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Recife, 07 de março de 2007 Ano 6 V Semana da Mulher volta a analisar a violência doméstica Dando continuidade aos debates sobre a violência contra a mulher, a V Semana da Mulher na Católica promoveu na tarde de hoje (7), um encontro que lotou a sala Multiuso, no bloco D da Universidade. As psicólogas e alunas do Mestrado em Psicologia Clínica, Glauce Barreto e Liliane Martin, junto com a também psicóloga (ex-aluna), Diogivânia Maria, analisaram causas, conseqüências e um quadro da atual realidade no Estado. As três palestrantes são pesquisadoras e fazem parte do Laboratório de Família e Integração Social. Glauce Barreto discutiu a importância de inserir o tema da violência contra a mulher nos programas de disciplina das instituições de ensino. “Este é um assunto que precisa ser mais abordado, pois existem diversos pontos de vista que poderiam ajudar a solucionar o problema. Além do mais, os pais devem conversar sobre a questão no próprio lar.” Após a primeira palestra, Diogivânia Maria mostrou resultados de uma pesquisa feita por ela, em parceria com a professora da Unicap, Zélia Maria. De acordo com os dados, o fim do relacionamento é a principal causa das agressões contra a mulher, seguido da ingestão de bebidas alcoólicas pelos parceiros, do ciúme e de problemas financeiros. Segundo a pesquisadora, os problemas da violência não vêm de agora. “A disputa de poder e de posições igualitárias e a cultura patriarcal já é antiga”. Outros dados da pesquisa mostram que a maior parte dos crimes acontece nas próprias residências. Liliane Martin trouxe um tema bastante polêmico. As relações incestuosas (práticas sexuais entre membros de uma mesma família) foram discutidas e analisadas. De acordo com a psicóloga, crianças de até um ano de idade são abusadas sexualmente pelos pais. “Parece inacreditável você ver que em um lugar, onde se tem a expectativa de promover o crescimento, pode ocorrer uma barbaridade destas.” A carga horária do evento serviu de atividade complementar. Mas para a estudante de Direito Larissa Fonseca o benefício foi além disso. “Geralmente a mídia só nos apresenta notícias factuais e não fazem abordagens tão aprofundadas sobre a violência doméstica, como as promovidas nestas palestras.” Semana da Mulher discute a Amazônia “Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro e todos os grandes museus do mundo. Nova York, como sede das Nações Unidas, também deve ser internacionalizada. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.” A afirmativa é do atual senador Cristovam Buarque ao ser questionado por estudantes de uma universidade norte-americana sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia sob uma ótica humanista e não de um brasileiro. E esta resposta remete a grave situação atual em que se encontra o maior ecossistema do planeta. Pensando nisto, a Pastoral da Universidade Católica de Pernambuco promoveu, dentro da programação da V Semana da Mulher, um encontro para discutir soluções para a região. O painel, realizado hoje (7) pela manhã no auditório GII da Unicap, abordou o tema “Amazônia: biodiversidade, biopirataria e sustentabilidade”. Para tratar de cada assunto, foram convidados os professores da Católica Luiz Vital, Goretti Sônia e Albérico Nogueira. No primeiro momento, Luiz Vital analisou a biodiversidade e as questões abióticas (físicas) que mostram todas as riquezas da Amazônia. Na ocasião, o professor revelou que se não forem adotadas políticas públicas e uma rigorosa fiscalização, a floresta amazônica terá o mesmo triste fim da Mata Atlântica. “Isto será um desastre para o mundo inteiro”, afirmou. Perguntado sobre a descrença que muitas pessoas têm em relação aos remédios homeopáticos e naturais, ele rebateu com outra pergunta. “E qual é a matéria-prima destes medicamentos?” O professor também disse que há muito a ser descoberto no local, como novas curas para várias doenças. Com o tema biopirataria, Albérico Nogueira primeiramente explicou do que se trata o assunto. “É o aproveitamento de recursos, sejam naturais ou em termos de pesquisa, visando usufruto próprio, e sem qualquer preocupação social ou ética com o local explorado.” O problema, segundo o especialista, é que mesmo havendo legislação em defesa da Amazônia, o País não possui capital para uma efetiva fiscalização. Soluções - As empresas internacionais, principalmente as grandes indústrias farmacêuticas, que exploram a floresta amazônica se apóiam no sentido de que o Brasil não possui poder financeiro, nem estrutura para investir na região. Para a professora Goretti Sônia, que abordou o tema da sustentabilidade no encontro, o País deve incentivar a educação e desenvolver a ciência e a tecnologia. “Assim, poderemos quebrar o argumento deles”, revela. Um exemplo de ação inteligente adotada pelo governo foi quando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu projetos em uma comunidade da região amazônica que sofreu com a escassez de peixes em um rio, devido ao extrativismo. O grupo realizou técnicas de reprodução dos animais em tanques através da hipofisação (fazer com que a fêmea tenha uma ovulação mais cedo). Os moradores aprenderam a prática e hoje o dilema já foi solucionado. Encontro de Cordelistas encanta o público Foi realizado na tarde desta quarta-feira (7), o 1º Encontro de Cordelistas da Universidade Católica de Pernambuco. O evento, que aconteceu no auditório G2, reuniu estudantes universitários e alunos secundaristas da rede pública de ensino. O tema do encontro foi “Cultura unindo as diferenças”. O Reitor, Padre Pedro Rubens fez a abertura.“Esta é uma oportunidade para os universitários e estudantes do ensino médio se unirem na promoção da nossa cultura. Espero que este seja o primeiro de muitos outros encontros”, afirmou. O 1º Encontro de Cordelistas da Católica foi apresentado pelo poeta João Flávio, conhecido por “Miró”, e pelo ator Azaias Lira - o “Zazá”. O cantor e compositor Zeh Rocha declamou poesias e interpretou canções de sua autoria. Além dele, também esteve presente o poeta e cordelista Luiz Esperantivo, que recitou o poema “Fios de cabelos brancos” – ele desenvolve projetos de ensino da literatura popular em escolas públicas do estado. A escritora e poetisa Cida Pedrosa encantou a platéia quando declamou o poema “Chamar”, de autoria própria. A poetisa Silvana Menezes, do Centro de Cultura Luiz Freire, recitou alguns de seus poemas. Estudantes da Católica, ao longo do encontro, também declamaram poesias. O repentista Adiel Luna e seu pai, Arnaldo Ferreira, deram um “show” na viola. Já no final, representantes da União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel) explicaram os significados simbólico e folclórico da literatura de cordel. Logo em seguida, foi encenada a comédia “Maldita parentela”, do grupo teatral do Sesc Casa Amarela. A literatura de cordel é um tipo de poesia popular originalmente oral, que depois passou a ser encontrada impressa em folhetos que ficam expostos para a venda, geralmente em feiras. Os poemas são escritos de maneira rimada, com estrofes entre dez e seis versos. Alguns são ilustrados com xilogravuras. Os autores dos poemas (cordelistas) recitam os versos na forma de melodia e estão, quase sempre, acompanhados de uma viola. De acordo com alguns relatos, a literatura de cordel surgiu a partir do romanceiro luso-espanhol da Idade Média. Seu nome está ligado à forma de comercialização dos folhetos que, em Portugal, são pendurados em cordões – lá chamados de “cordéis”. Católica promove a 13ª Mostra Artística Uma oportunidade para que novos e veteranos artistas plásticos da região apresentem seus trabalhos. Um espaço onde o público em geral poderá apreciar arte de qualidade. É baseado nestes dois objetivos que a Coordenação Geral Comunitária (CGC), da Universidade Católica de Pernambuco, criou a Mostra Artística da Católica. O evento, que chega a 13ª edição, será realizado entre 9 e 20 de abril, no Centro Cultural Padre Francisco Tavares de Bragança, localizado no estacionamento dos professores. Os participantes poderão expor uma obra por modalidade de arte, como pintura, escultura, fotografia, artesanato, serigrafia, dentre outras. As inscrições e entrega do material vão acontecer entre os dias 12 e 30 deste mês. Vale lembrar que todos os expositores receberão comprovante de participação. De acordo com o assistente cultural da Católica, Genílson Pontes, muitos artistas procuram o Centro porque sabem que é um bom espaço para divulgação dos trabalhos. “Cedemos o local, cartazes de divulgação e convites. Também permitimos a venda das obras, sem cobrar nada por isso”, afirmou. Informações pelo telefone (81) 2119-4186. Quinta na Química receberá engenheiro do Grupo Votorantim O projeto Quinta na Química vai promover, amanhã (8), a palestra “Técnicas de co-processamento de resíduos em fornos de fábrica de cimentos”. O convidado desta semana será o coordenador de qualidade do Grupo Votorantim, o engenheiro químico Ulisses de Andrade. A palestra vai acontecer a partir das 17h, na sala 113 do bloco D. O evento é aberto ao público. O projeto Quinta na Química é realizado, há cerca de dez anos, pelos cursos da área de química da Universidade Católica de Pernambuco. Um dos objetivos é motivar o conhecimento dos alunos. V Semana da Mulher tem mostra sobre contistas pernambucanas “Vida e missão neste chão” é o nome da exposição sobre escritoras contistas de Pernambuco em cartaz na sala de Extensão localizada no térreo da Biblioteca Central da Católica. Até sexta-feira (9), quando se encerra a V Semana da Mulher na Católica, o público poderá conhecer trechos de contos publicados no livro “Olhares: o conto feminino contemporâneo em Pernambuco”, de autoria de Eugênia Menezes (“A outra carta roubada”), Bartyra Soares (“Elos vivos”), Lucila Nogueira (“Outonos de Évora”) e da professora da Católica Elizabeth Siqueira. A exposição está sendo promovida pelo Núcleo de Pesquisas em Literatura, Estudos Culturais e Lingüística Aplicada da Universidade Católica de Pernambuco (NUPALLA). Informações: 2119-4122. Cátedra Luiz Beltrão apresenta projeto de pesquisa Pioneirismo e atualidade da obra de Luiz Beltrão: uma teoria sobre o significado da comunicação na legitimação social é o tema do projeto de pesquisa, que está em fase de aprovação, da Cátedra Luiz Beltrão. A Cátedra busca realizar pesquisas na área de Comunicação Social, tendo como base a teoria desenvolvida por Luiz Beltrão, chamada folkcomunicação. “A folkcomunicação é aquela feita através das massas marginalizadas no campo e na cidade. Esse povo não tem espaço nos veículos de comunicação, nem na linguagem desses meios. Sendo através do folclore e da cultura popular que eles trocam informações, produzem e consomem os bens simbólicos, necessários para a sobrevivência”, explicou o coordenador da Cátedra Luiz Beltrão, Heitor Rocha. “A obra de Beltrão propõe um processo de inclusão social dos setores populares marginalizados, através de uma ampliação da representatividade e da legitimidade da nossa mídia”, afirmou Heitor. No trabalho desenvolvido pela Cátedra, cinco professores da Universidade Católica de Pernambuco estarão envolvidos, são eles: Andréa Moreira, Heitor Rocha, Ana Veloso, Patrícia Fernandes e Roberta Cajaseiras. Andréia Moreira irá realizar uma pesquisa-ação junto com a comunidade da Ilha de Santa Teresinha. “Nesse estudo, a comunidade será protagonista na própria pesquisa. O sujeito não será o pesquisador, mas os moradores da Ilha de Santa Teresinha”, acrescentou Andréa. “A idéia é trabalhar com a leitura crítica da mídia, observando, sobretudo, o aspecto da violência simbólica cometida contra à auto-estima, valores e perspectivas da comunidade”, explicou. Já os professores Heitor Rocha e Ana Veloso irão desenvolver pesquisas voltadas à rádio. Heitor que tem como tema de pesquisa Crítica e Cidadania nos Radiojornais em Pernambuco, enquanto Ana Veloso, tem o tema Quanto vale uma concessão? “Será um estudo qualitativo sobre as rádios comunitárias do Cabo de Santo Agostinho”, relatou Ana. Já a professora Patrícia Fernandes fará uma pesquisa relacionada à questão da Indústria Cultural na Publicidade, a partir dos pressupostos da obra de Luiz Beltrão. E Roberta Cajaseiras irá focar na parte do folclore e do turismo, pesquisando como as manifestações populares são abordadas nas editorias de turismo, observando a relação Turismo, Folclore e Comunicação. A pesquisa terá duração de dois anos e contará com a colaboração de mais 11 estudantes da Universidade. “Caso o projeto seja aprovado será uma iniciativa louvável da Católica, pois estará resgatando o nome e a obra de Luiz Beltrão”, afirmou Heitor. Ele completa que muitas pessoas desconhecem os trabalhos de Luiz Beltrão. “Mas isso não é culpa delas, na verdade, isso é um resultado da ditadura militar, pois os estudos de Beltrão foram censurados pelos militares, já que a teoria dele tinha um tom de denúncia.” Além do resgate de Luiz Beltrão, para Heitor Rocha, a pesquisa em comunicação em geral é importante porque possibilita uma maior consistência teórica na formação. “Não só para os futuros profissionais do mercado, mas também dando possibilidade deles iniciarem carreiras acadêmicas”, concluiu. A previsão é de que o resultado do projeto seja divulgado ainda este mês. Sendo aprovado, as pesquisas serão iniciadas em agosto. Boletim Unicap :: Expediente ::. EDIÇÃO: Paula Losada (1652-DRT/PE), Vlaudimir Salvador (1836-DRT/PE), Daniel França (3120-DRT/PE) e Elano Lorenzato (2781-DRT/PE) REDAÇÃO e FOTOGRAFIA: Bruna Lima, Débora Ramalho, Higor Gonçalves, Raítza Vieira e Rodolfo Bourbon (Estagiários). RELAÇÕES PÚBLICAS: Gabriela de Andrade, Thiago César e Vanessa Fernanda (Estagiários). PUBLICIDADE e Fotografia: Halleine David e Natália Lubambo (Estagiárias). WEBMASTER: Kiko Secchim, SJ. CONTATO: Rua Afonso Pena, 179, Santo Amaro, CEP: 50050-130, Fone/Fax: (81) 2119-.4409 E-mail: assecom@unicap.br Críticas e/ou sugestões, envie um e-mail para a redação do Boletim UNICAP O Boletim Unicap é distribuído exclusivamente para os alunos, ex-alunos, professores, funcionários, instituições de ensino superior e empresas de comunicação. Caso queira cancelar o recebimento desta publicação, ou alterar seu e-mail, escreva para |
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