O Instituto Oratória, escrito por Marcus Fabius Quintilianus - ou Quintiliano - é tratado, por muitos, como uma obra enciclopédica voltada para a educação e o ensino de retórica, onde é defendida uma educação integral compreendida no ensino de gramática, teatro, música e filosofia. Composta por doze livros, onde, progressivamente, chega ao objetivo de formar um orador completo. Quintiliano descreve seu objetivo como sendo o de apresentar os passos da aprendizagem de um orador perfeito, o que, em sua definição quer dizer formar não apenas um cidadão capaz de usar a linguagem com perfeição, mas também um cidadão virtuoso, com excelência de caráter. Segundo Da Costa (2016), a educação precisa ser feita de forma exemplar, o orador deve procurar a perfeição para que se chegue a sabedoria, pois deve ser ensinado a criança o que há de melhor.

A atual pesquisa, ainda de caráter inicial, possui como objetivo investigar, na obra supracitada, o uso da função da linguagem na educação. Justificando como a oratória pode contribuir para a autonomia do cidadão respeitando a sua individualidade nos estágios de aprendizado e suas relações com o meio em que vive. Segundo Murphy e Wiese (2016), para os romanos, que herdaram grande parte do pensamento grego, a educação começava com tópico que tornava todos os outros possíveis: a linguagem e o uso da língua.