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“SÓ O PROFESSOR NÃO QUER TRABALHAR NA PANDEMIA”: UMA ANÁLISE LINGUÍSTICO DISCURSIVA
Última alteração: 2021-05-04
Resumo
O desenvolvimento das atividades laborais dos docentes do Brasil na atual conjuntura pandêmica causada pela Covid 19 tem sido marcado por reinvenção, renovação e readaptação como também tem demonstrado as desigualdades sociais existentes por falta de políticas públicas na área educacional. Assim, de uma hora para outra os professores tiveram que usar seus próprios instrumentos – smartphones, notebooks, internet, entre outros – com o intuito de diminuir a distância entre os alunos e acima de tudo facilitar o processo de ensino aprendizagem. Contudo, há pessoas, inclusive do escalão do governo federal que acham que os professores não estão trabalhando. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar os enunciados do deputado federal Ricardo Barros (Progressistas) sobre a atuação dos professores em tempos de pandemia. Os dados foram coletados do site UOL Educação, da reportagem intitulada “Só o professor não quer trabalhar na pandemia, diz Ricardo Barros” veiculada em 20 de abril de 2021. Como aporte teórico será utilizado a Análise Crítica do Disurso – ACD de Fairclough (2003)– significado representacional – e a Linguística Sistêmico Funcional - sistema de transitividade – de Halliday (2004). Em uma análise preliminar é possível desvelar que os enunciados do deputado em nada condizem com a realidade apresentada pelos professores e estão desde o início da pandemia trabalhando e muito para tentar alcançar todos os alunos e ainda colabora para a manutenção da desvalorização social da categoria
Palavras-chave
pandemia; professor; discurso.