Última alteração: 2021-05-04
Resumo
O tema desse trabalho é a relação entre o ensino da linguagem e a autorreflexão metodológica e será apresentado a partir da análise do filme A Chegada (2016), no qual espaçonaves aparecem em diferentes lugares da Terra e a linguista Dra. Louise Banks é convocada, pelo exército dos EUA, para fazer o contato com os alienígenas a fim de compreender o propósito de sua vinda ao nosso planeta. Nosso objetivo é investigar as análises linguísticas realizadas na ficção pelo viés da teoria estruturalista saussuriana e da hipótese Sapir-Whorf, relacionando-as a importância da realização de uma autoavaliação acerca dos resultados obtidos nas aplicações metodológicas mediante a uma prática de entendimento e ensino da linguagem. A metodologia aplicada consistirá na apresentação das observações realizadas pela Dra. Louise na explicação de como é possível compreender a linguagem dos extraterrestres, acompanhando seu percurso de análise da linguagem desses e discutindo sobre suas constatações em meio aos seus estudos no que se refere ao entendimento da linearidade e valor do signo em Saussure (2006) e da concepção de Sapir- Whorf de que a língua de um povo está fortemente entrelaçada com sua cultura. Como resultado de nossa análise, percebemos que ao longo da trama a linguista realizou diversas reflexões acerca das abordagens utilizadas no contato com os alienígenas e que essas reflexões possibilitaram a compreensão das singularidades da linguagem desses seres e a eficiência na interação. É possível concluir então que, é a dinamicidade da linguagem que a permite ser desafiadora ao ponto de apresentar em si diferentes formas de enxergar, nesse contexto, diferentes mundos e que somente a autorreflexão metodológica pode possibilitar um eficaz processo de ensino.
Palavras-chave
Referências
A Chegada. Direção: Denis Villeneuve. Roteiro: Eric Heisserer. Título original: Arrival. Nacionalidade: EUA. Distribuidor SONY PICTURES. Ano de produção 2016.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. [1916] Trad. Antônio Cheline, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein. 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.