Boletim Unicap

Recife, 24 de abril de 2007 Ano 6

Estudantes do Ensino Médio visitam os cursos da área de saúde
Por Higor Gonçalves

No segundo dia (24) do Católica In Formação Profissional, foi a vez dos alunos do Ensino Médio conhecerem mais sobre as profissões e cursos universitários da área saúde.

Antes da visita guiada aos laboratórios e salas de aula do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS), os estudantes participaram de uma palestra simultânea, realizada nos auditórios GI e G II, com profissionais de diversas áreas. Biólogos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais contribuíram, com suas experiências, para orientar os alunos na difícil escolha profissional. Um detalhe que chamou a atenção foi a presença de um representante do Colégio Visão que “traduziu” todo o evento para os estudantes com deficiência auditiva.

Divididos em grupos, os estudantes, após a palestra, visitaram as dependências dos cursos do CCBS. Em Ciências Biológicas, eles conheceram os laboratórios de Histologia, Zoologia e Microbiologia, que ficam no 2° andar do bloco A. Sarah Acioly, do 3° ano do Colégio Santa Emília, aprovou a idéia: “a partir dessa visita eu pude definir melhor o curso que pretendo fazer”, afirmou.

De Ciências Biológicas, eles seguiram para o 8° andar do bloco B, onde fica o curso de Psicologia. No local, visitaram as salas de atendimento, avaliação psicológica e ludoterapia, e tiraram dúvidas sobre a área de atuação profissional e mercado de trabalho. A estudante Danielle Cintra, do 2° ano do Colégio Salesiano, descobriu sua vocação. “Me certifiquei que psicologia, com certeza, é o curso que vou estudar”, revelou.

Após conhecerem as dependências de Psicologia, os alunos do Ensino Médio foram encaminhados às salas do curso de Fonoaudiologia, no 6° andar do mesmo bloco. Lá, conheceram os laboratórios de terapia e audiologia, além das salas onde os universitários realizam exames.

Católica In ajuda na tomada de decisão dos jovens
Por Rodolfo Bourbon

“Qual a diferença entre Fisioterapia e Terapia Ocupacional?” Esta pergunta e muitas outras foram apresentadas aos alunos que compareceram no segundo dia do Católica In, em um vídeo experimental produzido pela Assessoria de Comunicação (Assecom) da Universidade Católica. Os questionamentos foram feitos pelos alunos de Jornalismo Lula Moraes e Joana Mendonça aos estudantes, em diversas escolas da cidade.

As respostas foram obtidas hoje (24), no auditório GI, em um encontro que reuniu o Reitor, Padre Pedro Rubens, o Pró-reitor Acadêmico, Junot Matos, e os professores Nilton Oliveira (Terapia Ocupacional), Jader Carneiro (Fisioterapia), Maria Luíza Lopes (Fonoaudiologia), Goretti Sônia (Ciências Biológicas) e Irinéia Catarino (Psicologia).

Na abertura, o Reitor e o professor Junot deram as boas-vindas aos estudantes e falaram sobre as tomadas de decisões dos jovens. “É preciso ter sensatez nas escolhas, pois, mesmo que possam ter mudanças no futuro, o início da formação profissional marca para sempre as nossas vidas”, afirmou Junot.

Após o “bate-papo” com os conferencistas, os estudantes fizeram visitas guiadas às salas e laboratórios dos cursos de saúde. Nestes espaços, os alunos graduandos da Católica e vários professores apresentaram todos os materiais e estrutura do local, além de explicações sobre as atividades.

O aluno Eduardo Filipe, 1º ano do Colégio Especial, mesmo um pouco distante do vestibular, já decidiu o que irá fazer. “Fisioterapia é a minha paixão.” E acrescentou ainda: “Foi ótimo nós termos a oportunidade de ver, ao vivo, as consultas e atendimentos.”

A estudante Ana Paula França, 2º ano do Colégio Avançar, tentou explicar a diferença entre dois cursos. “Eu entendi que a Fisioterapia trabalha com a cura de lesões e demais problemas, e a Terapia Ocupacional busca proporcionar uma melhor adaptação e qualidade de vida aos pacientes que não se recuperaram.” Pode não ser a resposta mais exata, mas com o encontro, ela já chegou a uma conclusão. “Adorei ambos, mas irei fazer Terapia Ocupacional.”

Orientação profissional: técnica auxilia alunos na escolha da profissão
Por Higor Gonçalves

Já é certo. No final de cada dia do Católica In, antes de retornarem às escolas de origem, os estudantes do Ensino Médio são submetidos a uma técnica de orientação profissional promovida por alunos e professores do curso de Psicologia.

Conhecida pelo nome de Relações Objetais (RO), a prática permite que o estudante em dúvida selecione, no final, apenas as profissões com as quais tem mais afinidade.

Descontraída e lúdica, a técnica é aplicada da seguinte maneira: no começo, os alunos são orientados a colocar, separadamente, em pedaços de papel, os nomes de várias profissões. Em seguida, cada papel tem que ser agrupado no intuito de formar “famílias” (conjunto de profissões). Dessas “famílias”, o orientador pede que os alunos escolham somente duas. Delas, ele sugere optar apenas por uma.

Com “Família” escolhida, é a vez de indicar dois “amigos” (profissões) para uma fotografia. A imagem precisa sair perfeita, para isso é necessário posicionar os “amigões”, cada um, de um lado da foto. No final, os “amigos” que saíram na foto vão corresponder às profissões de maior valência na escolha do estudante.

O aluno Guilherme Nobre, do 2° ano do Colégio Atual, aprovou a prática: “achei bem interessante e divertida. No fim, ficamos com apenas duas profissões, o que já facilita em muito na hora de escolher”, afirmou.

As oficinas de orientação profissional acontecem, diariamente, até a próxima sexta-feira (27), sempre no final de cada dia do Católica In.

Alunos falam sobre a influência dos pais na decisão profissional
Por Rodolfo Bourbon

É comum a interferência dos pais na tomada de decisão dos filhos. No entanto, a conduta dos chefes de famílias pode ser de diversas formas e trazer resultados positivos ou negativos. De acordo com a professora do curso de Psicologia da Católica Veridiana Alves, o pai e a mãe, junto com os orientadores pedagógicos, possuem papel fundamental na escolha do futuro profissional dos jovens. Mas, ela faz uma alerta: “A decisão final tem que ser do aluno.”

Os paradigmas da imposição autoritária dos pais e de que os jovens são muito imaturos para tomar decisões, começam a ser eliminados pelos próprios alunos. Um exemplo é o do estudante Diego Timóteo, 2º ano do Colégio Salesiano, que pretende fazer o curso de Ciências Biológicas. “Meu pai atua nesta área, mas jamais me ordenou a seguir o mesmo caminho.” Ele acrescentou ainda que é um erro achar que os alunos não têm maturidade suficiente para fazer escolhas. “Este é um pensamento tradicionalista. Hoje em dia, o jovem necessita ter independência na visão do futuro.”

A aluna Agnes Brito, 3º ano do Colégio Contato, acredita que os pais têm fundamento e experiência de sobra para orientarem. “No entanto, nós podemos e devemos ser livres para escolhermos nossos caminhos”, revela. Esta liberdade vem aumentando ao longo dos tempos, como se pode ver no caso da estudante Thatianna Soares, 3º ano do Colégio Salesiano. Ela possui dúvidas em diversos cursos, como Administração, Jornalismo e Psicologia. “Meus pais me deixam à vontade para decidir e dão abertura para eu fazer qualquer curso, mesmo aqueles menos conhecidos”, afirma.

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