Música armorial

da gênese aos ecos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/hu.2021.v8n16.p244-260

Palavras-chave:

Música Armorial, Antonio Carlos Nóbrega, Ariano Suassuna.

Resumo

O Armorial foi um movimento, lançado em 18 de outubro de 1970, que tinha como objetivo criar uma arte autenticamente brasileira. Para isso, buscou a matéria-prima nos interiores do Nordeste do Brasil. O Movimento foi liderado pelo escritor Ariano Suassuna e composto por outros artistas e intelectuais como Francisco Brennand, Gilvan Samico, Ângelo Monteiro, Raimundo Carrero, Clóvis Pereira, Jarbas Maciel, Cussy de Almeida, Antônio Madureira e outros mais. Das artes, a música se sobressaiu, de maneira que até os dias atuais é possível encontrar trabalhos musicais com atributos armoriais. Apresentamos aqui uma discussão sobre a música armorial, desde o seu surgimento até os dias atuais, baseados nas falas e no trabalho artístico de Antonio Carlos Nóbrega, um dos ex-integrantes do Quinteto Armorial. A discussão também está fundamentada na fala de ouvintes, por nós entrevistados. Esse artigo é parte de uma pesquisa de mestrado finalizada em 2017, intitulada Ecos Armoriais: influências e repercussão da música armorial em Pernambuco.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marília Santos, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE

    Marília Santos é mestra em Música, com área de concentração em Etnomusicologia, graduada em Música e em Letras. Como clarinetista (instrumento que não toca mais) fez parte da vários grupos de câmara e da Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música. Como corista participou do concerto de obras como a "Grande Missa Nordestina", do compositor caruaruense Clóvis Pereira, da estreia de "Um Requiem Nordestino", em homenagem a Ariano Suassuna, de Dierson Torres, e da Nona Sinfonia de Beethoven, com a Orquestra Sinfônica do Recife. Como pesquisadora tem atuado na área de música e suas relações com outros aspectos, como a cultura, tendo estudado a música armorial, o que resultou no trabalho denominado "Ecos Armoriais". Também pesquisou as expressões relacionadas à arte figurativa do barro no Alto do Moura, como a mazurca, o pífano, a poesia, os cantadores, entre outras. Em São Caitano pesquisou a brincadeira da La Ursa. Também tem trabalhos que envolvem mulheres e feminismos. E escreve poesias.

Referências

ANTÔNIO MADUREIRA (Antônio José Madureira). Conversa informal com Marília Santos. Chamada de vídeo. Recife/São Caitano: dia 21 out. 2020.

ANTONIO NÓBREGA (Antonio Carlos Nóbrega de Almeida). Entrevista de Marília Santos. Chamada de vídeo. São Paulo/São Caitano: dia 19 jan. 2017.

BEZERRA, Amilcar Almeida. (Re)inventando o autêntico: arte, política e mídia na trajetória de Ariano Suassuna, Tese (Doutorado), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.

BLACKING, John. How musical is man? 6. Ed. Seattle: University of Washington Press, 2000.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CARNEIRO, Francisco Luiz Jeannine Andrade. Quinteto Armorial: timbre, heráldica e música, Dissertação (Mestrado), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

CLÓVIS PEREIRA (Clóvis Pereira dos Santos). Entrevista de Marília Santos. Áudio. Recife: dia 13 mar. 2017.

COSTA, Luís Adriano Mendes. Movimento Armorial: o erudito e o popular na obra de Antonio Carlos Nóbrega, Dissertação (Mestrado), Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 10 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

MERRIAM, Alan P. The anthropology of music. Illinois: Northwestern University Press, 1964.

MORAES, Maria Thereza Didier. Emblemas da Sagração Armorial: Ariano Suassuna e o Movimento Armorial 1970/76. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.

NÓBREGA, Ariana Perazzo da. A música no Movimento Armorial, Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.

NÓBREGA, Ariana Perazzo da. A música no Movimento Armorial. In: Anais da Anppom. 2007, p. 1-13. Disponível em: https://hugoribeiro.com.br/biblioteca-digital/Nobrega-musica_movimento_armorial.pdf. Acesso em: 01/08/2020.

OUVINTE 56. Questionário respondido para Marília Santos. Facebook. Em 30, out., 2016.

PINTO, Tiago de Oliveira. Som e música: questões de uma antropologia sonora. Revista de Antropologia, v. 44, n. 1, 2001, p. 221-286.

SANTOS, Marília Paula dos. Música armorial: revisão bibliográfica. Revista Música, v. 20, n. 2, 2020, p. 63-97.

SANTOS, Marília Paula dos. Ecos Armoriais: influência e repercussão da Música Armorial em Pernambuco. Música Popular em Revista, ano 6, v. 2, 2019, p. 29-54.

SANTOS, Marília Paula dos. Ecos Armoriais: influências e repercussão da Música Armorial em Pernambuco, Dissertação (Mestrado), Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017.

SANTOS, Marília Paula dos; SANDRONI, Carlos. Considerações sobre a descendência da música armorial na contemporaneidade: mudança e continuidade. In: VIEIRA, Mauriceia Silva de Paula; ALMEIDA, Patrícia Vasconcelos (Orgs.). Por palavras e gestos: a arte da linguagem. Curitiba: Editora Artemis, 2021, p. 234-242.

SEEGER, Anthony. Por que cantam os Kisêdjê: uma antropologia musical de um povo amazônico. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

STOKES, Martin (edt.). Ethnicity, identity and music, the musical construction of place. Oxford and New York: Berg, 1997.

SUASSUNA, Ariano. O Movimento Armorial. Recife: Editora Universitária da UFPE, 1974.

Downloads

Publicado

2021-12-29

Como Citar

SANTOS, Marília. Música armorial: da gênese aos ecos. HISTÓRIA UNICAP , Recife, PE, Brasil, v. 8, n. 16, p. 244–260, 2021. DOI: 10.25247/hu.2021.v8n16.p244-260. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/historia/article/view/1897.. Acesso em: 18 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 24

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.