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Boletim UnicapRecife, 20 de novembro de 2008 Ano 7 “Quilombos e Quilombolas: Resistência e Cidadania” é tema de palestra na Católica “Quilombos e Quilombolas: Resistência e Cidadania” foi o tema debatido no auditório G2, na manhã do Dia da Consciência Negra (20 de novembro), dentro da “Semana Negritude Brasil: 120 Anos de Abolição?”. A professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Maria Salett Tauk Santos coordenou a mesa, que teve como expositores Maria José de Fátima da Silva Barros e o professor Jayro Pereira de Jesus. Maria José de Fátima é uma das fundadoras e líder comunitária da Associação dos Moradores, Pequenos Produtores Rurais e Quilombola Onze Negras do Engenho Trapiche. A comunidade fica situada no Cabo de Santo Agostinho. Ela falou sobre como é a vida na comunidade. “Quando nossos bisavós chegaram era tudo mata virgem”, falou Maria José, acrescentando que hoje eles conseguiram o título de comunidade quilombola. Outras conquistas da comunidade, segundo Maria José, foram a energia, pois antes usavam candeeiro, e a escola. As pessoas de fora que desejam se casar com alguém do quilombo são convidadas a morar lá. “Se a pessoa sair, pode acabar morando na favela”, disse Maria José. No quilombo tem projetos como o da vassoura piaçava e o de bonecas, nos quais as pessoas trabalham coletivamente. O professor Jayro Pereira de Jesus é integrante da Associação Afro-Brasileira de Estudos Teológicos e Filosofia das Culturas Negras. O professor mostrou dados sobre comunidades quilombolas no Brasil. “O Brasil todo está marcado por comunidades quilombolas”, disse Jayro Pereira, focando o Paraná, estado em que ele mora. Segundo Jayro, o Paraná sempre evidenciou suas origens européias, mas ele fez uma pesquisa e há algum tempo só existiam três comunidades quilombolas, hoje são mais de noventa. Ele também abordou a questão do casamento com pessoas de fora do quilombo. “Quilombo é um lugar de xenofilia, que é o contrário de xenofobia. Você chega e é bem recebido”, explicou o professor. Documentário “Atlântico Negro” é exibido na Católica Nesta quinta-feira (20), Dia da Consciência Negra -, a Universidade Católica de Pernambuco exibiu o documentário “Atlântico Negro”, como parte da programação da “Semana Negritude Brasil: 120 Anos de Abolição?”. O debate sobre o filme foi coordenado por Alexandre Figueiroa, crítico de cinema e professor do curso de Jornalismo da Unicap. O documentário “Atlântico Negro”, de Renato Barbieri, foi apresentado a partir das 13h40, na sala 102 do bloco G. Sobre o filme, Figueiroa avaliou: “Ele é bastante didático, tem uma construção pedagógica e coloca, de uma forma muito bonita, as religiões afro-brasileiras. Difere da maioria das obras sobre o assunto, que apresenta, apenas, a realidade do Brasil”. O professor aproveitou a ocasião para indicar o livro “O Negro Brasileiro no Cinema”, de José Carlos Rodrigues. “Essa obra trata dos arquétipos que se construíram em torno desse grupo étnico. Aliás, o negro não é tão minoria, a ponto de ser chamado de grupo étnico; ele é maioria e está na raiz de nossa sociedade”, explicou. A presença africana no Brasil, através das religiões, do idioma, da música e do comportamento, e as influências brasileiras na África são o eixo central do documentário “Atlântico Negro”. As participações de historiadores e antropólogos conferem o caráter didático à obra, que traz, ainda, aparições de sacerdotes brasileiros e africanos das religiões afros. Cenas do cotidiano e de manifestações culturais africanas e brasileiras completam, com um ar poético, o conteúdo do filme. Entre os temas abordados no documentário, estão a marginalização das religiões africanas pelo ocidente, o tráfico negreiro e as guerras fratricidas na África, os terreiros brasileiros e a história e cultura dos agudás (descendentes dos ex-escravos retornados do Brasil à África). A correspondência entre os mitos africanos e brasileiros é o destaque do filme, que se encerra com a afirmação de que “as religiões afro-brasileiras continuam sendo o elemento mais forte da união entre o Brasil e a África”. Após a exibição de “Atlântico Negro”, Alexandre Figueirôa teceu alguns comentários sobre o filme e as relações afro-brasileiras. “O momento mais forte é o que trata da Árvore do Esquecimento (onde os negros davam voltas antes de embarcar para a América, a fim de esquecer suas origens e perder a vontade de reagir). É claro que isso não adiantava. Eles vinham com a alma, não apenas com o corpo. Aqui, da maneira como puderam, fizeram renascer sua cultura”, destacou. O professor enfatizou a importância do documentário, no seu intuito de permitir o reencontro – e a redescoberta - entre Brasil e África, no campo religioso e cultural. Presente à exibição do documentário “Atlântico Negro”, o sacerdote Pai Ivon elogiou a “Semana Negritude Brasil: 120 Anos de Abolição?”. “A Universidade Católica de Pernambuco está de parabéns por esta iniciativa”, declarou. O professor Alexandre Figueirôa, também, aprovou o projeto: “É interessantíssimo. Para mim, que sou defensor do ecumenismo e da diversidade, é muito importante este tipo de acontecimento, que possibilita uma maior integração de culturas e religiões”. Educação étnico-racial é discutida na Católica Dentro da programação da Semana da Negritude Brasil: 120 Anos de Abolição?”, ‘A educação das relações étnico-raciais e a expressão do sagrado’ foi o tema da palestra na noite desta quarta-feira (19). O assessor de Cultura da Católica, Padre Hugo Ara, coordenou a mesa, que tinha a presença do secretário-executivo de Promoção da Igualdade Étnico-racial de Pernambuco, Jorge Arruda, o diretor-executivo do Instituto SOIS, Cláudio Galvez, e o debatedor, professor Gilbraz Aragão. Os palestrantes abordaram o tema do ponto de vista educacional, enfocando a lei 10.639 que prevê a obrigatoriedade da inclusão de disciplinas de história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares. Porém, não é bem o que acontece na prática. “Precisamos para ontem implementar a lei nas universidades, rever os currículos de todas as ciências, principalmente das licenciaturas”, disse o secretário Jorge Arruda. Segundo Arruda, os negros, negras, indígenas sofrem um preconceito, um racismo institucional por não terem espaço de aprenderem sua própria cultura na escola ou universidade, e então “precisam trabalhar o tempo todo a auto-estima”. Por sua vez, Cláudio Galvez se baseou em dois textos que dissertavam sobre as diretrizes curriculares, a educação e a relação étnico-racial. “Todos os alunos negros, bem como os professores, têm de se sentir valorizados em suas diferenças”. Galvez ainda afirmou que apesar de o sistema educacional não dar espaço para ensinar e refletir sobre a cultura afro, “todos e cada um de nós dentro da sociedade temos uma co-responsabilidade, somos cúmplices do processo”, disse. Em seguida, o professor Gilbraz Aragão começou o debate enfatizando que para a implantação da lei “ainda se tem muito chão pela frente, e temos que tratar com o coração, mas alguma coisa já começou a ser feita”. Para ele, a questão não é somente acadêmica e jurídica, e sim do povo, que deve participar do debate. “Temos que dar lugar e ouvidos a essa gente, e, quem sabe, no meio de tantos sons diferentes não somos iguais”, concluiu. Após as palestras, o debate foi aberto ao público. Alunos de Relações Públicas promovem Mostra Universitária de Curtas Estudantes do 6º período do curso de Relações Públicas da Católica promoveram, nesta quarta-feira (19), a Mostra Universitária de Curtas – MUC. A atividade foi solicitada pela professora Theresa Sampaio dentro da disciplina Oficina em Relações Públicas I. Os alunos organizaram o evento, fizeram a produção e divulgação, e o resultado foi a sala 510 do bloco A lotada para a Mostra de sete filmes de universitários da Católica e da Faculdade Maurício de Nassau. Foram eles: “Linda, uma história horrível”, direção de Rafael Rodrigues; “O reflexo Dora”, de Artur Pelópidas; “Homens e caranguejos nas cores do manguezal”, de Emison Alves; “A ciência dos encantados”, de Roberta Pena e Joana Mendonça; “Comprimidos”, de Luiz Felipe; “Roda de fogo, cidade encantada”, de Nara Nara Pinila; e “Me dá um beijo”, de Hélio Rodrigues. Grupo de capoeira da Católica realiza cerimônia de graduação de alunos especiais O grupo de capoeira Chapéu de Couro, da Universidade Católica de Pernambuco, realizou na noite desta quarta-feira (19) a III Cerimônia de Graduação de Alunos Especiais, portadores de Síndrome de Down. A turma é formada, atualmente, por 15 alunos com idade entre 7 e 28 anos, que participam juntos das atividades de capoeira desde 2003. Grande parte do Grupo é formado por crianças e jovens do Projeto Horizonte, que trabalha com portadores de Down. Segundo o Mestre Corisco, professor de capoeira da Católica, o trabalho com os meninos é diferenciado, no sentido de que eles não se enquadram na lógica do mundo moderno. “Hoje em dia, o mundo tem exigências como o imediatismo, a superficialidade e, prega-se bastante a aparência. Quando a capoeira vira moda, as exigências do mundo moderno permeiam a prática dela. A matriz africana prega justamente o contrário, a profundidade, a paciência, e é isso que acontece no trabalho com esses meninos”, explicou. A cerimônia foi iniciada com a palavra do Mestre Corisco, que parabenizou a Católica pela iniciativa de incluir a capoeira na grade de atividades oferecidas pela Universidade, além de relembrar o professor Armando, falecido em janeiro, e que foi responsável pela formação do grupo. Em seguida, o Mestre Corisco deu início a um momento de descontração com os alunos. Abriu uma roda e começou a luta com cada um, no revezamento com outros capoeiristas. Depois da “brincadeira”, foi a hora de distribuir as cordas para cada aluno. Os mais novatos receberam o cordão azul enquanto os mais antigos, o de cor verde, como símbolo do batismo ou graduação, no caso dos alunos mais velhos no grupo. Também prestigiaram o evento o Mestre Mulatinho, professor do Mestre Corisco, o Mestre Mago e a vereadora Priscila Krause (DEM), que destacou a importância de desenvolver essa atividade no espaço acadêmico. “A Universidade está de parabéns. O ambiente universitário serve para isso mesmo. Esse trabalho de capoeira com crianças é uma forma de inclusão, um processo de conhecimento e aceitação para essas pessoas. É uma verdadeira lição para a sociedade”, destacou. Pais e parentes de alunos batizados e graduados também estiveram presentes, aplaudindo e incentivando cada participação. Um exemplo foi Conceição Rocha, mãe do aluno Diego Rocha, de 28 anos. Ela destaca que as aulas de capoeira têm contribuído bastante para o desenvolvimento do filho. “A auto-estima, a condição de cidadão dele melhorou bastante a partir do momento em que ele passou a fazer parte do grupo. Com a capoeira, ele passou a se sentir uma pessoa mais forte, a desenvolver a questão da disciplina. Esse trabalho é vital para ele”, afirmou Conceição. Depois da cerimônia, os alunos seguiram para a sala da capoeira, onde foi preparado um coquetel macrobiótico pelos próprios capoeiristas para todos os presentes. Madrigal fará recital no dia 28 O Madrigal Marlos Nobre apresentará o Recital “Robert Schummann in Concert”, no dia 28 de novembro, às 20 h, na Capela da Universidade Católica de Pernambuco. Robert Schummann nasceu no dia 8 de junho de 1810, na Alemanha. Tinha um grande sonho de se tornar solista, o que não aconteceu devido a um misterioso incidente, ficando sem movimento do quarto dedo da mão esquerda. Em 1834 fundou com amigos e intelectuais um jornal voltado para música “Neue Zeitschrift Musik” (Nova revista para música). Com ele, Schummann teve uma rica produção artística. Devido a sua grande importância, o compositor será o grande homenageado da apresentação. Durante apresentação, os solistas do Madrigal interpretarão os Ciclos Dichterliebe, Liedekreis e Lieder. Programação: Mestrados da Católica abrem inscrições A Católica está com inscrições abertas para os Mestrados. Estão sendo oferecidas vagas nos cursos de Ciências da Linguagem (21), Desenvolvimento em Processos Ambientais (20), Direito (25), Engenharia Civil (18), Psicologia Clínica (22) e Ciência da Religião (23). Para concorrer às vagas disponibilizadas, o candidato deve se inscrever no site da Católica www.unicap.br e providenciar a seguinte documentação (original e cópia): Os documentos devem ser entregues, de segunda a sexta, das 8h30 às 11h e das 14h30 às 17h, na Secretaria dos Mestrados, localizada na sala 003 do bloco G4. Depois de inscritos, os candidatos participarão de um processo seletivo, em cinco etapas. Num primeiro momento, eles responderão a uma prova escrita, com base na bibliografia sugerida nos editais, que podem ser conferidos no link http://www.unicap.br/pos/mestrado.htm. Os aprovados terão seus projetos de pesquisa e curriculums em modelo Lattes avaliados. Em seguida, uma entrevista será realizada com os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 7,0 na prova escrita. Por fim, um exame de proficiência de língua estrangeira (francês ou inglês) será realizado. Funcionários organizam passeio para o Ceará em dezembro Fátima Dantas e Astrogildo Júnior, funcionários da Diretoria de Gestão Escolar (DGE) da Católica, organizaram um passeio para o estado do Ceará em dezembro. A viagem terá dois destinos. O primeiro é Fortaleza, capital do estado, e o segundo é o distrito de Vazantes, no município de Araçoiaba, onde será realizada a Festa do Centenário da Igreja local. O distrito de Vazantes é sede do projeto Fé e Alegria no estado do Ceará. O Fé e Alegria é um projeto de educação popular desenvolvido pela Companhia de Jesus, que atua há 25 anos no Brasil e há 50 na América Latina. A saída do Recife será no dia 25 de dezembro e o retorno será no dia 28 de dezembro. O pacote, que inclui hotel em Fortaleza (uma diária com café da manhã), ônibus de luxo, “citytour” em Fortaleza e camisa, custa R$ 180,00 e pode ser pago em 1 + 2 de R$ 60,00. “O passeio será uma ótima oportunidade de interação, fora do ambiente de trabalho, da comunidade acadêmica (funcionários, professores e alunos), além de conhecermos e vivenciarmos o trabalho do projeto Fé e Alegria na comunidade de Vazantes”, explica Astrogildo Júnior. Roteiro da Viagem: 25/12/2008 26/12/2008 27/12/2008 Em Vazantes: 28/12/2008 Informações com Fátima Dantas ou Astrogildo Júnior na DGE, sala 021, bloco R. Telefone (81) 2119-4120. Boletim Unicap :: Expediente :: EDIÇÃO: Paula Losada (1652-DRT/PE), Daniel França (3120-DRT/PE) e Elano Lorenzato (2781-DRT/PE) REDAÇÃO e FOTOGRAFIA: Anne Mendes, Cecília Pinho, Jaime Mitchel, Manuela Ramos (Estagiários). RELAÇÕES PÚBLICAS: Daysiane Lins, Jeyse Araújo e Maria Alana (Estagiários). PUBLICIDADE & WEB: Keila Borges, José Vianney Alencastro (Estagiários). PRODUÇÃO DE VÍDEO: Luca Pacheco DESIGNER: Java Araújo WEBDESIGNER: Kiko Secchim, SJ. CONTATO: Rua Afonso Pena, 179, Santo Amaro, CEP: 50050-130, Fone/Fax: (81) 2119-.4409 E-mail: assecom@unicap.br Críticas e/ou sugestões, envie um e-mail para a redação do Boletim UNICAP O Boletim Unicap é distribuído exclusivamente para os alunos, ex-alunos, professores, funcionários, instituições de ensino superior e empresas de comunicação. Caso queira cancelar o recebimento desta publicação, ou alterar seu e-mail, escreva para
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