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A DUPLA DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO: POR QUESTÃO DE GÊNERO E COR.
Última alteração: 2019-07-30
Resumo
O presente artigo apresenta uma análise sobrea dupla discriminação por questãode gênero e cor enfrentada pelas mulheres negras no mercado de trabalho.Dada esta triste realidade, de opressão e vulnerabilidade no contexto de umasociedade patriarcal, capitalista, machista e racista, este trabalho passa-se a observar osnúmeros alarmantes caracterizadores da discriminação que as mulheres negrasvivenciam no ambiente laboral.Desta forma, surge a necessidade do estudo da história escravista do negro noBrasil e seus reflexos nos dias atuais, bem como da evolução dos direitos do trabalho damulher e suas falhas ao longo dos séculos, como um exercício de crítica à concepçãodominante dos direitos humanos, pautada em história silenciadas, povo esquecidos eculturas oprimidas, como a dos negros.Busca-se também apresentar as lutas e avanços alcançados pelos movimentossociais feministas que ao longo dos anos vem proporcionando debates na tentativa degarantir igualdade e justiça entre os sexos diferentes. Todavia, apesar destas conquistasproporcionarem quebras em algumas barreiras impostas pela sociedade, há ainda umagrande luta que estes movimentos passam a enfrentar no seu dia a dia.A participação feminina por meio de novos movimentos sociais reaparecem compreocupações antigas, como a discriminação no trabalho, opressão, assédio físico epsicológico, mercantilização do corpo feminino, desigualdade salarial, machismo,racismo, ausência de mulheres negras em espaços de poder, visibilidade das mulheresno meio sindical, dentre outras, mas que se reapresentam sob novas condiçõeshistóricas, pois por mais que a sociedade tenha passado por transformações políticas,
sociais e econômicas, a desigualdade étnico-racial e de gênero persiste na sociedadebrasileira.O artigo terá como base teórica o pensamento descolonial, a fim de enfrentar ahegemonia imposta pelo eurocentrismo, que ao longo da história vem impondo aosdemais países os modelos econômicos e culturais do ocidente, bem como uma análisecrítica da concepção dominante dos direitos humanos.Trata-se de um trabalho de revisão de literatura, calcada principalmente nosestudos e pesquisas da professora Fernanda FrizzoBragato, Enrique Dussel, WalterMignolo, sobre a Teoria do Descolonialismo e Maria da Glória Gohne Carlos Montañosobre os Movimentos Sociais de resistência.Em suma, pretende-se com o presente estudo demonstrar a importância doprotagonismo das mulheres negras inseridas no movimento feminista como base daluta coletiva em suas diversas formas de resistir. Pois não se pode falar em emancipaçãosocial sem falar-se em lutas emancipatórias, principalmente as lutas sociaishistoricamente desenvolvidas no âmbito das relações coletivas de trabalho.
sociais e econômicas, a desigualdade étnico-racial e de gênero persiste na sociedadebrasileira.O artigo terá como base teórica o pensamento descolonial, a fim de enfrentar ahegemonia imposta pelo eurocentrismo, que ao longo da história vem impondo aosdemais países os modelos econômicos e culturais do ocidente, bem como uma análisecrítica da concepção dominante dos direitos humanos.Trata-se de um trabalho de revisão de literatura, calcada principalmente nosestudos e pesquisas da professora Fernanda FrizzoBragato, Enrique Dussel, WalterMignolo, sobre a Teoria do Descolonialismo e Maria da Glória Gohne Carlos Montañosobre os Movimentos Sociais de resistência.Em suma, pretende-se com o presente estudo demonstrar a importância doprotagonismo das mulheres negras inseridas no movimento feminista como base daluta coletiva em suas diversas formas de resistir. Pois não se pode falar em emancipaçãosocial sem falar-se em lutas emancipatórias, principalmente as lutas sociaishistoricamente desenvolvidas no âmbito das relações coletivas de trabalho.