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O trabalho busca problematizar a identidade pernambucana pela ótica da ação dos habitantes da província de Pernambuco de outrora e de hoje, destacando a relação dos brancos, negros e índios na trajetória de lutas e de construção da identidade e das redes de poder na perspectiva da longa duração. Desde muito cedo, por circunstâncias as mais diversas em parte pelo poder econômico do açúcar, desde os primeiros tempos da colonização, em parte pela restauração pernambucana dos Holandeses, as elites de Pernambuco reivindicavam uma diferenciação. O trabalho analisará a identidade pernambucana construída por várias linguagens que ressaltam os elementos locais na construção da história dessa região. A análise se baseará na análise a correspondência trocada entre as autoridades locais e nacionais e os periódicos do século XIX e os símbolos oficiais do Estado nos dias atuais, além de elementos artísticos e arquitetônicos que destacam a trajetória de lutas dos pernambucanos. Tal análise é um desdobramento de trabalhos anteriores que tem discutido essa identidade regional marcada pela trajetória de lutas e revoluções em Pernambuco. Para o andamento dessa pesquisa serão essenciais alguns conceitos que foquem além do pensamento eurocêntrico hegemônico, privilegiando as peculiaridades da construção histórica e social das experiências próprias dos pernambucanos. Nesse sentido serão problematizados os limites para a relação entre o pensamento descolonial e a realidade brasileira, buscando estabelecer critérios que possibilitem a reflexão sobre a identidade pernambucana por meio de um instrumental analítico e metodológico que leve em conta a colonialidade que nos é própria.