Última alteração: 2021-05-06
Resumo
A presente pesquisa objetivou externar os dilemas encarados pelos estudantes surdos na luta pela acessibilidade no ensino remoto com o surto do Coronavírus, doença acarretada pelo vírus SARS-CoV-2–Covid-19, provocando o fechamento das escolas. A partir dessa perspectiva que surgem o questionamento desta pesquisa: quais as medidas foram tomadas para a inclusão do educando surdo no ensino remoto na rede estadual de ensino de Pernambuco, exclusivamente para os alunos dos anos finais do ensino fundamental. Para tanto, foram analisados documentos, decretos e leis, com abordagem qualitativa que fundamenta este artigo, por meio do estudo documental, a qual segundo (MARCONI & LAKATOS, 1996) exigem, em boa parte dos casos, a coleta de documentos para análise. Discorremos sobre a inclusão do aluno surdo no ambiente de ensino remoto considerando alguns aspectos para a análise documental. Entre eles: de que forma foi assegurado o direito à educação aos educandos surdos; como foi estabelecida a presença do intérprete/tradutor de Libras; e de quais formas foram avaliadas as medidas tomadas. Os resultados parciais constataram que, apesar da oferta dos intérpretes na esfera virtual em aulas remotas, esses profissionais não receberam nenhum tipo de recurso tecnológico para tal ação. Além disso, foi possível verificar que mesmo com a presença de intérpretes de Libras nas aulas remotas e gravadas, os estudantes encontraram dificuldade na visualização do intérprete e da projeção realizada pelos professores, haja vista que, ou os alunos observavam o intérprete ou analisavam o slide explanado pelos docentes em aula. Sendo assim, constou-se que a inserção dos alunos surdos no ambiente escolar remoto encontrou lacunas para a sua execução.