversas áreas acadêmicas a refletir, de maneira crítica e propositiva, sobre alguns dos muitos temas que interessaram Dom Helder, enquanto cristão, cidadão brasileiro, homem de cultura e de igreja, idéias e realizações institucionais, que até hoje continuam dando frutos.

O primeiro a falar foi o Reitor da Católica, Padre Pedro Rubens. “É difícil falar de Dom Helder sem emoção. Ele foi profético em seu tempo e visionário de futuro. Um homem que tinha uma aguda sensibilidade social fundada no evangelho”.  

Padre Pedro também destacou a linguagem simples, poética e profunda do cristão. “Eu fico com a pureza e o bom senso da resposta do povo mais simples. Deixemo-nos inspirar por Dom Helder”.

Logo depois, foi a vez do conferencista da noite, Padre Queiroga falar sobre a grandeza de Dom Helder. “Estudioso dos problemas mundiais, participou dos movimentos politizados e da assistência aos desamparados. Pequenino e humilde, identificado com sua gente, incapaz de odiar”.     

A palestra foi marcada por elogios. E um trecho de um dos últimos discursos de Dom Helder foi usado na íntegra. “Ninguém se espante me vendo com criaturas perigosas. Meu coração estará aberto a todos. Venho cuidar dos pobres. Nossa confiança é grande para os cristãos que se comprometem com a realidade...”

O Seminário se estende até a próxima quinta-feira (15), com palestras, fóruns, mesas-redondas e minicursos.

Aníbal Bruno recebe visita dos alunos de Direito da Católica
Por Anne Mendes

Os alunos do 9º período do curso de Direito tiveram uma experiência diferente na tarde desta terça-feira (13). Eles visitaram o presídio Aníbal Bruno. A aula prática foi proposta pelo professor Alexandre Nunes como atividade da disciplina de Processo Penal II.

Os alunos foram recebidos pelo diretor do presídio, o coronel Geraldo Severiano, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano. Além de apresentar as instalações do local, ele falou sobre sua administração. “Quando assumi o presídio foi com o compromisso de mudar a realidade desse estabelecimento, fosse na estrutura física ou administrativa”, afirmou.

No Aníbal Bruno, os alunos passearam por alguns pavilhões, conheceram a escola, participaram de um momento de descontração com o ensaio dos presidiários para uma homenagem às mães e degustaram os pães preparados na padaria do presídio.

Hoje, aproximadamente de 3.611 presos cumprem pena no Aníbal Bruno. “Um novo projeto, que foi aprovado pelo Ministério da Justiça recentemente deve disponibilizar aproximadamente R$ 18 milhões que devem ser investidos na reforma do Aníbal Bruno”, explicou o diretor.

Dentro do projeto da reforma está a construção de três prédios, para onde serão transferidos todos os presidiários que hoje abrigam o Aníbal Bruno e de um portão de acesso, para melhorar o controle de entrada e saída de pessoas.

Os alunos do curso de Direito devem realizar novas visitas nas próximas semanas, entre elas à Colônia Penal Feminina, localizada na Várzea, ao presídio Barreto Campelo e ao HDCPO.

Príncipe fala sobre os 200 anos da vinda da família real para o Brasil
Por Anna Salustiano

O auditório do bloco J ficou lotado na noite desta segunda-feira (12) para a palestra do príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel e trineto de D. PedroII. Ele veio ao Recife falar dos 200 anos da vinda da família real portuguesa ao Brasil. O evento foi organizado pelo Diretório Acadêmico do curso de História.

O príncipe diz que os fundamentos da nacionalidade brasileira tiveram início com a vinda de D. João VI para o Brasil. “Se ele não tivesse vindo, não teríamos o país”, destacou o príncipe.

A corte deixou Portugal por conta das guerras napoleônicas. É dessa época a expressão “me deixou a ver navios”, criada por Napoleão quando D. João VI deixou o país. A sociedade brasileira viveu na época profundas transformações. “A colônia criou condições para abrigar a corte. Fundou os Correios, o Banco do Brasil e construiu as ferrovias”, disse D. Bertrand.

Um fato citado por D. Bertrand na palestra foi que o Brasil foi governado durante um período por mulheres. “Leopoldina assinou a independência e a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, enquanto D. Pedro I e D. Pedro II viajavam”, destacou.

Segundo D. Bertrand, as leis que beneficiavam os negros da época não foram implantadas porque o tempo que a princesa Isabel teve no poder foi de um ano apenas. Como todo nacionalista, ao fim da palestra, o príncipe enfatizou: “Precisamos amar sempre o Brasil e manter viva a chama da esperança”.

Arquitetura promove palestra sobre as cabeceiras das pontes do Recife
Por Glaucio Alves

Tratar as cabeceiras das pontes do Recife como partes integrantes do conjunto arquitetônico municipal, assim como as praças e monumentos históricos. Esse foi o tema central discutido na manhã desta terça-feira (13), pela arquiteta do Programa de Especialização do Patrimônio, da Fundarpe, Maria Reynaldo, na sala de multiuso, no 1º andar do bloco D. O assunto foi trabalhado pela arquiteta em seu mestrado, realizado na Universidade Federal de Pernambuco.

Reynaldo estudou três pontes localizadas no centro do Recife: Ponte da Boa Vista, Duarte Coelho e Maurício de Nassau. A cabeceira desta última é considerada, pela arquiteta, como a que mais sofreu com a degradação urbana. “É uma estrutura muito antiga que está ligada ao principal pólo de urbanização da capital”, afirmou a arquiteta.

De acordo com ela, as cabeceiras das pontes são espaços relacionados com estruturas singulares, como igrejas e antigos pórticos, construídos durante o período holandês, e que não existem mais. Além disso, as estruturas eram ambientes voltados para a cultura. “Concertos de música erudita eram realizados na cabeceira da Ponte Maurício de Nassau”, comentou.

O trabalho da Maria Reynaldo tem o objetivo de identificar os padrões formais das cabeceiras das pontes estudadas. “A Ponte Duarte Coelho já foi concebida em arquitetura moderna, combinando com os antigos prédios que ainda resistem em suas proximidades”, disse a arquiteta.

Semana do assistente social é marcada por palestras
Por Glaucio Alves

Em comemoração ao Dia do Assistente Social, celebrado na próxima quinta-feira (15), o curso de Serviço Social da Católica está organizando uma série de atividades. A programação inclui palestras que serão realizadas por profissionais da área, alunos e ex-alunos da Universidade. O objetivo é colocar em pauta assuntos como mercado de trabalho e temas ligados à área.  

Nesta sexta-feira (16), será realizado, no auditório G2, das 18h30 às 21h30, um painel integrado sobre práticas profissionais de serviço social, que contará com a participação de ex-alunos já integrados ao mercado de trabalho. Nesta quarta-feira (13), será realizado, no mesmo local, o painel com o tema “13 de Maio! Liberdade para quem?” organizado com a participação do Diretório Acadêmico do curso de Serviço Social.

Quinta na Química traz palestra sobre responsabilidade social e monitoramento ambiental
Por Lucélia Brito

"Central de Tratamento de Resíduos Candeias – Responsabilidade Social e Monitoramento Ambiental" será o tema do próximo "Quinta na Química" nesta quinta-feira (15), às 17h, na sala 113 do bloco D. Para falar sobre o assunto, foi convidado o engenheiro ambiental da empresa Locar Saneamento Ambiental, Rodrigo Almeida Galdino.

O Quinta na Química é um encontro semanal fruto de uma parceria dos cursos da área de Química da Católica. O objetivo principal do projeto é contribuir para o conhecimento e aprendizado dos alunos daquilo que é apresentado em sala de aula. Informações pelo telefone (81) 2119-4188.

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