Em agradável reunião, debaixo de uma linda árvore, em frente ao Memorial Darci Ribeiro_UnB, no dia 07 de agosto de 2018, durante o VII Colóquio ALED_Brasil, as pesquisadoras Laura Pardo, Virgínia Colares, Débora Figueiredo e outras criaram esta Rede de estudos do discurso jurídico (REDEJUR_ALED) com o propósito de explorar as experiências interculturais da comunidade da ALED, do feminismo, do racismo, do indígena, dos LGBTQI+ e demais minorias nos discursos jurídicos. Já há, na produção dos associados da ALED, grupos que se dedicam ao discurso jurídico desde a fundação da ALED, em 1995. O momento atual latino-americano e da América Central e Caribe requerem um olhar especial para essa relação de poder naturalizada nos discursos jurídicos.
O Grupo de Pesquisa Linguagem e Direito (Acesse mais informações em Espelho do Grupo), certificado pela Universidade Católica de Pernambuco desde o ano 2000, com sítio na Plataforma Lattes, do CNPq, busca discutir a construção do discurso jurídico no âmbito da doutrina, da jurisprudência e nas diferentes situações de interação na justiça. Partindo do pressuposto de que o domínio da relação entre a linguagem e a atividade jurisdicional se inscreve numa prática necessariamente transdisciplinar, estuda-se a linguagem como atividade cultural e seu funcionamento no campo dos direitos. Consideram-se tanto os estudos hermenêuticos de interpretação dogmática, quanto as abordagens linguístico-discursivas nas quais, se destacam o papel das relações interpessoais, o papel dos atores socias produtores do discursos jurídicos, as estruturas de participação e os contextos sociais imediatos que interferem nos diversos processos de produção e circulação de sentidos das ações linguísticas desenvolvidas no âmbito do funcionamento jurídico. Temos como meta construir coletivamente procedimentos teórico-metodológicos para análise dos textos produzidos pela e na justiça, reconhecendo alguns impasses epistemológicos. Mais informações no instagram: (https://www.instagram.com/linguagemedireito/)
Os integrantes do Grupo de Pesquisa Linguagem e Direito têm participação ativa nos colóquios da Associação Latino-americana de Estudos do Discurso – ALED, tendo a líder - Virgínia Colares- apresentado trabalho sobre o discurso jurídico no encontro de criação em Caracas, na Venezuela em 1995. A ALED congrega estudiosos do discurso de diversas tendências teóricas e dos países: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Desde a sua criação, a ALED realiza de dois em dois anos, em um dos países membros, congressos científicos internacionais com a participação de toda a comunidade científica latino-americana do discurso. Cada um dos países conta com um delegado regional, que nos intervalos do Congresso Internacional da ALED, realiza em seu país um colóquio de estudos. (https://comunidadaled.org/)
Já foram realizados sete colóquios da ALED-Brasil. No VIII Colóquio e o III Instituto da Associação Latino-americana de Estudos do Discurso – ALED-Brasil, os integrantes do Grupo de Pesquisa Linguagem e Direito coordenaram um dos GTs. O duplo evento teve como tema "Estudos do Discurso: interdisciplinaridade, interseccionalidade, relevância social" foi promovido pelo Laboratório de Estudos Críticos do Discurso – LabEC e pelo Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade – NELiS, da Universidade de Brasília – UnB , com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal - FAP-DF, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares - Ceam/UnB, do Instituto de Letras - IL/UnB e do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas - LIP/UnB.
No dia 7 de agosto de 2018, durante o VII Colóquio da ALED Brasil em Brasília, com o apoio e presença na reunião, da presidenta internacional, María Laura Pardo, e da delegada do Brasil, Viviane Resende, foi criada a REDEJUR, com a finalidade de discutir a interface entre Linguagem e Direito e, em especial, o discurso jurídico em relação com os grupos minoritários e vulneráveis. O nome da rede proposta foi "Rede de estudos do discurso jurídico " (REDEJUR) e terá um status similar à REDLAD (REDE de Análisis del Discurso de la Pobreza Extrema) criada em 2015.