Recife, 12 de março de 2007 Ano 6

Aniversário de Olinda e Recife
Por Raítza Vieira

Hoje, Olinda e Recife completam 472 e 470 anos, respectivamente. Para celebrar o aniversário dessas cidades, a Assessoria de Comunicação da Universidade Católica de Pernambuco conversou com professores, funcionários e estudantes da instituição, a fim de saber o que as cidades de Olinda e Recife representam para eles.

Maria da Conceição Alves, coordenadora da Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração - Astepi
Tenho muito orgulho de ter nascido no Recife. Essa cidade me encanta pelo seu passado, seu povo hospitaleiro e pela sua beleza natural.

Nalva Mesquita, funcionária da Pró-reitoria Administrativa
Viver no Recife é morar num berço esplêndido, rodeado por uma cultura viva, dinâmica e criativa, que encanta a todos que chegam aqui. As cidades de Recife e Olinda são musas inspiradoras de tantos poetas, literatos, intelectuais e artistas que sentem a luminosidade destas cidades-monumento. Elas são cidades que enchem os olhos com belezas naturais e arquitetônicas; a mente com a riqueza histórica e alegram o corpo com os sus ritmos inconfundíveis. Enfim, são duas cidades guerreiras, alegres e vibrantes.

Irmão Lindbergh Pires, regente do Madrigal
Pernambuco representa muitas possibilidades no campo de vista cultural, com todo tipo de manifestação que pode levar o homem a construir qualquer coisa (não só na representação artística). A cultura do estado é sua identidade. Se ele perder isso, morre. Acredito que Recife e Olinda merecem uma política de continuidade dessas manifestações culturais. É preciso que novas estruturas sejam criadas. Essa cultura pernambucana deve estar permanentemente viva e que se possa transmiti-la para outras gerações. E, claro, devemos nos orgulhar dessa cultura que tem Olinda e Recife.

Ana Cláudia da Silva, auxiliar administrativo
Morar em Olinda significa tranqüilidade. Diante do que vemos em relação à violência noutras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo. Em Olinda consigo andar na rua com tranqüilidade, sem me preocupar se vou ser roubada. Posso dizer que em Olinda a violência é menos aparente do que no Rio de Janeiro e São Paulo.

Aristides Alves, auxiliar administrativo
Eu adoro a cidade do Recife por tudo. Tanto pela parte física (como suas praias) quanto pela parte cultural, principalmente. Orgulho-me quando Recife faz parte de um evento cultural nacional. Acredito que a cidade está inclusa, sem dúvida, dentro do roteiro cultural do Brasil.

Valter Luís de Avellar, funcionário do Núcleo de Informática e Computação
Nasci no Rio de Janeiro, mas vim morar no Recife ainda bebê. Recife significa, para mim, poder conviver com toda a diversidade cultural da cidade. Acredito que no Brasil não há nenhum lugar com toda essa diversidade. Outro ponto que também destacaria é a política. Neste caso, Pernambuco sempre esteve politicamente à frente em relação aos movimentos revolucionários, sendo um estado bastante questionador.

Carlos Andrade, estudante do curso de Biologia da Católica
Recife representa tudo para mim. Eu amo essa cidade e não conseguiria viver em outro local. Isso porque a receptividade das pessoas é muito boa.

Antonieta Melo, auxiliar administrativo
Moro no Recife há 37 anos. Logo esta cidade representa toda uma vida. Recife para mim significa o mesmo que a minha própria terra, que é o Ceará. Apesar de amar o Ceará, não penso em voltar. Já tenho tudo estruturado aqui. Se voltasse ao Ceará e alguém me perguntasse em que local eu gostaria de morar, responderia Recife. E já que hoje é o aniversário da cidade: Parabéns!

Simone Dias, estudante do curso de Terapia Ocupacional da Unicap
A cidade de Olinda tem uma energia muito boa. Nela, a cultura é muito forte e eu dou muito valor a isso. Acho bacana você ter a oportunidade de andar pelas ladeiras de Olinda, só quem anda por elas, é que sabe como é. Acho que Olinda e Recife são duas cidades lindas, contudo muitas pessoas não dão valor a elas. Muitos gastam bastante para viajar para o exterior, enquanto não visitam Olinda e Recife, locais que tem muita coisa para oferecer.

Padre Pedro Rubens, Reitor da Universidade Católica de Pernambuco
O aniversário de Recife representa em primeiro lugar festejar o passado, a memória histórica de local. Mas, ao mesmo tempo, é uma interrogação que se coloca em relação ao futuro, levantando questionamentos como a segurança, urbanização, ensino e cidadania. Do ponto de vista cultural, podemos celebrar esta data com muita alegria. Contudo é preciso de investimentos que ao mesmo tempo resgatem o patrimônio e modernizem a cidade.

Agerpe apresenta o projeto Multi Camaleoas
Por Rodolfo Bourbon

“A Católica é mulher”. Esta é a conclusão dos integrantes da Agência Experimental de Relações Públicas (Agerp) que desenvolveram o projeto Multi Camaleoas. A constatação foi feita a partir da avaliação do total de alunos matriculados nas diversas graduações e pós-graduações no primeiro semestre deste ano, junto com a coleta de dados do número funcionários em cada departamento da Unicap. O resultado foi de 2.115 mulheres (52,91%) e 1.882 homens (47,09%).

O coordenador da Agerp, professor Alfredo Sotero, explica o real objetivo do trabalho. “O intuito não é promover separação e rivalidade entre homens e mulheres, mas sim mostrar que hoje não existe mais aquele paradigma de que as pessoas do sexo feminino não podem exercer determinadas atividades.” Segundo o organizador do projeto, esta também é uma forma de homenageá-las. “Queríamos divulgar algo positivo e dizer que o dia delas, na verdade, são todos os dias.”

A idéia do título “Camaleoas” veio em relação ao próprio símbolo da Agerp e significa a capacidade de transformação e adaptação, como mostra um trecho do texto do projeto. “A mulher é uma camaleoa multiguerreira, multiprotetora, multiprodutiva...”

Os quadros dos setores e dos cursos analisados na pesquisa também apresentam um símbolo e uma palavra que, segundo a estudante do curso de Relações Públicas e estagiária da Agerp, Talita Freitas, fazem alusão à atividade. “O objetivo desta idéia foi fazer algo mais assimilável e universal, já que a simbologia de certas profissões é de difícil entendimento para pessoas que não são da área”, afirma.

De acordo com a outra organizadora do projeto, a aluna do curso de Relações Públicas Vivianne Melo, a Universidade Católica é um exemplo das mudanças que as mulheres vêm promovendo na sociedade. “O mercado está aberto para todos. No curso de Direito, por exemplo, onde havia a predominância dos homens, se observa o contrário aqui na Unicap.”

Para quem estiver interessado em observar a produção, o “Multi Camaleoas” está em exposição no térreo do bloco A da Unicap.

Clique aqui para observar os resultados da pesquisa

O Conselho de Segurança da ONU é tema de livro
Por Higor Gonçalves

O cientista político e coordenador do curso de Ciências Econômicas da Católica, professor Thales Castro, vai lançar no dia 22 de março, às 19h, na Livraria Cultura, o livro "Conselho de Segurança da ONU: unipolaridade, consensos e tendências". No mesmo dia, haverá uma palestra sobre o tema, além de uma sessão de autógrafos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e seu Conselho de Segurança exercem um poderoso simbolismo no imaginário popular, ao sintetizar as aspirações por justiça, igualdade e cooperação entre as nações. O professor Thales Castro, em seu livro, reinterpreta essas “visões idealistas” sobre o Conselho de Segurança (CSNU), ao defender que sua missão não é, necessariamente, a de manter a paz e a segurança internacionais. “A principal missão do Conselho de Segurança, ao contrário do que muita gente pensa, é manter uma determinada ordem mundial que represente os interesses dos Estados Unidos - que investem cerca de 22% no orçamento geral da organização”, afirmou.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é um órgão que tem o poder de autorizar intervenções militares em qualquer país. Atualmente, o Conselho é composto por 15 membros “rotativos”, e cinco permanentes. Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e a República Popular da China, são os cinco membros que possuem o direito de veto. Os outros dez países têm mandatos de 2 anos. O Brasil é o país que mais vezes integrou, como membro temporário, o conselho de segurança das Nações Unidas. No total, foram nove vezes. A última filiação aconteceu nos anos de 2004 e 2005.

Professor da Católica participa de debate em livraria
Por Higor Gonçalves

O crítico literário e professor do curso de Letras da Católica, Janilto Andrade, participou no último sábado (10) do projeto Colóquios Rumos Literatura, que aconteceu às 17h na Livraria Cultura. No evento, o professor debateu, ao lado de outros críticos, sobre os impasses e perspectivas da crítica literária frente a produção brasileira contemporânea.

O escritor e ex-aluno do curso de Letras da Católica, Marcelino Freire, ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, participou do show de encerramento com um espetáculo literário e musical baseado no livro “Contos Negreiros”, de sua autoria.

O projeto Colóquios Rumos Literatura é um dos eventos que integram o programa Rumos Literatura 2007-2008. A próxima parada vai ser entre os dias 14 e 17 deste mês, na cidade de São Paulo.

CEPE promove debates sobre o jornalismo
Por Higor Gonçalves

A Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) trará ao Recife, mensalmente, nomes de peso do jornalismo brasileiro para discutir a profissão. Os caminhos da comunicação, as novas tecnologias da área, e a ética do jornalismo, serão alguns dos temas que vão ser abordados nos debates.

A palestra de abertura vai acontecer no próximo dia 29 (quinta-feira), às 14h30, no Auditório da Celpe. O convidado é o repórter André Luiz Azevedo, da TV Globo. O jornalista vai debater, de maneira geral, sobre as reportagens televisivas.

O auditório da Celpe fica na Avenida João de Barros, 111, Boa Vista.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail:duxi@duxi.com.br
Mais informações: 3224-5185/ 3424-2598.

Banda Fim de Feira com viagem marcada
Por Raítza Vieira

Misturar poesia nordestina e ritmos tradicionais como baião, coco, choro e samba é o que faz a banda pernambucana Fim de Feira, que está confirmada para o Festival Brasil no Ar, que acontece no mês de maio, em Barcelona – Espanha.

Para o vocalista do Fim de Feira e estudante da Universidade Católica de Pernambuco, Bruno Lins, fazer parte do festival espanhol será muito interessante. “Porque a partir desse momento teremos uma nova experiência, agregando novos elementos ao nosso trabalho”, afirmou Bruno. Além de ser uma oportunidade de divulgação da banda.

Vale ressaltar que o conjunto será o único representante pernambucano na Espanha. “Estamos encarando isso com muita maturidade, até porque acreditamos no nosso trabalho. Estamos bastante seguros. Além disso, a relação Brasil e Espanha é forte, há todo um intercâmbio cultural entre esses países”, explicou Bruno.

Além da apresentação na Espanha, o grupo tem planos de realizar uma mini-turnê pela Europa. “Enviamos o nosso material para outros países europeus, já que nessa mesma época haverá cerca de 30 festivais de música pelo continente”, ressalta Bruno. Contudo, a banda está à procura de patrocínio para realização da viagem. “Nós já temos a hospedagem, precisamos apenas das passagens. Estamos tentando isso com o governo de Pernambuco”, completou.

A banda Fim de Feira, em julho de 2006, lançou um CD demonstrativo, intitulado O incrível coice do Preá, que mistura composições autorais e clássicos da MPB. “O título do disco é uma metáfora que nós fazemos em relação às pequenas coisas da vida. Queremos dizer que o coice de um bicho tão pequeno, como o preá, pode trazer uma grande repercussão”, afirmou Bruno. O disco demonstrativo fez tanto sucesso, que começou a ser comercializado. Atualmente, mais de 800 cópias já foram vendidas. “Um exemplo de como as pequenas coisas podem repercutir é esse disco, que apenas era um disco demonstrativo”, finaliza Bruno.

Curso de História promove seminário sobre o Recife
Por Higor Gonçalves

O curso de História da Católica vai realizar, entre os dias 19 e 22 deste mês, o seminário “Recife, uma capital do século XX”. O evento, que acontecerá no Espaço Cultural do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), vai abordar os aspectos da formação histórica contemporânea da cidade do Recife.

Poderão participar: alunos do curso de História, graduados, pós-graduados, e pessoas de áreas afins.

As inscrições devem ser feitas na coordenação do curso de História, que fica no 2º andar do bloco B. O horário de atendimento é das 14h às 17h, e das 18h às 21h. Informações no telefone: 2119-4169.

Estudante da Católica promove oficina para contadores de história
Por Rodolfo Bourbon

Contar histórias não se restringe apenas ao lazer ou como uma tática para fazer as crianças dormirem. Esta idéia é, como diz o ditado popular, uma “história para boi dormir”. O conto deve fazer parte tanto da realidade do aluno (principalmente os da área de Letras), como para toda a sociedade, visto que incentiva a leitura, a cidadania e a identidade cultural da comunidade acadêmica e em geral. E é neste sentido que o estudante do 5° período de Letras da Católica, Alexsandro Souto Maior, promove a oficina “De conto em conto”.

“A oficina é uma oportunidade de vivenciar e de se apropriar da linguagem milenar da contação de história”, revela o contador de história, ator, diretor e dramaturgo Alexsandro. Mesmo com a pouca idade (28), ele tem bastante experiência na área. No currículo, possui diversas conquistas, como o Prêmio Dramaturgia Funarte, em 2005, pela peça Luzia no Caminho das Águas, e um título de melhor texto de teatro, pela produção O Terceiro Dia, no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2004.

O trabalho inicial a ser desenvolvidos na oficina é a escolha e o estudo estrutural de textos. Na segunda fase, terá atividades, como a re-significação do corpo e da voz e técnicas para a arte de contar histórias. Por fim, o resultado alcançado pelos integrantes será apresentado ao público em geral, em data ainda a ser definida.

As dez aulas, que serão realizadas aos sábados, das 9h às 11h, têm início no dia 24 deste mês. O valor é de R$ 25,00 mensais, ou em parcela única de R$ 50,00. Os interessados devem fazer a inscrição no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), localizado na Travessa do Amorim (Recife Antigo, nº 66, em frente ao estacionamento do Shopping Paço Alfândega). Este local será o mesmo onde se realizará a oficina. Informações pelos telefones (81) 3083-0600 / 9906-5262.

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REDAÇÃO e FOTOGRAFIA: Bruna Lima, Débora Ramalho, Higor Gonçalves, Raítza Vieira e Rodolfo Bourbon (Estagiários).

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