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AS EQUILIBRISTAS: UMA ANÁLISE SOBRE O MOVIMENTO FEMINISTA NO CONTEXTO DA REDEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRA E NA JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO
Última alteração: 2019-07-10
Resumo
A presente investigação se debruça sobre a atuação do movimento feminista no processo de redemocratização brasileira e sobre o acolhimento (ou não) das mulheres pelas medidas adotadas no âmbito da Justiça de Transição no Brasil. Sabe-se que o movimento feminista, em especial o da Segunda Onda, atuou no contexto brasileiro de forma diversa daquela do contexto Euro-americano. Notadamente, atuou no Brasil concomitante ao movimento pela redemocratização do Brasil, influenciando fortemente na abertura política e no processo de transição da ditadura civil-militar para a democracia. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo investigar quais as maneiras que o movimento feminista da Segunda Onda influenciou neste processo de reabertura política. Somando-se a isso, o presente trabalho também objetiva compreender se a Justiça de Transição contempla as mulheres ou não. Isto é, busca investigar se este processo de “cura” política inclui as mulheres, contemplando suas necessidades específicas. Sabe-se que os tipos de violência aos quais as mulheres foram submetidas na época da ditadura são distintas daquelas aos quais os homens foram submetidos. Neste sentido, busca-se compreender se as mulheres são verdadeiramente acolhidas e respeitadas pelas medidas adotadas no âmbito da Justiça de Transição, seja no processo de construção de memória, na busca pela verdade ou no processo de reparação de danos. Para a consecução desta atividade de pesquisa, realizou-se uma investigação histórica, bem como uma pesquisa documental, além de uma revisão de literatura, adotando-se a epistemologia feminista crítica como paradigma de análise.