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O ato de estabelecer uma relação de contato e troca de informações sempre existiu entre os indivíduos, com o fenômeno da globalização, a interação entre povos e culturas alcançaram novos patamares em consequência dos novos meios de comunicação, entre eles, a internet. Considerando esse advento, percebemos que os processos comunicacionais entre sociedades, classes e etnias estão apenas a poucos cliques. Entretanto, essa facilidade traz também seus malefícios, dentre eles, as Fake News. A presente pesquisa investigou os mecanismos linguísticos e discursivos das Fake News, equiparando-os do texto literário medieval, as cantigas de escárnio e maldizer. Desse modo, o objetivo geral, desse trabalho, é analisar os recursos linguístico-discursivos e estéticos em ambos os gêneros textuais — Fake News e cantigas de escárnio e maldizer —, identificando semelhanças entre os gêneros; e apontando que, apesar da distância temporal, a linguagem ainda é usada por um viés de manipulação e desinformação que se fortalece através da internet. Assim, foi empregada uma pesquisa baseada em livros, artigos científicos, dissertações e teses. Além disso, a pesquisa utiliza twitters de figuras políticas com destaque e cantigas satíricas, de maneira a compará-las e analisá-las com o aporte bibliográfico-teórico, fazendo intersecções entre estudiosos como Foucault sobre a linguagem e discurso; Henry Jenkis sobre comunicação, internet e seus impactos; Manuel Castells sobre a relação internet e sociedade; Thompson acerca da ideologia presente na comunicação de massa; Bakhtin na análise do discurso e Mário Martins com considerações na estética medieval satírica. Portanto, há uma conclusão crítica das intersecções encontradas no corpus do trabalho propondo reflexões sobre a lingua(gem) sendo usada como meio de manipulação, apesar das épocas

Fake News; cantigas de escárnio e maldizer; comparação linguístico-literária