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O significado das cores na Idade Média: um estudo sobre a influência socio-cultural nos vestidos de casamento
Última alteração: 2021-10-21
Resumo
O mundo atual é repleto de representações sócio-culturais e seus significados, das quais muitas datam do período da Idade Média. É o exemplo do significado das cores recebidas, concebidos através de um sistema de ordem social pela Igreja a fim de segregar as classes. Através das vestimentas, tecidos, ornamentos e cores portadas era possível então identificar o status social de um indivíduo. Em uma época onde a mulher era oprimida pela Igreja, vista como pecadora, suscetível aos desejos da carne. A dicotomia entre o espírito e a carne foi fundamental para o aparecimento da moda na Idade Média. Dessa forma, a mulher não só deveria vestir-se com decência, mas também carregava o peso da hierarquização social nas cores dos vestidos de casamento e do cotidiano. Assim, essa pesquisa se concentra sobre o estudo das cores vermelha, azul, verdes, tradicionais, buscando compreender como a cor branca tomou o lugar dessas nas cerimônias de casamento. Deste modo, analisaremos a partir de uma abordagem qualitativa-descritiva, os vestidos brancos de Mary Stuart e Maria de Médicis para compreender como essas influenciaram a tradição e cultura ocidental dos vestidos de casamento. Buscamos com Lipovtesky (1987) e Pesché-Assunção (2011), o conceito e a influência histórica da moda, e como a estética dos vestidos foi opressora para a mulher com base em Santos (2006). Através de Pastoureau (2007) faremos um percurso sobre o significado das cores na Idade Média. Assim, através destes, analisaremos a contribuição de ambas rainhas consortes da França para a criação de uma nova tradição cultural presente até os dias de hoje.
Palavras-chave
Representações das cores; Vestido branco; Polítco-Cultural