CONFERÊNCIAS E MESA-REDONDA
16 de novembro de 2016
Conferência de Abertura - Prof. Dr. Marcus Carvalho (UFPE)
17 de novembro de 2016
Mesa-redonda - Prof. Dr. Walter Fraga (UFRB)/ Prof. Dr. Carlos Eduardo Costa (UFRRJ)
18 de novembro de 2016
Conferência de Encerramento - Prof. Dr. Paulo Staudt Moreira (UNISINOS)
Submissões Abertas | Avaliada pelos Pares |
SIMPÓSIO TEMÁTICO
ST 01. História da África e da Diáspora africana.
Maria Emília Vasconcelos (UNICAP) e Leandro Souza (Doutorando UFF)
O referido simpósio tem como objetivo principal, fomentar o debate acerca de estudos e pesquisas sobre o continente africano e suas conexões globais. Neste sentido, serão aceitos trabalhos que versem sobre a temática na área de história e disciplinas afins. De acordo com a lei federal 10.639\03 com a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana no Brasil, faz-se a necessidade de ampliar os debates, compreendendo melhor nossa história e sociedade. Nesse simpósio tem-se a oportunidade de apresentar trabalhos sobre o continente africano, o tráfico, a escravidão no Brasil e pós-abolição. Um espaço para analisar as influências sócio-culturais dos africanos em todo o mundo.
ST 02. História, cidades e instituições nas Américas.
Flávio Cabral (UNICAP), Luís Manoel (UNICAP/UFRPE) e Tiago César (UNICAP)
O simpósio tem por objetivo reunir pesquisadores que em suas temáticas destaquem e/ou articulem história, cidades e instituições em diferentes espaços e temporalidades. Serão bem vindos temas que envolvam as diferentes trajetórias da história humana principalmente nos espaços americanos, seus comportamentos, sociabilidades, teias de comunicações, movimentos contestatórios e políticos. Objetiva também sublinhar o desenvolvimento dos núcleos urbanos, seus processos de constituição e de desenvolvimento, disputas na construção de poderes e suas relações com o mundo do trabalho. No arco de interesses e preocupações desta proposta estão contempladas: as histórias das instituições, do crime, da polícia, da saúde, bem como as políticas públicas, práticas e projetos de sustentabilidade ambiental.
ST 03. Ensino de História, Patrimônio e Memória.
Ricardo Pacheco (UFRPE) e Maria Lana Monteiro (UPE)
O Seminário Temático Ensino de História, Patrimônio e Memória está aberto a comunicações que articulem a reflexão teórica e analítica de experiências educativas e seus saberes, que tomem algum objeto da cultura material ou imaterial como estratégia para promover a percepção da dimensão temporal e/ou de algum evento histórico. Nesse sentido solicitamos que cada comunicação: a) descreva sinteticamente a ação educativa (formal, informal ou não formal) apresentando seus objetivos, conteúdos e estratégias; b) evidencie os conceitos que a fundamentam; c) reflita criticamente os resultados obtidos junto a seu público alvo.
ST 04. Religiões e Religiosidade no Brasil (1888-2016)
Claudia Lima (Mestre em Ciências da Religião UNICAP) e Paulo Julião (CE-UFPE)
Esse simpósio temático tem como objetivos expor, debater, analisar e contribuir com os estudos das religiões e religiosidades no Brasil no período pós-abolição no Brasil (1888-2016). A religião, que teve sua morte anunciada no Século XIX, muito por conta do avanço das ciências, se tornou algo mais presente e influente na vida dos brasileiros das diversas regiões, classes sociais, raças, etnias e gêneros nos últimos cem anos. A pluralidade religiosa, o trânsito religioso, a expansão religiosa, o nascimento de algumas religiões, a consolidação de tantas outras e as transformações porque passam as diversas correntes religiosas no(do) país merecem ser analisadas diante das riquezas de detalhes que apresentam em sua pluralidade e, ao mesmo tempo, dentro das suas singularidades. A ideia é contar com trabalhos que venham enriquecer esse debate dentro das diversas correntes das ciências humanas tais como: história, filosofia, ciências sociais, ciências da religião, teologia, pedagogia, antropologia, letras, geografia e demais áreas de pesquisa que, de alguma forma, se enquadre na proposta aqui apresentada. Espera-se que, com as discussões a serem realizadas no simpósio, contribuir para os estudos em torno dessa temática tão presente na vida de brasileiros e de estrangeiros que de alguma forma são influenciados com (pelas) diversas manifestações religiosas presentes no território nacional.
ST 05. História, Política e Estado de Exceção no Brasil e na América Latina. Pablo Porfírio (CAP-UFPE) e Márcio Ananias (CAP-UFPE)
Este simpósio tem por objetivo agregar estudiosos das várias áreas do conhecimento que investigam os governos militares e suas ditaduras no Brasil e na América Latina na segunda metade do século XX. Entendemos que ainda é preciso aprofundar o debate sobre a ação dos vários setores da sociedade nesse período, seja em apoiar, seja para combater o funcionamento de um regime de exceção. Nesse sentido, não apenas no Brasil, em vários países Latino-americanos, as ditaduras inauguradas nas décadas de 1960 e 1970 restringiram liberdades e garantias individuais em nome do combate ao comunismo e de um governo pautado no progresso moral e econômico da nação. Dentre outros, tais discursos uniram os vários setores conservadores da sociedade. É exatamente sobre a complexidade que envolve esse período que deseja problematizar esse simpósio.
ST 06. História Cultural: um diálogo entre campos.
Rosely Tavares (Mestre UFPE) e Augusto Neves (doutorando UFF)
Este simpósio temático tem como objetivo discutir as problemáticas epistemológicas no que se refere a corrente da História Cultural. Sabe-se que esse campo de abordagens emergiu tendo como uma das suas principais características a interdisciplinaridade. Nesse sentido, congregam-se em torno dele um vasto e diverso território de objetos de pesquisas históricas produzidas em diferentes contextos culturais através de enfoques com diálogo com as áreas da Antropologia, da Sociologia, da Educação, da Geografia, da Filosofia, da Psicanálise, da Linguagem, entre outras. O intuito de aproximar trabalhos dessas diferentes áreas em torno do campo da História Cultural constitui-se numa importante oportunidade de ampliar as discussões sobre questões de natureza teórica e metodológica, preocupação que se faz acompanhar pela incorporação de "novos" e diferentes conceitos e pela renovação temática de seus próprios campos de trabalho. A importância desse debate pauta-se na complexidade com que esse termo se apresenta no tempo presente. E como a História tem como uma de suas premissas ser reescrita, buscamos com esse simpósio a tentativa de pensar os contornos da definição do campo da "História Cultural". Para tanto, buscamos congregar neste simpósio trabalhos que versem sobre os temas das festas, das expressões culturais populares, da etnicidade, da educação, das fabricações das memórias e dos esquecimentos, do patrimônio cultural, das produções em torno da cultura afro descendente, da religiosidade popular, e tantos outros enfoques que buscam privilegiar a tentativa de capturar a vida, os sentimentos, as sensibilidades, as sociabilidades, as lógicas que pautaram a conduta e a percepção dos homens e das mulheres no tempo.
ST 07. Cidadãos e Fiéis em atuação no Brasil Republicano: Espaço Público, Religiões e Cidadania.
Zuleica Dantas (UNICAP) e Newton Cabral (UNICAP)
Este Simpósio Temático tem como objetivo reunir comunicações que contenham interpretações diversificadas acerca da categoria espaço público, buscando nela visualizar atuações, tanto de indivíduos quanto de movimentos sociais, políticos e culturais, em cuja participação cidadã também haja alicerces na pertença a instituições religiosas ou na inspiração em espiritualidades presentes e/ou disseminadas no Brasil.
ST 08. Ensino de História e Direitos Humanos.
Juliana Andrade (UFRPE), Humberto Miranda (UFRPE) Vera Braga (SEDUC)
O simpósio temático visa garantir espaços de reflexões acerca do Ensino de História, das experiências socioculturais vivenciadas pelas crianças, adolescentes e jovens na escola, nas ruas, na comunidade, nos esportes, no lazer, entre outros espaços sociais. Objetiva-se proporcionar a interação entre os vários campos de saberes que dialogam com a infância, adolescência e juventude em Pernambuco e em outros estados brasileiros. As dimensões das políticas públicas, sociais, e as garantias de direitos serão abordadas nesse estudo, bem como, as várias praticas sociais, educativas e culturais que permeiam as diversas trajetórias desses personagens. O Simpósio faz parte das ações do Laboratório de História das Infâncias do Nordeste/NEPHECs/UFRPE.
Instruções
Os STs serão os espaços para a apresentação e discussão de pesquisas concluídas ou em estágio avançado de realização sobre um mesmo tema. Serão oferecidas 12 vagas por Simpósio Temático. A avaliação, o aceite e a eliminação de trabalhos são da responsabilidade do(s) Coordenador(es) de cada Simpósio Temático. Ressaltamos que o certificado de apresentação de trabalho será emitido somente aos presentes em 75% das atividades do Simpósio.
Serão aceitos trabalhos de graduandos, graduados, profissionais que atuam na área, pós-graduandos e pós-graduados.
Cada inscrito poderá apresentar apenas 1 (um) trabalho em apenas 1 (um) Simpósio Temático (ST).
Não haverá devolução do valor de inscrição. Caso o trabalho não seja aceito, o inscrito poderá usar o valor pago na inscrição como ouvinte.
Informações para a elaboração dos resumos
O resumo deve ser enviado anexo junto a ficha de inscrição e o comprovante de pagamento. Deverão conter título em caixa alta e em negrito, nome do autor alinhado à direita, entre parênteses, instituição, titulação e e-mail do autor. Fonte Times New Roman, letra 12, espaçamento simples com no máximo 15 linhas e 3 palavras-chave.
Instruções para elaboração de trabalhos completos
Os arquivos deverão ser salvos na extensão "doc" ou "rtf", digitados em programa editor de texto no padrão do Microsoft Office Word.
Texto completo:
1. Papel tamanho A4;
2. Fonte Times New Roman;
3. Tamanho 12;
4. Espaçamento 1,5;
5. Número máximo de 15 laudas e mínimo de 10 laudas, incluindo as referências;
6. Margens: superior 3cm, inferior 2cm, esquerda 3cm e direita 2cm;
7. Alinhamento justificado;
8. Título em maiúsculo, centralizado e em negrito;
9. Nome do(s) autor(es) alinhado à direita depois de uma linha de espaço do título;
10. Vinculação institucional, logo abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es), também alinhado à direita;
11. Endereço eletrônico logo abaixo da vinculação institucional;
12. Citações com até 3 (três) linhas deverão vir no corpo do texto, sem itálico, com chamada autor-data entre parênteses. As citações com mais de 3 (três) linhas devem vir fora do corpo do texto, tamanho 10, com recuo de 4 cm;
13. Caso o trabalho contenha imagens, estas deverão estar em 300 dpi no formato TIF ou JPEG e colocadas no próprio texto.
14. As indicações bibliográficas no corpo do texto, colocadas entre parênteses, deverão se resumir ao último sobrenome do autor, à data de publicação da obra e à página, quando necessário (BURKE, 2005, p. 20). Se o nome do autor estiver citado no corpo do texto, indicam-se, entre parênteses, apenas a data e a página. Notas de rodapé, apenas em caráter de explicação;
15. As referências bibliográficas finais devem seguir as recomendações da ABNT.
OS TRABALHOS COMPLETOS PODERÃO SER ENVIADOS ATÉ O DIA 27 DE dezembro DE 2016 PARA O EMAIL: coloquiohistoriaunicap@gmail.com
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MINICURSOS
Hierarquias e poderes: práticas de ascensão social no Brasil colonial
Estevam Machado (Mestrando UFPE – FADIMAB)
As sociedades de Antigo Regime se caracterizam pela diferenciação entre os diversos elementos que compunham o seu corpo social. No ultramar português essa visão de sociedade escalonada em ordens ou estamentos se adequou ao regime social da escravidão. A existência de grandes domínios de terra e de escravos em grande quantidade, assim como de mestiços dentro dos quadros de clientelagem, fizeram com que os princípios portugueses de organização social fossem reorganizados nessa nova situação. Conforme Schwartz a sociedade brasileira não foi exclusivamente criação do escravismo, mas uma fusão dele com a grande lavoura e os princípios sociais provenientes da Europa, que produziram segregações e abriram margens de negociações. Diferentemente da América espanhola, na América portuguesa eram poucos os nobres titulados (condes, duques, marqueses, barões viscondes...) que circulavam nos espaços colonias. Geralmente, essa nobreza vinha atuar nos cargos da governança e seguiam viagem ao término de seus mandatos. Com o difícil acesso dos locais às honras tituladas, a nobilitação no espaço colonial se dava de diversas maneiras, como no acesso aos honrosos cargos da república; nos postos da administração local; no comando das milícias; nos cargos da burocracia régia; nas confrarias e irmandades religiosas; na Santa Casa de Misericórdia; nos hábitos das Ordens Militares e nas funções de Familiares do Santo Ofício; além, é claro, da autodenominação das elites rurais enquanto nobreza da terra. Através de seus serviços, das redes parentais e clientelares e de seus cabedais, os coloniais buscavam o acesso à estas instituições como uma maneira de adentrar no rol dos nobilitados, ganhando reputação pública. Esse minicurso pretende, portanto, entender como se davam essas práticas de ascensão social relacionando-as com aquelas instituições promotoras de nobilitação.
Uma escrita alforriada
Jussara Rocha Kouryh (Mestranda Ciências das Religiões UNICAP/ Editora Bagaço)
A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Porém, que história? Que cultura? Eis o ponto de partida para discutirmos a construção da escrita da nossa história oficial, o processo formativo de nossos profissionais na área da educação, seu reflexo nas salas de aula e as atuais exigências legais.
Os jornais como fonte histórica: aspectos teóricos e metodológicos
Benvinda Teixeira (mestranda UFRPE) e Mirella Ferreira (mestranda UFRPE)
O minicurso pretende abordar a utilização dos periódicos jornalísticos na pesquisa histórica. Para tanto, contemplaremos as discussões teóricas sobre a utilização dos jornais como fonte primária e secundária, bem como as diferentes possibilidades metodológicas da sua análise no campo da História. O nosso estudo enfocará esta produção documental entre os séculos XIX e XX.
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